Covid-19. Pedro Santos espreita título de campeão no Columbus Crew

por Mário Aleixo c/Lusa
Pedro Santos sonha chegar ao título de campeão norte-americano de futebol Greg Bartram-Today Sports

O Columbus Crew, do avançado português Pedro Santos, procura repetir o título inédito da liga norte-americana de futebol (MLS), conquistado em 2008.

O primeiro objetivo passa por atingir o “play-off”, tal como em todos os anos, mas temos uma ambição alta na conquista do título. A equipa está melhor e reforçou-se com alguns bons jogadores. Se mantivermos uma boa forma durante a época toda, mostramos que somos realmente muito fortes e poderemos triunfar já este ano”, frisou à agência Lusa o antigo extremo de Sporting de Braga, Rio Ave, Vitória de Setúbal, Leixões e Casa Pia.

Pedro Santos, de 31 anos, foi titular na receção vitoriosa ao New York City (1-0) e no empate obtido no terreno do campeão Seattle Sounders (1-1), resultados que colocaram o clube sediado em Columbus, capital do estado do Ohio, nos lugares cimeiros da Conferência Este da MLS, suspensa até 10 de maio devido à pandemia da covid-19.

A maior qualidade é o equilíbrio e os ‘play-offs’ dão possibilidade a qualquer equipa de ser campeã. Há um ou outro favorito, como o Atlanta United, vencedor em 2018 e que perdeu a final da nossa conferência em 2019, e o Los Angeles, que vem de uma época fantástica e não ganhou porque não há um vencedor declarado antecipado”, avisou.

Prova da competitividade de uma liga com organização centralizada é que em 24 edições houve 14 campeões diferentes, tendo o Columbus Crew festejado em 2008, quando bateu na final o New York Red Bulls (3-1), num palmarés dominado pelos californianos Los Angeles Galaxy, que somaram cinco troféus, mas não vencem desde 2014.

Época passada foi excelente

A época passada o rendimento coletivo do Columbus contrastou com o desempenho singular de Pedro Santos, que viveu a melhor época em solo americano ao terceiro ano, com 11 golos em 35 jogos sob alçada do treinador Caleb Porter, que tinha derrotado os Crew na final de 2015 e veio render o atual selecionador dos Estados Unidos, Gregg Berhalter.

Apesar de jogar na direita, ser um extremo interior ajudou-me a adaptar às funções de número 10. Juntar isso às minhas características foi fundamental para a época que fiz no ano passado. Este campeonato dá para explorar melhor as costas dos adversários e a experiência fez-me perceber melhor o jogo e o espaço para criar superioridade”, explicou.

Vencedor da Taça de Portugal em 2015/16, o dianteiro lisboeta não se mostra arrependido por ter saído do Sporting de Braga em agosto de 2017 e desperdiçado o “sonho legítimo” de representar a seleção das quinas, já que se deparou com uma “oportunidade fantástica” para colher “boas memórias”, num país “sonhado por todos”.


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