O Tribunal Central Criminal de Lisboa adiou, sem data marcada, o início do julgamento do processo conhecido por 'e-toupeira', que estava previsto começar em 25 de setembro.
Neste processo, são arguidos o antigo assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, acusado de crimes de corrupção ativa e violação de segredo de justiça, e o funcionário judicial José Silva, acusado de crimes de corrupção passiva e peculato.
Em dezembro passado, o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) decidiu não levar a julgamento a SAD do Benfica por nenhum dos 30 crimes pelos quais foi acusada pelo Ministério Público (MP), assim como o funcionário judicial Júlio Loureiro.
O processo seguiu para julgamento com os outros dois arguidos, só que o procurador do MP Valter Alves interpôs recurso da decisão de não pronúncia da SAD do Benfica e do funcionário judicial Júlio Loureiro.
A acusação do MP imputava à SAD do Benfica um crime de corrupção ativa, um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 28 crimes de falsidade informática. Todavia, a juíza Ana Peres, do TCIC, entendeu não levar a julgamento a SAD 'encarnada' - o que permite ao Benfica escapar a eventuais sanções desportivas.