Entrevista a José Luís Ferreira, líder parlamentar do PEV

por Antena 1

Foto: Antena1

Aeroporto: Regulador está impedido de aprovar a hipótese Montijo

O líder parlamentar do Verdes acredita que a hipótese Portela+1 no Montijo não vai avançar. Em entrevista à Antena1, José Luís Ferreira explica que o regulador está impedido de dar esse parecer positivo porque falta a aprovação por parte de duas Câmaras (Seixal e Moita) que é obrigatória.

José Luis Ferreira acrescenta que, se esta hipótese avançasse, “seriamos o único país do mundo com um aeroporto cuja localização teria sido escolhida por uma multinacional – a Vinvi – que também faz parte do consórcio que gere a ponte Vasco da Gama”. Para os Verdes a melhor solução para o futuro aeroporto será “aquela que resultar de uma avaliação ambiental estratégica”. E nos últimos 50 anos nenhum estudo apontou para o Montijo.

Para o PEV não há “linhas vermelhas” para a provação do orçamento do Estado. O documento será analisado não só do ponto de vista ambiental mas também social, “porque o Orçamento do Estado é um instrumento de definição de políticas para o futuro”. Os Verdes defendem, por exemplo, o regresso aos 8 escalões no IRS porque havendo mais escalões é possível fazer mais justiça fiscal.

José Luís Ferreira considera ainda que o OE pode criar estímulos fiscais à aquisição de material que potencie a poupança de energia.

O líder parlamentar do PEV diz não saber se vai haver uma “coligação negativa”, por causa da descida do IVA na eletricidade – medida que tem o apoio dos verdes.

Quanto à possível exploração de lítio, José Luis Ferreira diz que “a ser explorado, tem que o ser como deve ser. Se é para prejudicar as populações e para criar situação absolutamente irreversíveis do ponto de vista ambiental, é melhor ficarmos quietos”. E este processo foi tudo menos transparente, acrescenta.

José Luis Ferreira, que come carne, diz que não vai em modas – o que dá votos devia ser a honestidade – é preciso evitar fundamentalismos e medidas radicais como o fim do consumo de carne, até porque o tecido produtivo precisa de tempo para se ajustar. “É preciso encontrar um equilíbrio entre as alterações climáticas e evitar a desertificação do interior”.

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Jose Luís Ferreira a Natália Carvalho:

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