Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Turismo mundial revela um crescimento de 3,9%

por RTP
Reuters

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que há mais de um milhão de turistas por todo o mundo, traduzindo um crescimento do turismo em 3,9% no ano de 2016.

A Europa foi o destino mais visitado, com 49,8% dos turistas internacionais a chegarem ao continente, totalizando 615 milhões de visitantes. Este valor constitui um acréscimo de 2,1% face ao ano anterior.

A Ásia e o Pacífico também tiveram um aumento do número de turistas, respetivamente, 8,7% e 8,2%. A contrastar estão as chegadas ao Médio Oriente, com uma diminuição face a 2015 de 4,1%.
Turismo pelo mundo
No que diz respeito às deslocações, é revelado que mais de quatro milhões dos residentes em Portugal efetuaram pelo menos uma deslocação com dormida fora da sua residência habitual, o que equivale a uma percentagem de 44,1%. Este valor traduz um aumento de 0,8% relativamente a 2015.

Em 2016, realizaram-se mais de 20 milhões de deslocações turísticas, das quais cerca de 18 milhões foram efetuadas em território nacional, o que traduz um aumento de 6,1%, em relação ao ano anterior. Os restantes dois milhões de turistas tiveram como destino o estrangeiro.

Quanto aos motivos que levam os turistas a viajar pelo mundo, 8,9 milhões das viagens são devido a “visita a familiares ou amigos”, seguido do motivo “lazer, recreio ou férias”, com um valor semelhante ao anterior, de 8,84 milhões. As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” totalizam 1,65 milhões. Estes valores significam um aumento de 9,3% nas deslocações por “lazer, recreio ou férias”, face a 2015.

O tipo de alojamento favorito dos residentes é o “alojamento gratuito de familiares ou amigos”, que totalizam cerca de 37 milhões de dormidas.
Britânicos são os que mais visitam Portugal
O principal mercado emissor do turismo, em semelhança aos anos anteriores, foi o Reino Unido, com quase 23% das dormidas de não residentes. O mercado francês teve um crescimento expressivo de 20%, seguido do mercado alemão, que registou um aumento face a 2015 de 11,6%. Já o mercado espanhol registou um aumento de 9,9%.

Em Portugal, a Região Autónoma dos Açores registou uma evolução das dormidas de mais 28,5% e a Região Autónoma da Madeira de mais 12,8% face a 2015.

O Norte de Portugal registou um aumento de mais 14,1% face ao ano anterior. O Algarve manteve o lugar de destaque. Continua a ser o principal destino para dormidas, com 32% de dormidas totais, seguido da região de Lisboa, com 24,9%.

Devido a este aumento no setor turístico português, os “proveitos totais e os de aposento da globalidade do setor de alojamento turístico ascenderam, respetivamente, a 3,1 mil milhões de euros e 2,3 mil milhões de euros”, com um crescimento de 18,1% e 19,2%.

As dormidas dos residentes na hotelaria aumentaram em todas as regiões de Portugal. Por ordem decrescente, nos Açores, com mais 21,2%, no Norte, com mais 14,4%, no Alentejo, com mais 12%, no Centro, com mais 11,8% e na Madeira, com mais 10,9%, face ao ano 2015.

Relativamente ao tipo de alojamento turístico, os hotéis correspondem a 70% da escolha dos turistas, seguindo-se dos hotéis-apartamentos (14,7%).

As dormidas em parques de campismo corresponderam a 6,6 milhões, com um crescimento anual de 14,4%.

A estadia de tempo média é semelhante ao ano anterior, com 2,86 noites.

Outros países, nomeadamente, Espanha, Itália e Grécia também obtiveram resultados positivos no saldo da balança turística, com os valores, respetivamente, de 36.3, 14.4 e 11.2 mil milhões de euros.
A idade para viajar
Tendo em conta a estrutura etária da população residente em Portugal, os indivíduos que viajaram para o estrangeiro têm, maioritariamente, entre 25 e 64 anos, com uma percentagem de 53%. Este valor corresponde a 26,5% para a faixa etária dos 25 aos 44 anos e outros 26,5% para idades entre os 45 e 65.

