Em comunicado divulgado hoje pelo Sindicato dos Futebolistas Espanhóis (AFE), depois de reuniões com capitães dos plantéis de ambos os escalões, os jogadores reiteram que o calendário tem que estar sujeito às decisões das autoridades sanitárias.
“Tudo está condicionado à saúde individual e à proteção da saúde pública, de todos os cidadãos e cidadãs deste país”, refere a nota do Sindicato.
Os futebolistas alertam que o recomeço dos campeonatos, que pressupõe o regresso ao relvado e aos balneários, apenas poderá ser feito depois de estar garantida a segurança sanitária por um especialista em matéria epidemiológica.
Em relação às medidas de Expediente Temporário de Regularização Temporário de Emprego (ERTE) requeridas por clubes, o Sindicato diz estranhar o apoio da Liga às mesmas, uma vez que a entidade pede aos clubes finanças saudáveis e ela própria não tem uma “almofada temporária” para uma situação de dois meses.
“Os próprios clubes e os jogadores, individualmente, estão a fazer acordos no que diz respeito a salários. O que não vamos fazer é que deixem de estar garantidos os nossos direitos laborais”, acrescenta o comunicado.
A finalizar, os futebolistas das ligas profissionais repetem que só aceitam o regresso dos campeonatos se os mesmos forem autorizados pelas autoridades.
“Não se trata do futebolista, mas de tudo o que o rodeia. E, neste sentido, se tivermos de levar a iniciativa ao congresso dos deputados, iremos fazê-lo. A saúde deve ser algo de todos”, conclui a nota dos jogadores.