Mustafá entregou-se em posto da GNR

por Lusa
A 15 de maio de 2018, um grupo de adeptos do Sporting invadiu a Academia de Alcochete Mário Cruz - Lusa

O líder da claque Juventude Leonina, conhecido como Mustafá, entregou-se esta sexta-feira no posto da GNR da Charneca de Caparica, depois de ter sido ordenada a sua prisão preventiva, no âmbito do processo do ataque à Academia do Sporting.

Fonte judicial disse à Lusa que Nuno Mendes (Mustafá) chegou acompanhado dos seus advogados, cerca das 19:30, tendo ainda aguardado pela receção do mandado de detenção no posto da Guarda Nacional Republicana.

Na sequência da invasão ao centro de treino do futebol `leonino` de Alcochete, em 15 de maio de 2018, Mustafá ficou sujeito a apresentações diárias às autoridades e pagamento de uma caução de 70.000 euros, em novembro de 2018, mas o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) ordenou a prisão preventiva, após recurso do Ministério Público.

Segundo o acórdão do TRL, a que a agência Lusa teve hoje acesso, os juízes desembargadores deram provimento ao recurso da procuradora Cândida Vilar, apresentado após o juiz de instrução criminal Carlos Delca ter aplicado ao arguido aquela medida de coação, em novembro de 2018.

"Existem sérios perigos de continuação da atividade criminosa, de perturbação de inquérito, de fuga e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas", refere o despacho do TRL, que revoga a decisão do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro.

A alteração da medida de coação é justificada com o facto de `Mustafá` estar acusado neste processo de tráfico de droga, ter antecedentes criminais e estar a ser julgado no processo de assaltos violentos a casas, que envolve o ex-inspetor da PJ Paulo Pereira Cristóvão por crimes de associação criminosa, roubo ou sequestro.

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