UE e países lusófonos são apostas para Macau contornar mudanças globais e apoiar Pequim sustenta especialista
O especialista em Comércio da China e Globalização Xian Bing sustentou hoje que Macau deve investir no reforço da cooperação com a União Europeia [UE] e países lusófonos para contornar as mudanças globais e apoiar a estratégia de Pequim.
"Neste contexto de grandes mudanças globais e nesta nova época de desenvolvimento chinês (...) Macau pode ser a ponte de colaboração e a ligação emocional (com a UE) (...) e desempenhar o papel de `janela` com os países e os territórios de língua portuguesa", afirmou o presidente fundador da Cheung Kong Graduate School of Business.
Xian Bing lembrou que o papel de Macau deve ser entendido, por um lado, pela crescente importância da UE no comércio global e do relacionamento entre os países europeus e a China.
Por outro, a cooperação já existente com os países lusófonos deve ser entendida como uma mais-valia a reforçar, por exemplo, com a criação de um instituto comercial luso-chinês, exemplificou o especialista.
Xian Bing foi um dos oradores de hoje num simpósio no qual se debateu o papel de Macau na estratégia nacional e internacional de Pequim de investimento em infraestruturas que permitam ligar Ásia, África e Europa.
Na abertura da iniciativa, o subdiretor do gabinete de ligação da China em Macau defendeu que o território precisa de reforçar a cooperação multilateral, em especial com os países de linga portuguesa.
Antes, o chefe do Governo de Macau frisou que "a construção de `Uma Faixa, Uma Rota` é uma oportunidade estratégica" para o território acompanhar o desenvolvimento internacional.
Razão pela qual, "no que se refere ao livre fluxo de comércio e à integração financeira, Macau irá desempenhar plenamente o seu papel de plataforma de serviços de cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa", acrescentou Chui Sai On.