Maputo, 07 out 2019 (Lusa) - A petrolífera francesa Total anunciou hoje que nomeou Ronan Bescond como vice-presidente e diretor-geral do projeto de exploração de gás natural que a empresa lidera em Moçambique.
Ronan Bescond, cuja nomeação tem efeitos imediatos, estará sediado em Maputo, sendo que acumula este novo cargo com o de diretor-geral da Total Moçambique.
Ronan Bescond, de nacionalidade francesa, trabalha na Total há 20 anos e tem "experiência nos negócios da Total, tanto `upstream` [extração] assim como `downstream` [processamento], incluindo uma longa história com os projetos de gás natural liquefeito (GNL) da empresa na Austrália, Angola, Nigéria e Omã".
A sua mais recente missão foi a de diretor-geral da Total no Zimbábue.
"Com a Decisão Final de Investimento tomada e a construção em curso, o projeto Mozambique LNG está a todo o vapor", afirmou Bescond, citado no comunicado.
"A Total tenciona manter a continuidade do projeto, com base nos alicerces sólidos estabelecidos pela Anadarko e seus parceiros, para o desenvolver com os mais altos padrões de segurança e integridade, no interesse de todos os envolvidos, incluindo o Governo e o povo moçambicano", concluiu.
A Total passa a liderar o consórcio da Área 1 com 26,5%, ao lado da japonesa Mitsui (20%) e da petrolífera estatal moçambicana ENH (15%), cabendo participações menores à indiana ONGC Videsh (10%) e à sua participada Beas (10%), à Bharat Petro Resources (10%), e à tailandesa PTTEP (8,5%).
Os projetos de gás natural devem entrar em produção dentro de aproximadamente cinco anos e colocar a economia do país a crescer mais de 10% anualmente, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras entidades.
A nível global, a petrolífera francesa é um dos principais grupos de petróleo e gás e é uma empresa que conhece Moçambique.
A Total está presente pelo país no negócio dos postos de combustível e tem um historial de pesquisa de hidrocarbonetos ao largo da costa moçambicana, atividade em que participou até há três anos.
