Volkswagen tem que mudar para não ser tornar numa Nokia. O aviso do diretor executivo da construtora alemã
A questão não é se deve ou não mudar. A questão é se a mudança será suficientemente rápida ou não. O alerta partiu do diretor executivo da Volkswagen durante uma reunião com o conselho global da construtora alemã. Em causa as mudanças rápidas em curso na indústria automóvel.
Herbert Diess recordou o que aconteceu com a Nokia. A empresa dominava o mercado de telemóveis e, não se adaptando aos novos tempos, entrou em colapso desde que a Apple apresentou o primeiro iPhone.
A Volkswagen quer aumentar o valor do seu mercado e para isso, disse Diess num encontro com executivos de topo da empresa, tem que cortar custos e expandir para novas tecnologias como a dos carros conectados.
Para além da cada vez mais necessária evolução tecnológica, devido a empresas concorrente como a Tesla, a construtura alemã de automóveis precisa também de dar respostas às imposições da União Europeia em relação às emissões de gases dos carros a combustão. Ou seja, a empresa tem que aumentar o desenvolvimento e produção de carros com emissão zero.
"A grande questão é: seremos suficientemente rápidos?", disse Herbert Diess, citado pela Reuters. "Se continuarmos à velocidade atual, vai ser muito difícil", acrescentou.
"A era dos construtores clássicos de automóveis acabou", afirmou Diess, referindo que é urgente mudar e começar a construir carros com condução autónoma, conectados, para além de reduzir custos e aumentar a eficiência.
"Resumindo, este é provavelmente o maior desafio que a Volkswagen alguma vez teve", disse Herbert Diess, referindo as dificuldades que têm pela frente perante a necessidade de cumprir com os objetivos apertados sobre as emissões poluentes e, ao mesmo tempo, manter o lucro.
Nesse sentido, a Volkswagen vai apostar mais nos veículos elétricos, autónomos, conectados. Diess afirmou ainda, adianta a Reuters, que a empresa tem que se focar mais no lucro e menos no volume.
