Sadinos vencem em Paços de Ferreira

por Lusa

O Vitória de Setúbal alcançou hoje a primeira vitória como visitante na presente edição da I Liga de futebol, ao vencer o Paços de Ferreira por 3-2, após alternâncias no marcador, em jogo emocionante da 13.ª jornada.

Os sadinos adiantaram-se por Éber Bessa nos descontos do primeiro tempo, aos 45+2, e não se deixaram abalar no arranque da segunda parte pela reação dos pacenses, materializada com os tentos de Diaby (51) e Hélder Ferreira (56), voltando a marcar em mais duas ocasiões, por Zequinha e Hildeberto, aos 68 e 78, respetivamente, alcançando um triunfo que já não se verificava na Capital do Móvel desde 21 de janeiro de 2006 (2-1).

Na classificação, o Vitória de Setúbal, que mantém o registo de pior ataque do campeonato, agora com sete golos, ascendeu ao 10.º lugar, com 16 pontos, uma margem confortável relativamente ao Paços de Ferreira, a primeira equipa em zona de descida, no 17.º e penúltimo lugar, com oito.

As duas equipas entraram em campo no terço inferior da classificação e, para o Paços, em zona de descida, o jogo assumia uma importância superlativa, mas o primeiro tempo foi pautado pelo equilíbrio, apesar de um ligeiro e natural ascendente local.

Neste período, a bola andou quase sempre longe das duas balizas, mas no final do primeiro tempo os sadinos chegaram ao golo, por Éber Bessa, a emendar um passe de Zequinha, num lance iniciado na esquerda por Hildeberto.

Após demorada consulta ao vídeoárbitro, António Nobre validou o golo, lisonjeiro na altura para os setubalenses, que regressaram dos balneários desconcentrados, permitindo que os locais anulassem a desvantagem e dessem a volta ao resultado no espaço de cinco minutos.

Diaby, aos 51 minutos, cabeceou ao segundo poste e empatou o jogo, e Hélder Ferreira, aos 56, aproveitando nova desatenção na área sadina, rematou e deu vantagem aos pacenses.

O Paços, mais agressivo e rápido no jogo, tinha conseguido o mais difícil, mas não logrou segurar a vantagem, revelando algum desequilíbrio emocional pela forma como permitiu que o adversário, aparentemente sem reação, reentrasse no jogo.

Julio Velásquez foi feliz com a entrada de Guedes, aos 63 minutos, oferecendo uma referência ofensiva à equipa, importante a segurar e a dar apoios aos colegas.

Seria assim, com um pequeno toque com a coxa, que o experiente avançado serviu Zequinha, aos 68 minutos, com o extremo a rematar forte e cruzado, sem possibilidades de defesa para Ricardo Ribeiro, que seria decisivo aos 78, a negar com uma grande defesa o golo a Hildeberto.

Na sequência do pontapé de canto, a defesa pacense não conseguiu tirar a bola da sua área e o mesmo Berto, com alguma felicidade à mistura, voltou a colocar o Setúbal em vantagem, com um remate desviado ainda num jogador do Paços.

Nos últimos minutos, os locais tomaram de assalto o último terço sadino, mas só por uma vez, por Uilton, nos descontos, ameaçaram um empate que seria sempre um resultado negativo.
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