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Vieira da Silva desvaloriza subida em cadeia do desemprego registado em Janeiro

por Lusa
António Cotrim - LUSA

O Ministro do Trabalho, Vieira da Silva, desvalorizou hoje a ligeira subida mensal do desemprego registado, por se tratar de um movimento habitual no primeiro mês do ano, destacando a queda homóloga e consistente deste indicador.

Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 16% em janeiro, face a igual mês de 2017, para 415.539 pessoas, subindo 2,9% (11.768) face ao mês anterior.

Este acréscimo em cadeia no arranque de 2018, correspondente a 11,8 mil pessoas, é, segundo o governante, habitual no primeiro mês do ano e maioritariamente explicado pela entrada de pessoas à procura de novo emprego (2,6% no correspondente a 9,3 mil pessoas) e com mais de 25 anos (2,9% no correspondente a 10,5 mil pessoas).

"A descida mensal de janeiro é um dado constante em todos os anos, o que importa é a comparação com o mês homólogo, com o mesmo mês do ano anterior, e aí continuamos com valores muito sólidos de descida", disse o ministro aos jornalistas após ter presidido ao encerramento da apresentação do estudo "O Sector dos Serviços e os desafios da Segurança Social".

De acordo com os dados disponíveis na página do IEFP, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2017, contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para os homens (menos 18,9%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (menos 15,5%), os inscritos há mais de um ano (menos 17%), os que procuravam novo emprego (menos 16%) e os que possuem como habilitação escolar o 1.º ciclo do ensino básico (menos 19,5%).

Segundo o IEFP, o desemprego afetava em dezembro 46.843 jovens, o que representa uma redução homóloga de 19,7% e um aumento em termos mensais de 5,5%.

Já o número de desempregados de longa duração apurado no final de janeiro foi de 194.916, diminuindo 17% em relação ao mês homólogo e aumentando 1% em termos mensais.

A nível regional, comparando com o mês de janeiro de 2017, o desemprego registado diminuiu em todas as regiões do país, destacando-se o Alentejo com a descida percentual mais acentuada (-18,6%), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (-17,3%).

No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 348.147 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, 70,2% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços.

O desemprego diminuiu em todos os setores de atividade, com a maior redução homóloga a registar-se novamente no setor da construção, onde o desemprego recuou 27,4% no correspondente a menos 12,2 mil desempregados (um contributo de 18% para a redução global do número de desempregados à procura de novo emprego).

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