O treinador do Boavista considerou hoje ser "importante" que se faça um "debate muito abrangente entre os agentes desportivos que têm poder de decisão e de opinar" sobre as desigualdades de meios no futebol português.
Essa diferença é de 27 pontos atualmente.
"Isto dá que pensar", concluiu Jorge Simão, estabelecendo um paralelo com as sociedades onde a riqueza está cada mais concentrada num única classe e "a classe média desaparece".
É isso que, em sua opinião, está a verificar-se no futebol português e que já foi, aliás, focado por técnicos como Manuel Machado e Luís Castro.
"Temos quatro clubes ricos e depois não há classe média, é tudo a lutar uns contra os outros pela sobrevivência. Não há clubes médios, a diferença está acentuar-se e acabar a temporada com quatro clubes destacados e os outros clubes a 30 pontos dá que pensar", considerou Jorge Simão.