Saldo global da Segurança Social cai em abril face a 2019

por RTP
“Este foi o mês em que começaram a ser pagos os apoios excecionais aprovados pelo Governo para fazer face à situação de pandemia pela Covid-19”, lê-se no comunicado do Governo Rafael Marchante - Reuters

Em abril, mês em que começaram a ser pagos apoios aprovados no contexto da pandemia do novo coronavírus, o saldo global da Segurança Social foi de 1.147,4 milhões de euros, abaixo do valor do período homólogo em 451,4 milhões de euros. É uma quebra de 28,2 por cento. Os dados foram divulgados esta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Face ao mês de março, o saldo global da Segurança evoluiu em linha.

Ainda de acordo com este comunicado, “embora a receita efetiva da Segurança Social se tenha cifrado em 9.805,3 milhões de euros em abril de 2020, o que traduz um aumento de 252,8 milhões de euros (+2,6 por cento) face ao período homólogo de 2019, a despesa efetiva atingiu o montante de 8.658 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 704,2 milhões de euros (+8,9 por cento) face ao período homólogo”.“Este foi o mês em que começaram a ser pagos os apoios excecionais aprovados pelo Governo para fazer face à situação de pandemia pelo Covid-19”, assinala o Governo na nota enviada às redações.


A variação da receita efetiva, lê-se na nota, resulta sobretudo “do aumento das contribuições e quotizações em 231,2 milhões de euros (a que corresponde uma variação homóloga de quatro por cento), do aumento das transferências do exterior em 90,9 milhões de euros (+21,3 por cento do que no período homólogo); e da diminuição das transferências correntes da Administração Central em 58,2 milhões de euros”.

“O aumento da despesa foi gerado, essencialmente, pelos efeitos conjugados dos aumentos da despesa com pensões e complementos (225,1 milhões de euros, +4,6 por cento do que em abril de 2019), da introdução das medidas excecionais e temporárias no âmbito do surto Covid-19 (representam um acréscimo de despesa de 198,9 milhões de euros), prestação social para a inclusão e complemento (+32,6 milhões de euros ou +31,6 por cento do que o período homólogo), abono de família (+4,5 por cento, o que representa um acréscimo de 11,4 milhões de euros face a abril do ano anterior), prestações de doença (+31,4 milhões de euros, o que representa um acréscimo de +15,4 por cento em relação ao período homólogo), programas e prestações de ação social (+7,5 por cento, ou 42,4 milhões de euros, do que em abril de 2019) e pelo crescimento da despesa com subsídios e transferências correntes, relativos à vertente de formação profissional e de ação social (em +29,1 por cento face a abril de 2019, ou mais 97,3 milhões de euros)”.
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