Pinto da Costa e Antero Henrique absolvidos na Operação Fénix

por RTP
O procurador do Ministério Público havia já pedido, nas alegações finais, a absolvição de Pinto da Costa e Antero Henrique José Coelho - Lusa

O Tribunal de Guimarães absolveu esta quinta-feira o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, e o ex-vice-presidente Antero Henrique dos crimes que lhes eram imputados no processo da Operação Fénix.

Pinto da Costa e Antero Henrique estavam pronunciados, respetivamente, por sete e seis crimes de exercício ilícito da atividade de segurança privada.O procurador do Ministério Público havia já pedido, nas alegações finais, a absolvição de Pinto da Costa e Antero Henrique.


De acordo com o despacho de pronúncia, estaria em causa a contratação de segurança pessoal por parte da SPDE, quando saberiam que a empresa não poderia fazer este serviço.

A Operação Fénix, com um total de 54 arguidos, está precisamente relacionada com a alegada utilização ilegal de seguranças privados, incidindo, em particular, sobre   empresa SPDE, igualmente arguida.

Os elementos da empresa prestariam serviços de segurança pessoal sem o necessário alvará.

À porta do Tribunal de Guimarães, a repórter Sandra Fernandes Pereira sintetizou os últimos dados sobre a leitura do acórdão.

Os arguidos no processo responderam por crimes de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico e mediação de armas, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.
Dono da SPDE condenado a pagamento de multa
Num processo com 54 arguidos, o coletivo de juízes acabou por decretar 20 condenações, sendo que 14 dos arguidos terão de pagar multa, oito foram condenados a pena suspensa e apenas uma pessoa terá pena efetiva.

O principal arguido do processo, Eduardo Silva, dono da SPDE, estava acusado de 22 crimes que acabaram por cair, a pedido do Ministério Público. O proprietário da empresa de segurança privada foi condenado pelo crime de detenção de arma proibida e não irá cumprir pena de prisão.

Conhecido como 'Edu', Eduardo Silva terá de pagar uma multa de 3600 euros.

Um dos outros arguidos mais conhecidos, Jorge Ribeiro, que esteve envolvido numa altercação em Famalicão que terminou com a morte de um jovem de 23 anos, foi condenado a quatro anos de pena suspensa, por ofensa à integridade física.

Na leitura da sentença, o coletivo de juízes do Tribunal de Guimarães afirmaram que se tratou de um crime involuntário.

c/ Lusa
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