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Dilma adia divulgação de dados para não prejudicar campanha

por João Ferreira Pelarigo, RTP
A candidata a presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral Ricardo Moraes, Reuters

A disputa entre Dilma Rousseff e Aécio Neves continua acesa. Os dois candidatos à segunda volta das presidenciais mantêm percentagens de intenção de voto muito próximas e evitam tudo o que possa prejudicar a campanha. Por isso, o Governo de Dilma decidiu adiar o lançamento de resultados negativos para depois de domingo, o dia da eleição.

Os eleitores vão às urnas no próximo domingo eleger o presidente do Brasil. Farão a escolha sem saber os dados dos indicadores de economia e educação relativos a setembro. A decisão foi tomada pelo Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (IPEA).

O IPEA determinou, na semana passada, a proibição da publicação de estudos que envolvam dados públicos divulgados entre julho e o fim das eleições presidenciais. O receio de que a publicação de informação negativa possa prejudicar a campanha de Dilma estará na base da decisão de ocultar estes resultados.

Esta deliberação levou à demissão do diretor de estudos e políticas sociais da Instituição.

Segundo a imprensa brasileira, não é a primeira vez que o IPEA guarda estudos para divulgá-los em alturas estrategicamente pensadas. Em setembro, por exemplo, foi divulgado pelos meios de comunicação que o Instituto tinha “escondido” os dados relativos à declaração de Imposto de Renda.

Os resultados dessa pesquisa mostravam que este indicador tinha aumentado, contrariamente ao que os governantes – do partido de Dilma – afirmavam.

Ainda no âmbito da omissão de dados públicos, de acordo com o jornal brasileiro Folha de S. Paulo, o desempenho escolar dos alunos em português e matemática ficará também em segredo até segunda-feira.
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