Standard & Poor`s baixa `rating` da Grécia e alerta para acordo com credores

por Lusa

A agência de notação financeira Standard & Poor`s (S&P) baixou hoje o `rating` da Grécia de B para B-, alertando Atenas para o tempo limitado que tem para chegar a um acordo com os credores.

"Na nossa opinião, um prolongar das negociações com os credores poderá levar a uma maior pressão sobre a estabilidade financeira", revelou a agência de `rating` em nota hoje divulgada.

A S&P teme, por exemplo, o levantamento de depósitos ou, num cenário pior, a perda de acesso ao financiamento e uma possível saída do país da zona euro.

Hoje foi anunciada pelo presidente do Eurogrupo uma reunião extraordinária do fórum dos ministros das Finanças da zona euro para quarta-feira, dia 11, para debater a questão da Grécia.

A reunião, marcada para as 17:30, em Bruxelas, tem lugar na véspera de um Conselho Europeu informal.

O programa de ajuda externa à Grécia termina no final do mês e até lá tem que ser encontrada uma solução para que o país não entre em falência.

Este será o primeiro Eurogrupo do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, que esta semana esteve nas principais capitais da zona euro, tendo-se reunido com vários dos seus homólogos, nomeadamente com o francês, Michel Sapin, e o alemão, Wolfgang Sclaube.

Há exatamente uma semana, o presidente do Eurogrupo deslocou-se a Atenas para se reunir com Varoufakis, na sequência das eleições que deram a vitória ao partido Syriza, liderado por Alexis Tsipras.

Tsipras apresentou-se a eleições com a promessa de reduzir a dívida grega (mais de 175% do Produto Interno Bruto - PIB) e acabar com a austeridade imposta pela `troika`, o que é rejeitado por muitos dos seus parceiros da zona euro, a começar pela Alemanha.

A Grécia está sob assistência financeira internacional desde 2010, com dois empréstimos concedidos pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional em troca de duras medidas de austeridade.

Em dezembro terminava o programa de resgate europeu, que foi prolongado por mais dois meses, até ao final de fevereiro.

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