Grécia chama a embaixadora em Viena devido à crise migratória

por Jorge Almeida - RTP
Alkis Konstantinidis, Reuters

O governo de Atenas decidiu chamar a sua embaixador em Viena depois da Áustria ter excluído a Grécia e a Alemanha de um encontro restrito.

As medidas unilaterais dos países da União Europeia estão a agravar a crise migratória. Esta quinta-feira os Ministros da Administração interna dos estados membros estão reunidos em Bruxelas para coordenar respostas ao fluxo de imigração.

O comissário europeu da Imigração já veio alertar que “as respostas individuais não levam a lugar algum. Está em risco a União da Europa e as vidas humanas”.

Nas últimas horas, a Hungria anunciou a convocação de um referendo sobre as quotas estabelecidas pela EU do número de imigrantes a receber pelo país. Estima-se que desde o início do ano entraram na Europa 110 mil imigrantes segundo os números da OIM, a Organização Internacional para as Migrações. O número que no ano passado só foi alcançado no mês de Junho.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras conversou quarta-feira com Chanceler Alemã, Angela Merkel, para expressar a “o seu profundo desagrado pela falta de aplicação do acordo alcançado na semana passada”.

Desde a última sexta-feira, a Áustria começou a aplicar um regime de quotas de trânsito de imigrantes pelo país que fixou a passagem de 3200 pessoas por dia e limitou a oitenta os pedidos diários de asilo.Pressão sobre a Turquia
A pressão da União Europeia está sobre a Turquia para travar o caos fronteiriço. Os lideres europeus consideram que apesar o pacto com o governo de Ancara não houve resultados até ao momento.

Em simultâneo com a reunião dos Ministros do Interior em Bruxelas, a Nato informou que a sua missão no Mar Egeu contra as mafias que traficam os refugiados está pronta a ser colocada em Marcha. Para evitar os receios da Grécia e da Turquia, a Aliança Atlântica pretende transmitir todas as informações sensíveis das suas missões aos dois países.
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