A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta e registou o seu melhor trimestre em mais de duas décadas.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,84%, para os 25.812,88 pontos.
Mais fortes foram os ganhos obtidos pelos outros índices mais emblemáticos, com o tecnológico Nasdaq a progredir 1,87%, para as 10.058,77 unidades, e o alargado S&P500 a valorizar 1,54%, para as 3.100,29.
No trimestre, o S&P500 ganhou 20%, a sua subida trimestral mais importante desde 1998, o Nasdaq 31%, o melhor desempenho desde 1999, e o Dow Jones 18%, o que nunca se tinha visto desde 1987.
Depois de terem caído acentuadamente no final de março, quando a maior parte dos estados dos EUA tomaram medidas estritas de confinamento para conter a expansão da pandemia do novo coronavírus, os principais índices bolsistas iniciaram uma recuperação espetacular e quase contínua.
Apesar da recrudescência do número de casos de contaminações verificada nos últimos dias nos EUA, em particular no sul e oeste, a bolsa não fraquejou.
"Consideramos que é possível aplainar a curva sem passar por um novo período de confinamento", considerou Patrick O`Hare, da Briefing.com.
Hoje, os investidores estiverem a seguir as audições na Câmara dos Representantes do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, e do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Powell afirmou que a economia dos EUA tinha recuperado mais cedo do que previsto, mas continuavam a existir numerosas incertezas sobre esta recuperação.
Por seu lado, Mnuchin anunciou que o Governo ia iniciar discussões com os democratas sobre a adoção de um novo plano de ajuda à economia, que se deveria focar nos setores mais frágeis.
Na frente dos indicadores, hoje ficou a saber-se que a confiança dos consumidores norte-americanos melhorou visivelmente em junho, no seguimento da reabertura da economia, segundo o índice da Conference Board.
Na região de Chicago, a atividade económica, com uma forte componente industrial, reanimou em junho, sem, contudo, voltar a crescer, sempre afetada pelo impacto da pandemia, segundo o índice dos diretores de compras da associação ISM.