Incerteza eleitoral no Reino Unido obriga a contas de papel e lápis

por João Adelino Faria, enviado especial a Londres

As últimas sondagens antes das legislativas desta quinta-feira consubstanciaram a dúvida: à falta de uma maioria clara, os britânicos arriscam um impasse.

Este é já encarado como o mais incerto dos processos eleitorais do Reino Unido das últimas quatro décadas. Das sondagens sobressai um dado: conservadores e trabalhistas revelam-se incapazes de chegar a uma maioria absoluta.
As 50 mil assembleias de voto estão abertas até às 22h00, num dia de trabalho como qualquer outro. Estão em jogo 650 lugares para Westminster. E há 50 milhões de pessoas registadas para votar, com a possibilidade de, pela primeira vez, exercerem o voto online.


Por outro lado, subsiste a incógnita em torno das outras forças mais votadas, o que potencia as dúvidas sobre o jogo de alianças que se afigura incontornável.

Um dos maiores desafios no caminho do próximo executivo será o de combinar o crescimento da economia com a necessidade de reduzir o défice das contas do Estado.

O Partido Conservador, encabeçado pelo atual primeiro-ministro David Cameron, promete défice zero para o final da próxima legislatura. O Partido Trabalhista, de Ed Miliband, também quer reduzi-lo, embora mais lentamente.


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