O futebolista português do Villarreal Rúben Semedo vai voltar a pedir liberdade condicional sob fiança, anunciou o advogado do internacional sub-21, detido desde fevereiro e acusado de delitos como tentativa de homicídio e sequestro.
"Já está em trâmite o recurso no qual solicitamos a liberdade, propondo o pagamento de uma fiança, a retirada do passaporte e afirmar quantas vezes for necessário para que o juiz acredite que não vai fugir à ação da justiça. Nunca o fez", apontou Albertini, que realçou que Semedo tem uma filha e família.
Sobre o acordo judicial hoje alcançado, o advogado admitiu que será entregue uma compensação económica ao denunciante mediante a resolução de algumas "discrepâncias sobre o ocorrido".
Albertini reforçou ainda a inocência do português, que considerou estar preso sobre "factos infundados" e que o caso se baseia no facto de ser uma figura pública e porque "sabem que pode resolver o caso e pagar algum tipo de indemnização".
"O Rúben não foi o autor destes acontecimentos. Há uma serie de imprecisões, e isso já foi condenado publicamente. Porque temos de tomar como garantido o que declaram algumas pessoas? Todo o testemunho deve ser corroborado mediante um elemento factual", acrescentou.
A mão de Rúben Semedo, Adelaida Gonçalves, disse hoje após a sessão no Tribunal de Valência que "não faz sentido" que o filho tenha cometido os crimes de que é acusado.
"Não têm provas. O Rúben não fez isto. Porque é que têm de duvidar da sua inocência? Dêem-lhe uma oportunidade para provar a sua inocência", disse, entre lágrimas.
A mãe revelou ainda que o defesa "está a sofrer muito, desesperado, e é inaceitável porque não fez nada para estar nesta situação".
Albertini disse ainda que a prisão de Semedo "por uma simples declaração" é uma injustiça, bem como a suspensão do salário por parte do Villarreal, que "sempre representou de maneira exemplar" e que agora o "dá como condenado".
"Que necessidade teria o meu cliente de prender, agredir e roubar uma pessoa por cinco mil euros", questionou o advogado, que se referiu a todo o caso como uma "invenção de uma história de romance".
Semedo, de 23 anos, ia começar a responder hoje em tribunal pelo primeiro de vários crimes de que é acusado em Espanha, tendo sido detido em 19 de fevereiro último, por suspeitas de ter, juntamente com outras duas pessoas, sequestrado um homem a quem, sob ameaça com uma pistola, retiraram as chaves do apartamento, de onde roubaram dinheiro e objetos.