A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu 462 reclamações contra 49 entidades em 2018, face às 1.384 reclamações recebidas no ano anterior, informou hoje o regulador.
A grande maioria das reclamações recebidas pela CMVM (94% do total) foram contra intermediários financeiros, de acordo com o Relatório Anual de 2018 hoje divulgado.
Segundo o documento, as cinco entidades mais reclamadas foram o Banco Santander Totta, o Banco Comercial Português, a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco e o BPI.
"As reclamações recebidas continuam a incidir sobretudo sobre instrumentos financeiros simples como ações, obrigações, papel comercial e fundos de investimento (não alternativos)", adianta o relatório.
A CMVM salienta que se assistiu "a um aumento das reclamações sobre ações e fundos de investimento e a uma redução significativa nas reclamações sobre obrigações".
O regulador acrescenta que a qualidade da informação prestada, quer pré como pós-contratual, "continua a ser o principal fundamento das reclamações recebidas", mas acrescenta, contudo, que houve um crescimento do número de reclamações sobre as comissões praticadas pelos intermediários financeiros, o serviço de custódia e execução de ordens.
Em 2017, as reclamações à CMVM tinham aumentado 24% face a 2016 para 1.384, e mais de metade (51%) referiam-se a obrigações.