Um tribunal húngaro considerou um homem iraquiano culpado de atravessar ilegalmente uma barreira de arame ao longo da fronteira da Hungria com a Sérvia e ordenou que fosse expulso do país.
O homem, identificado no tribunal como Swadi Talib, foi expulso da Hungria pelo período de um ano. Atravessou a barreira na terça-feira, primeiro dia do encerramento ordenado pelo governo húngaro.
A Hungria aprovou uma nova legislação anti-imigração que pune com penas de até três anos de prisão aqueles que entrarem ilegalmente no país violando a cerca construída nos últimos meses.
Já foram detidas 376 pessoas acusadas de violar a barreira.
Esta quarta-feira de manhã haviam sido processadas 35 pessoas, acusadas de passagem ilegal. A Hungria recebera 94 pedidos de asilo de pessoas colocadas na zona de trânsito, dos quais 19 foram rejeitados e sete colocados sob apelo.
De acordo com a agência de notícias húngara MTI, 74 pessoas, 13 famílias e dois séniores peticionaram tratamento especial.
Croácia é a nova rota
Esta manhã o Governo húngaro iniciou o prolongamento da barreira de arame farpado, agora ao longo da fronteira com a Roménia, para impedir a entrada de migrantes por essa via.
A Sérvia decidiu entretanto começar a transportar de autocarro até junto da fronteira com a Croácia, milhares de migrantes encurralados pelo encerramento da fronteira húngara.
Até ao início da tarde praticamente 300 migrantes seguiam a nova rota, a maioria através dos campos o que está a preocupar as autoridades croatas.
O primeiro-ministro da Croácia já garantiu todo o apoio aos migrantes que quiserem atravessar o país mas há receios que os campos que estes estão a atravessar estejam minados.
A guerra de secessão croata da Federação Jugoslava decorreu entre 1991 e 1995 e registaram-se combates no leste do país, que não foi ainda totalmente limpo de engenhos explosivos e de minas.
Já foi enviada para a área uma equipa de desminagem.