Reformas antecipadas sem penalizações para carreiras longa custariam mais 357 ME em 2018

por Lusa

Lisboa, 27 jun (Lusa) -- A eliminação das penalizações nas reformas a partir dos 60 anos de idade e 40 anos de carreira significaria um acréscimo de 357 milhões de euros na despesa com pensões em 2018 e uma subida da TSU de 6,69 pontos percentuais.

As contas do Governo sobre a eliminação do fator de sustentabilidade e da penalização mensal por distância em relação à idade normal de acesso à reforma para trabalhadores com, pelo menos, 60 anos de idade e 40 anos de contribuições, foram hoje apresentados aos parceiros sociais.

Segundo o documento do ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, nos impactos a curto prazo, à despesa acrescida de 357 milhões de euros com a entrada de novos pensionistas em 2018 iriam somar-se mais cerca de 731 milhões de euros em 2019.

"O impacto maior deve-se a um afluxo excecional registado no primeiro ano de novos pensionistas, os quais só mais tarde, com mais idade e, porventura, maior carreira, tomariam a decisão da reforma", lê-se no texto do ministério de Vieira da Silva, que estima existirem cerca de "340 mil indivíduos inscritos, não reformados e com idades entre os 60 e os 65 anos".

"Destes, estima-se que cerca de 60 mil respeitem o critério da carreira mínima de 40 anos", acrescenta a nota, que refere ainda que a despesa total com pensões atingiria em 2060 8,6% do PIB, ou seja mais um ponto percentual que o contabilizado aquando do Orçamento de Estado para este ano.

No cenário de antecipar reformas sem penalizações, nos termos defendidos pelas centrais sindicais, o Governo apontou como Taxa Social Única (TSU) de equilíbrio 41,44%.

"Para haver equilíbrio financeiro, a TSU teria que ser superior em 6,69 pontos percentuais face à atual (34,75%)", lê-se.

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