São números da ONU. Cerca de 512.000 migrantes e refugiados chegaram à Europa passando pelo Mediterrâneo, em 2015.
Ao mesmo tempo, cerca de 2.980 destas pessoas afogaram-se ou foram dadas como desaparecidas este ano durante a travessia, acrescentou a ACNUR. Em todo o ano de 2014 pereceram mais de 3.500 recordou a organização.
Dos que tentaram chegar a Itália, 54 por cento afirmam-se sírios e outros 13 por cento afegãos, afirma o relatório da ACNUR hoje publicado. Das que chegaram à Grécia 71 por cento serão sírios.
Só esta segunda-feira mais de 11 operações de salvamento ao largo das costas da Líbia permitiram o resgate de 1.151 pessoas.
Um navio da guarda costeira italiana recolheu de uma só vez 441 pessoas que viajavam em quatro barcos pneumáticos.
Uma das operações envolveu a coordenação de diversas entidades. Um navio que já transportava 85 migrantes recolhidos no domingo acolheu mais 105 pessoas que estavam a bordo de um navio da Marinha italiana e depois mais 308 que se encontravam no navio Dignity 1 dos Médicos Sem Fronteiras.
Todos os migrantes recolhidos tentavam atingir a Itália e foram encaminhados para os campos de triagem da ilha italiana de Lampedusa.
Apesar dos esforços concertados europeus no âmbito da operação Frontex, para recolher aqueles que tentam atravessar o Mediterrâneo, esta continua a ser a via mais mortal para os migrantes que tentam chegar às costas europeias.
A ACNUR refere que a maioria dos migrantes merece estatuto de refugiado por ser proveniente de países em guerra ou onde a violência grassa, como a Síria, o Iraque ou o Afeganistão, estando miutas vezes exautas fisicamente e traumatizadas.
A União Europeia já cehgou a acordo para distribuir cerca de 120.000 migrantes mas é necessário ampliar o esforço, apela ainda a organização da ONU.