Copa América. Bicampeão Chile goleia o Japão

por Mário Aleixo - RTP
Apesar do aparente equilíbrio a seleção do Chile foi sempre mais eficaz Epa-Fernando Bizerra

O bicampeão em título Chile entrou a ganhar na edição 2019 da Copa América em futebol, ao golear tranquilamente o convidado Japão por 4-0, no fecho da primeira jornada da fase de grupos.

No Morumbi, em São Paulo, Erick Pulgar, aos 41 minutos, Eduardo Vargas, aos 54 e 83, e Aléxis Sánchez, aos 82, apontaram os tentos do conjunto comandado pelo colombiano Reinardo Ruedo, que se juntou ao Uruguai (4-0 ao Equador) na liderança do Grupo C.

Vencedor das edições de 2015 e 2016, com triunfos nas finais sobre a Argentina, ambos nos penáltis, o Chile dominou o encontro, mas não se livrou de alguns sustos, perante um conjunto nipónico que criou oportunidades, mas não teve eficácia a finalizar.

Os japoneses até foram os primeiros a assustar, num cabeceamento de Naomichi Ueda, após um canto, aos 13 minutos, mas, aos poucos, os chilenos assumiram o comando e Vargas, aos 28, e Aléxis Sánchez, duas vezes aos 35, podiam ter marcado.

Os detentores do título acabaram por adiantar-se no marcador num lance de bola parada, aos 41 minutos, com Erick Pugar a saltar mais alto e a responder com um cabeceamento certeiro a um canto marcado na direita por Charles Aránguiz.

Na parte final da primeira parte, Ayase Ueda, isolado por Shibasaki, desperdiçou a igualdade e, do outro lado, Aléxis Sánchez poderia ter aumentado a vantagem.
Nipónicos perdulários
Após o intervalo, o Chile entrou melhor e, aos 54 minutos, Vargas recebeu, em zona frontal, um passe da direita de Isla e aumentou a vantagem, contando ainda com a ajuda de um desvio num defesa asiático.

O Japão, com o ex-Portimonense Shoya Nakajima até aos 66 minutos, não desistiu e Ayase Ueda, que já falhara uma ocasião clara na primeira parte, desperdiçou mais três na segunda, aos 57, 69 e 75, inviabilizando a recuperação.

Já sem Arturo Vidal, que saiu com algumas queixas físicas, o Chile ainda chegou à goleada, aos 82 e 83 minutos, com Alexis Sánchez a marcar o terceiro, de cabeça, servido por Aránguiz, e a oferecer o quarto a Vargas, que fez um bonito ‘chapéu’ a Osako.

Com os dois golos aos japoneses, Eduardo Vargas, melhor marcador das edições de 2015 (quatro golos) e 2016 (seis), passou a somar 12 golos na Copa América, ascendendo ao 10.º lugar da lista dos melhores marcadores da história da competição.

O jogador dos mexicanos do Tigres, de 29 anos, está apenas a cinco golos dos dois melhores marcadores, o argentino Norberto Méndez e o brasileiro Zizinho, ambos autores de 17.
pub