Sindicato da Construção alerta para risco de aumento da sinistralidade no setor

por Lusa

Porto, 12 dez (Lusa) -- O Sindicato da Construção disse hoje terem morrido 37 trabalhadores do setor em 2018, contra 34 em 2017, alertando que em 2019 "poderão morrer mais" devido ao crescente número de imigrantes que vêm colmatar a falta de mão-de-obra.

"Em 2019 poderão morrer mais trabalhadores dado que muitos trabalhadores imigrantes estão a chegar ao país e não conhecem a língua, o que já originou alguns acidentes este ano", afirmou o presidente do sindicato em conferência de imprensa no Porto.

Segundo Albano Ribeiro, nos últimos meses têm chegado a Portugal, "através de angariadores de mão-de-obra clandestina", muitos cidadãos brasileiros, indianos e angolanos, atraídos pela falta de trabalhadores no setor português da construção.

Estes trabalhadores, disse, são em grande parte dos casos não qualificados, sendo que muitos nunca tinham sequer trabalhado no setor da construção, estando por isso mais sujeitos a acidentes de trabalho.

A este facto junta-se a elevada precariedade laboral no setor, que diz rondar nesta altura "cerca de 70%".

Neste contexto, o presidente do Sindicato da Construção diz já ter pedido uma "audiência de caráter urgente" ao ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas não ter obtido até agora resposta.

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