António Costa diz ver a greve da TAP com muita “apreensão” e considera que este é o culminar de um processo muito negativo, referindo-se ao processo de privatização da companhia aérea. De visita à Ovibeja, o secretário-geral do PS voltou a criticar com firmeza a decisão do Governo em “teimosamente avançar” para a privatização.
"A TAP não é uma companhia qualquer. A TAP é uma companhia que garante hoje a soberania nacional. O risco de perdermos a TAP é um risco enorme para o futuro do país”, afirmou Costa.
O líder socialista considerou que o Governo deveria revelar “capacidade de diálogo social e político” e classificou de gravosas algumas das últimas decisões do executivo, referindo-se às reformas no setor das águas, à concessão dos transportes urbanos e à venda da TAP.
“Verifico que a direita faz um enorme esforço de coligação para tentar travar a força do PS. Mas nós estamos com muita confiança, porque sabemos que a nossa força é a força dos cidadãos que querem uma mudança e uma alternativa”, afirmou Costa.
São decisões que “Governo algum, em final de legislatura, deveria sentir-se legitimado para tomar. É um erro e um erro que está a ser pago duramente pela economia nacional”, garante.
O secretário-geral explicou a alternativa que o PS propõe para assegurar a continuidade da transportadora aérea nacional. António Costa disse que não é verdade que a União Europeia não permita a capitalização pública.
Caso esta não fosse possível, o PS defende a realização de um aumento de capital através da dispersão em bolsa, assegurando-se que o Estado não perde o controlo maioritário da empresa.
“O Governo decidiu ignorar todos e teimosamente avançar para um processo que é a privatização a cem por cento”, prosseguiu, mostrando esperança que o processo e o aproximar das eleições permita travar “as piores consequências desta decisão”.
Sampaio da Nóvoa e o PS
De visita à Ovibeja, António Costa foi questionado sobre o timing para o Partido Socialista anunciar o candidato que apoia às eleições presidenciais.
O líder socialista refere que a decisão será tomada no “momento próprio”, afirmando que o partido está agora focalizado nas legislativas.
