Trezentas pessoas com mais de 5.000 euros em prejuízos agrícolas

por Lusa

Cerca de 300 pessoas registaram mais de 5.000 euros em prejuízos agrícolas nos sete concelhos afetados pelos incêndios que começaram em junho em Góis e em Pedrógão Grande, revelou hoje a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC).

Há também 1.261 pessoas que contabilizaram prejuízos na área agrícola entre os 1.053 e os 5.000 euros, informou a diretora regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins, durante uma sessão de esclarecimentos sobre o apoio aos proprietários afetados, que decorreu na Casa Municipal de Cultura de Pedrógão Grande.

Numa sessão muito concorrida (a organização foi obrigada a criar uma segunda sessão), Adelina Martins procurou explicar critérios e procedimentos para os agricultores afetados, na sua grande maioria pessoas que têm explorações de agricultura de subsistência.

"Vai-se andando aos poucos para se tentar ajudar todos os que necessitam", frisou durante a sessão a responsável da DRAPC, que se viu confrontada com várias questões e dúvidas por parte das pessoas afetadas, a maioria revoltadas com as exigências para apoios acima de 5.000 euros.

Durante a iniciativa, Adelina Martins explicou que a DRAPC não pode ajudar a fazer a candidatura ao apoio, visto que tem de haver separação entre quem valida o projeto e quem o faz.

O Ministério da Agricultura já disponibilizou dez milhões de euros para os agricultores afetados pelo incêndio que atingiu a região Centro entre 17 e 24 de junho.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

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