Rui Machete: compra e venda de ações fora da bolsa só por convite - comentário

por Antena1

O comentador de assuntos económicos da Antena1 e director adjunto do jornal Expresso, Nicolau Santos, considera que as explicações dadas por Rui Machete sobre a venda de ações da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) ao BPN não são satisfatórias. Ao contrário do que diz o ministro dos Negócios Estrangeiros, a transação de ações só pode ser feita "normalmente" envolvendo empresas cotadas em bolsa de valores, o que não era o caso da SLN, com cujas ações Machete obteve lucros de 150%. Nicolau Santos conclui que todas as indicações apontam para que Oliveira e Costa, na altura presidente do BPN, escolheu "criteriosamente todas as pessoas a quem pediu para subscrever ações", entre as quais o atual ministro.

Nicolau Santos encontra um denominador comum aos intervenientes nestas operações financeiras: "ou são pessoas ligadas ao tempo em que Oliveira e Costa esteve no governo de Cavaco Silva, ou pessoas do PSD, ou empresários que são conotados com o PSD".

Rui Machete confirmou que teve lucros de 150% com a venda de ações da SLN ao BPN em 2006 e sublinhou que foi uma operação lícita e normal. Rui Machete consultou apontamentos, confirmou que encaixou 38 mil euros de lucro, um lucro de 150%. Rui Machete afirma que na altura o BPN era visto como um "banco sério" e não vê como é que esta compra e venda de ações pode ter qualquer "consequência política".
pub