Comissário considera Superliga contrária aos valores da UE

por Mário Aleixo - RTP
Margaritis Schinas não vê vantagens na criação de uma superliga europeia de futebol Reuters

O comissário europeu Margaritis Schinas afirmou que a União Europeia deve defender “um modelo europeu de desporto baseado na diversidade e na inclusão”, opondo-se ao projeto de criação de uma Superliga europeia anunciada por 12 clubes.

Devemos defender um modelo europeu de desporto baseado em valores, baseado na diversidade e na inclusão”, lê-se numa mensagem publicada na conta oficial da rede social Twitter de Margaritis Schinas.

O comissário com a pasta da Promoção do Modo de Vida Europeu reagia assim ao projeto de criação de uma Superliga europeia, feito no domingo por 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que pretendem desenvolver uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, e em oposição à UEFA.

Sublinhando que “não há margem” para que o modelo europeu de desporto “seja reservado aos poucos clubes ricos e poderosos”, Schinas diz também que estes clubes “querem cortar as ligações com tudo aquilo que as associações representam”, referindo-se às “ligas nacionais (de futebol), promoções e despromoções, e apoio ao futebol amador”.

A universalidade, a inclusão e a diversidade são elementos cruciais no desporto europeu e no nosso modo de vida europeu”, aponta o responsável.

No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham, treinado pelo português José Mourinho, “uniram-se na qualidade de clubes fundadores” da Superliga, indica um comunicado enviado à AFP.

A época inaugural (...) iniciar-se-á o mais brevemente possível”, informam os subscritores do comunicado, sem precisar qualquer data, adiantando que a nova competição pretende “gerar recursos suplementares para toda a pirâmide do futebol”.

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