O canadiano Richard McLaren, autor do relatório que denunciou um sistema generalizado de distribuição de "doping" na Rússia, considerou que existem indícios que apontam para uma metodologia semelhante utilizada no futebol do país organizador do Mundial2018.
"Isso leva-nos a supor que existia um banco de amostras conformes (...) e que esse banco foi utilizado por futebolistas", sustentou o jurista, em entrevista emitida na quarta-feira pelo canal televisivo alemão ARD.
De acordo com McLaren, todos os inícios apontam para a existência de "um sistema diferente para o futebol" russo, mas utilizado em paralelo com o de outras modalidades, que foi denunciado no relatório pedido pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
O canadiano revelou que a AMA tem na sua posse 155 amostras de futebolistas russos ainda à espera de serem analisadas.
Na sequência da descoberta de um sistema de distribuição de "doping" em larga escala com conhecimento e apoio estatal, que abrangeu, entre outros eventos, os Jogos Olímpicos Londres2012 e Socchi2014 (Inverno), os atletas russos foram impedidos de participarem nos Jogos Rio2016.