Rio Ave na Liga Europa

por Lusa
Taremi, o herói da qualificação vila-condense para a Liga Europa Lusa

O Rio Ave foi ao estádio do Bessa vencer o Boavista, na última jornada do Campeonato e ultrapassou o Famalicão em cima da meta, na corrida por um lugar europeu.

O jogo da 34.ª jornada com os ‘axadrezados’ já tinha terminado quando os jogadores do Rio Ave, até aí cabisbaixos, receberam a notícia de que o Marítimo havia empatado frente ao Famalicão graças a um golo já nos descontos, o que permitiu à equipa de Vila do Conde ultrapassar os famalicenses na tabela classificativa e subir, assim, ao cobiçado quinto lugar.

Sem surpresa, jogadores, técnicos e restantes responsáveis do Rio Ave explodiram então de alegria com a boa nova vinda da Madeira, abraçando-se, saltando e gritando como não havia acontecido quando Taremi marcou os dois golos da vitória da equipa frente ao Boavista.

Com esses golos, Taremi chegou aos 18 golos e passou a dividir com os benfiquistas Pizzi e Vinicius o primeiro lugar na lista dos melhores marcadores da I Liga. E o Rio Ave subiu ao quinto lugar, com 55 pontos, mais um do que o Famalicão, ao passo que o Boavista, terminou no 12.º posto, com 39 pontos.

O Boavista começou um pouco melhor do que os visitantes, conseguindo impor o seu futebol com trocas de bola longe da sua baliza, e Cassiano assustou Kieszek pela primeira vez aos quatro minutos, com um desvio que, porém, falhou o alvo.

O encontro corria de feição aos axadrezados quando Paulinho perdeu a bola no meio-campo da sua equipa, aos sete minutos, e o Rio Ave aproveitou para lançar o seu primeiro ataque perigoso, que Taremi finalizou com um remate forte, mas para fora.

O lance não afetou o futebol afoito do Boavista, que claramente mostrou que queria ganhar o jogo, como tinha prometido, na véspera, o seu técnico. Num ataque pelo lado esquerdo, Mateus recebeu a bola, serviu Gustavo Sauer e este rematou forte, obrigando Kiezek a uma defesa difícil.

Num lance feliz, porém, Taremi aproveitou uma sobra na área ‘axadrezada’ e, sem qualquer oposição, rematou e marcou, aos 17 minutos. O Rio Ave tinha feito até aí pouco para justificar o golo e o seu goleador beneficiou de um ressalto da bola na defesa contrária.

Taremi, dono de um remate fácil, esteve perto de ‘bisar’, aos 28 minutos, na conclusão de uma jogada iniciada por Nuno Santos. Desta vez, o seu remate de pronto com o pé esquerdo encontrou Helton Leite no lugar certo.

O Boavista reagiu bem ao golo, mas o Rio Ave mostrou-se seguro a meio-campo, soube ocupar melhor os espaços e não permitiu ao adversário grandes veleidades atacantes. É certo que Gustavo Sauer, aos 32 minutos, e Mateus, aos 37, com um remate acrobático, alvejaram a baliza de Kieszek, mas fizeram-no sem perigo.

A segunda parte teve muitas semelhanças com a primeira, com o Boavista a bater-se pela igualdade, mas muitas vezes sem grande esclarecimento na decisão final, e o Rio Ave a resistir e a lançar sempre contra-ataques perigosos.

Aos 60 minutos, Bueno fugiu pela esquerda, centrou atrasado e Gustavo Sauer, o mais rematador da equipa ‘axadrezada’, atirou forte e a defesa do Rio Ave intercetou a bola, desviando-a para canto e evitando o que parecia um golo certo

O Rio Ave podia ter feito o 2-0 por Taremi aos 62 minutos, mas Helton Leite, mais uma vez, adiou o golo e manteve o Boavista na corrida pelo empate, que não chegou devido a um erro enorme do seu setor defensivo, aos 84 minutos, que Taremi aproveitou para bisar e sentenciar o jogo.

O encontro iria terminar alguns minutos depois, mas para os jogadores do Rio Ave o sonho da Liga Europa mantinha-se de pé porque ainda se jogava na Madeira.
pub