Os patrões prometem "surpreender a sociedade portuguesa" e apresentar em sede de concertação social uma proposta de aumento de salário mínimo nacional acima dos 600 euros definidos pelo Governo para 2019.
No entanto, adiantou que, considerando que muitas empresas já pagam acima dos 600 e que o desenvolvimento económico se torna sustentável, o valor definido pelo Governo "pode vir a ser melhorado", ou seja, adianta, “pode haver uma surpresa e não ficarmos confinados a um valor de 600 euros”.
No programa Conversa Capital, entrevistado pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena 1 e João D’Espiney, do Jornal de Negócios, o presidente da CIP revelou que os patrões não querem é ter um salário mínimo imposto por decreto sem discussão com quem paga.
Ao avançar com uma proposta superior ao previsto pelo Governo, os patrões pretendem evitar a imposição de um salário mínimo em que não se reveem e assumir o controlo daquilo que consideram razoável em termos de aumento e em função dos ganhos de produtividade.
Sem alternativa, António Saraiva revelou ainda que assinou o acordo de concertação social, apesar de ter dito que não aceitaria alterações à legislação laboral, porque o Governo comunicou aos parceiros que as suas propostas iriam ao parlamento com ou sem acordo.
Os parceiros optaram pelo mal menor. Ou seja minimizar o impacto de algumas medidas e assinar.
Uma entrevista para ouvir na íntegra este domingo depois do noticiário das 13h00.