Rio considera ter perfil com mais "sensibilidade para a gestão" do que Costa

por Lusa

O presidente do PSD defendeu que "há uma notória diferença" entre o seu perfil e o de António Costa, quanto à sensibilidade para a gestão, e avisou que os sociais-democratas não propõem uma "colossal descida de impostos".

Num almoço com empresários organizado pelo clube de reflexão política Via Norte, em Vila Nova de Gaia (Porto), Rui Rio apontou o caso específico do Serviço Nacional de Saúde, onde defendeu que o problema é mais de gestão do que recursos, para depois partir para uma comparação mais geral.

"Aquilo de que precisamos, em primeiro lugar, é mesmo ao nível da gestão pública termos mais gestão. E aí há notoriamente uma diferença entre aquilo que é o meu perfil e o que é o perfil do Dr. António Costa, no que concerne à sensibilidade para a área da gestão", afirmou.

Reconhecendo que o primeiro-ministro não tem de ser um gestor, o líder do PSD considerou "muito importante" que o chefe do executivo "tenha sensibilidade para a gestão e empurre todo o Governo no sentido de uma maior eficácia e uma maior eficiência na gestão da coisa pública".

Perante uma plateia maioritariamente constituída por empresários, Rio explicou algumas das ideias do quadro macroeconómico do programa do PSD, que prevê uma redução da carga fiscal de 34,9% para 33,3% do Produto Interno Bruto.

"Isto não é uma redução de impostos brutal, já tivemos colossais aumentos de impostos, isto não é uma colossal descida de impostos", avisou, considerando que o objetivo do PSD "é inverter" o aumento da subida dos impostos.

"Há um momento em que Portugal de dizer para, basta, vamos inverter", disse.

Rui Rio repetiu as várias reformas estruturais que considera exigirem acordos alargados -- como segurança social, justiça, sistema política -, e em que incluiu a descentralização.

Neste caso, o líder do PSD disse ainda não ter lido "de propósito" o relatório da Comissão Independente da Descentralização, entregue no final de julho, por entender que este só deve ser debatido na próxima legislatura.

"A partir de 06 de outubro aquele relatório tem de entrar na discussão pública para vermos como devemos fazer a nossa descentralização e desconcentração, não pode estar tudo concentrado no mesmo sítio, que é a Área Metropolitana de Lisboa", apontou.

 

 

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