Wall Street fecha em alta graças à subida do emprego nos EUA e preço do petróleo

por Lusa

A bolsa nova-iorquina encerrou a semana em alta, com os investidores satisfeitos com o relatório sobre a situação do emprego nos EUA, que superou as expectativas, e um novo aumento na cotação do petróleo.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 1,22%, para os 28.015,706 pontos, o que o aproximou do seu nível recorde, atingido no final de novembro.

O tecnológico Nasdaq progrediu 1,00%, para as 8.656,53 unidades, e o alargado S&P500 avançou 0,91%, para as 3.145,91.

No conjunto da semana, porém, o Dow Jones recuou 0,13% e o Nasdaq 0,10%, ao contrário do S&P500, que conseguiu fechar com um ganho de 0,16%.

Com 266 mil empregos criados em novembro, número bem acima das estimativas dos economistas, que apontavam para 182 mil, o mercado de trabalho norte-americano continuou a apresentar um estado saudável.

Se esta subida é em parte devida à reintegração nas estatísticas dos trabalhadores da General Motors (GM), depois da sua greve histórica, o aumento continua a ser relevante, considerou Quincy Krosby, da Prudential.

"Esperávamos que houvesse criação de emprego, depois da greve na GM, mas havia receio de que isso fosse insuficiente para apaziguar os receios de um arrefecimento económico", acrescentou.

Estas estatísticas melhores do que previsto "ajudam a compreender que o consumo norte-americano está a evoluir bem, apesar de os salários terem progredido pouco", acrescentou esta analista.

A taxa de desemprego caiu 0,1 pontos percentual para 3,5%, que é o valor mais baixo em meio século.

Esta criação de emprego e a fraca taxa de desemprego nos EUA podem incitar a Reserva Federal (Fed) a manter as taxas de juro, por ocasião da próxima reunião do seu comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês), prevista para a próxima semana.

Segundo a plataforma bolsista CME, os investidores esperam na sua maioria que a Fed mantenha as taxas inalteradas.

Os índices bolsistas estiveram também a beneficiar da subida das cotações do petróleo, que se seguiu ao anúncio feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados de novos cortes na sua produção.

"As empresas do setor da energia viram os seus títulos avançar depois deste anúncio", sublinhou Krosby.

Na frente das negociações comerciais, a China e os EUA adotaram um tom mais apaziguador depois de uma semana de sinais contraditórios.

Pequim anunciou que "algumas" importações de produtos dos EUA, designadamente soja e porco, seriam isentas de direitos alfandegários.

O principal conselheiro económico de Donald Trump afirmou, por seu lado, que um acordo comercial "continuava a estar próximo", apesar de se escusar a comentar a próxima vaga de tarifas punitivas aplicadas pelos EUA às importações provenientes da China, que devem começar no dia 15.

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