Entre os zero e os 24 anos, 24,7% da população total inquirida afirma ter viajado. Entre os indivíduos com 65 ou mais anos, 22,3% viajaram.

Para a população em que a faixa etária se encontra entre os zero e os 24 anos, o principal motivo para viajar é o “lazer, recreio ou férias”, com 31,4%.

Para quem tem idades entre os 25 e 44 anos, o principal motivo para as viagens é o “profissionais ou negócios” (39,5%), seguido do “lazer, recreio ou férias” (30,8%).

A faixa etária entre os 45 e 64 anos tem como principal objetivo viajar por motivos “profissionais ou negócios”, à semelhança da faixa etária anterior. A razão pelo qual menos viajam é “lazer, recreio ou férias”. Este fator contrasta com a faixa etária dos zero aos 24 anos, que é a que viaja mais pelo motivo acima indicado.

Por último, a faixa etária dos 65 ou mais anos, que viaja maioritariamente pela razão da “saúde”, com 44% dos inquiridos.



Tendo em conta o Inquérito às Deslocações dos Residentes 2016, a escolha dos destinos turísticos em Portugal está relacionada com a “visita a familiares ou amigos”, que é o motivo que constitui maior expressão, nomeadamente com 8 484,4 mil pessoas, tendo em conta a duração de pelo menos uma noite.

Segue-se o “lazer, recreio ou férias”, com um total de 7.773 milhões de pessoas a viajar por essa razão. É possível aferir que os motivos de “saúde” são a razão pela qual menos pessoas viajam (39,1).

A região Centro é a que alberga mais turistas, com 5.791 milhões de pessoas do total de 18. 241 milhões de turistas que visitaram o país em 2016. Já a Região Autónoma da Madeira foi a que menos recebeu turistas, com 204,7 pessoas.





Resultados preliminares
Os resultados preliminares do Inquérito ao Turismo Internacional, que dizem respeito ao período de julho de 2015 a junho de 2016, revelam que cerca de 61% dos turistas que estiveram em Portugal passaram pelo menos uma noite no país, enquanto cerca de 39% efetuaram deslocações de um só dia – os excursionistas.

Relativamente ao meio de deslocação dos turistas, é revelado que 41% dos visitantes chegaram ao país de avião. Ainda assim, maioritariamente, os turistas deslocaram-se por rodovia (55,6%). Os restantes 4,4% chegaram em navios de cruzeiro.
Os excursionistas, aqueles que efetuam deslocações de um dia só, entraram em Portugal principalmente por fronteira rodoviária (90,2%). As fronteiras marítima e aérea abrangem, respetivamente, 8,6% e 1,2%.

O relatório revela que o motivo pelo qual a maioria dos turistas estrangeiros visitou Portugal foi o “lazer, recreio ou férias” (69,3%), seguido da “visita a familiares ou amigos” (20,3%). O motivo “profissional ou de negócios” constitui a percentagem mais pequena, com apenas 8%.
Contexto económico mundial
Segundo os dados assinalados pelo Fundo Monetário Internacional, presentes no relatório do turismo do INE, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu com menos intensidade em 2016.

Os dados da Organização Mundial de turismo (OMT) revelam que chegaram 1 235, 2 milhões de turistas internacionais em 2016, superando em 46,5 milhões as chegadas registadas no ano anterior.

Este aumento revela um crescimento de 3,9%, em linha com os anos anteriores.

O relatório afirma que o saldo da balança turística portuguesa continua a progredir, com um aumento de 12,7%, segundo os dados provisórios disponibilizados pelo EUROSTAT [Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência]. Este aumento faz com que Portugal ocupe a quinta posição entre os países com maior saldo da balança turística da União Europeia.

Em 2016, o saldo da balança turística de Portugal ascendeu para 8,8 mil milhões de euros, valor próximo ao da Áustria.
pub