Carlos César não vê Catarina Martins ou Jerónimo de Sousa num próximo governo socialista

por Antena 1

Foto: Antena 1

O presidente do PS elogia a chamada "geringonça", mas coloca reservas quanto à hipótese de ter BE e PCP num futuro executivo socialista.


Carlos César destaca o sucesso da actual solução governativa. Fala num modelo inovador, nunca visto em Portugal, e numa experiência bem sucedida que tem dado bons resultados e permitido grandes avanços.

O presidente do Partido Socialista defende mesmo que seria possível replicar a chamada "geringonça", com outros acordos, mas também diz que não é expectável que BE ou PCP venham a assumir ministérios num governo do PS. Nas circunstâncias actuais, Carlos César dificilmente veria Catarina Martins como ministra dos negócios estrangeiros e Jerónimo de Sousa como ministro da defesa.

Questionado sobre a conclusão de Catarina Martins de que António Costa e Passos Coelho são iguais a lidar com os problemas do sistema financeiro, Carlos César diz ser normal que ambos os partidos sublinhem diferenças e posições em ano de eleições.
Os partidos são diferentes, frisa.

Nesta entrevista, conduzida pela editora de política da Antena 1 Natália Carvalho, Carlos César fala também sobre o Novo Banco, atribuindo responsabilidades à Comissão Europeia, ao Banco de Portugal e ao anterior governo.
O presidente do PS admite que foi uma venda sob pressão, fala em falhas muito graves por parte do Banco de Portugal, mas justifica a ajuda ao Novo Banco dizendo que é importante não destabilizar o sistema financeiro.

Quanto aos CTT, Carlos César admite que a concessão não está a correr bem. Para o presidente do PS, o regulador tem tido um comportamento mais activo no acompanhamento da situação, mas o Estado deve tomar uma posição no capital da empresa.

Sobre a questão da regionalização, o também líder parlamentar socialista admite como muito provável que ainda não esteja em causa no próximo quadriénio.

Perante as criticas que têm sido feitas ao primeiro-ministro por causa do roteiro para a saúde, Carlos César contra-ataca lembrando que há uma líder da oposição a fazer, basicamente, o mesmo. Para o presidente do partido socialista, o PS não deve ser "desarmado" apesar de estarmos em ano de eleições.

O Presidente da República, diz Carlos César, tem cumprido o seu papel de moderador. Tem sido um presidente próximo do povo, mas não um presidente populista. Carlos César não tem dúvidas: "Nós teremos Marcelo Rebelo de Sousa nas próximas eleições presidenciais".
Já sobre um eventual apoio do PS a uma eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à presidência da república, Carlos Cesar deixa essa possibilidade em aberto.
O presidente do PS lembra "a eleição presidencial não é uma eleição partidária" e, por isso, os partidos apoiam os candidatos, não os lançam.

Questionado sobre se vai ocupar o cargo de presidente da Assembleia da República na próxima legislatura, caso o PS ganhe as eleições, Carlos César também deixa a questão em aberto.
O presidente do PS entende que o Partido Socialista deve prosseguir o caminho que está a fazer na renovação e quando chegar o tempo certo dará conta das conversas que já teve com António Costa.

Pode ver e ouvir a entrevista aqui:
 



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