PSI20 desce 9,76% num dia de quedas acima de 10% na Europa

por Lusa

Lisboa, 12 mar 2020 (Lusa) - A bolsa de Lisboa encerrou com o índice PSI20 a cair 9,76% para 3.805,92 pontos, no nível mínimo desde novembro de 1995, num dia em que as principais bolsas europeias terminaram com quedas acima de 10%.

A bolsa de Paris desceu 12,28%, a queda mais forte da sua história, Frankfurt afundou 12,24%, na pior sessão desde 1989, e Madrid também registou uma descida de 14,06%, a maior desde que existe o Ibex 35.

Milão fechou a perder 16,92%, também a pior sessão desde que índice FTSE Mib foi criado em 1998 e Londres caiu 10,87%, a maior queda desde 1987, segundo as agências noticiosas internacionais.

No PSI20, a queda percentual de 9,76% foi inferior à registada em 06 de outubro de 2008, quando o principal índice da bolsa de Lisboa baixou 9,86%, no início da crise financeira mundial, mas os 3.805,92 pontos do encerramento representam o nível mais baixo desde os 3.759 pontos registados em 23 de novembro de 1995.

Com as 18 cotadas todas em queda, a Ramada Investimentos foi a que mais caiu, 18,52% para 3,52 euros.

A EDP perdeu 13,84% para 3,47 euros, a Altri desceu 13,65% para 3,44 euros, a Sonae Capital cedeu 11,71% para 0,52 euros e a EDP Renováveis desceu 11,60% para 10,06 euros.

A Navigator cedeu 10,38% para 2,11 euros, os CTT recuaram 10,33% para 1,90 euros e a Galp baixou 10,09% para 8,45 euros.

Nas restantes desvalorizações ficaram a REN (9,50% para 2,19 euros), a Semapa (9,47% para 9,27 euros), o BCP (9,23% para 0,11 euros), a Ibersol (8,99% para 6,28 euros), a Sonae SGPS (7,92% para 0,59 euros) e a NOS (7,55% para 2,87 euros).

Com descidas abaixo de 7% terminaram a Jerónimo Martins (13,86 euros), a Corticeira Amorim (8,36 euros), a Mota-Engil (1,06 euros) e a Pharol (0,07 euros).

Com os mercados sob o efeito da crise causada pelo novo coronavírus, as bolsas europeias reagiram negativamente às declarações na quarta-feira à noite do presidente Donald Trump a anunciar uma proibição de viagens da Europa para os Estados Unidos durante um mês e às medidas de estímulo anunciadas hoje pelo Banco Central Europeu (BCE).

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