Tsipras diz que parceiros aceitam que Governo adote as suas próprias reformas
O primeiro-ministro da Grécia recusou hoje medidas de austeridade adicionais e disse que os parceiros europeus concordaram que não cabe a este Governo executar reformas acordadas pelo anterior executivo mas elaborar as suas próprias.
Segundo Alexis Tsipras, na minicimeira de quinta-feira à noite com alguns líderes europeus, questionou-os "diretamente" sobre se esperavam que o seu Governo concluísse a quinta avaliação do programa de resgate e que implementasse medidas que o anterior Governo não conseguiu e, acrescentou: "A resposta foi não".
Por isso, disse o primeiro-ministro grego, o acordado foi que não cabe ao atual Governo executar medidas acordadas no passado (entre estas estão o aumento do IVA dos hotéis, congelamento das pensões e reforma do mercado laborar), tendo a soberania de elaborar as suas próprias reformas que tenham um "resultado orçamental positivo".
"Não haverá quaisquer medidas de austeridade adicionais", garantiu Tsipras.
O responsável fez questão de assinalar que é "soberania da Grécia pôr em ação as reformas necessárias" e que o seu "conteúdo é trabalho do Governo grego", ainda que em contacto com os parceiros europeus.
O anterior Governo grego, liderado por Antonis Samaras, negociou no fim do ano passado mais medidas de austeridade com a `troika` (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) com o objetivo de aceder a ajuda financeira.
Entretanto, depois de o Governo cair, em janeiro o partido anti austeridade Syriza, liderado por Tsipras, venceu as eleições.