Esta sexta-feira, Pires de Lima voltou a falar aos jornalistas para comentar os primeiros números desta paralisação. O ministro da Economia realça que muitos voos acabaram mesmo por realizar-se, valorizando o papel dos pilotos e restantes trabalhadores da TAP que foram trabalhar. Quanto aos próximos dias, Pires de Lima prefere não entrar em “especulações”, mas deixa uma certeza: “Não há nada para negociar”.
“Não há nada para negociar, cada um fez aquilo que entendia que devia fazer”, garantindo que o Governo mostrou abertura para algumas concessões mas que agora “esse tempo já passou”.
“Realizaram-se todos os voos de longo curso e 83 por cento dos voos da marca TAP”, com a Portugália a ter regularidade inferior.
Não haverá memória de uma tão grande regularidade de voos num dia de greve, refere o ministro.
“Acho que isto é uma decisão importante por parte dos pilotos e não quero também esquecer todos os outros trabalhadores da TAP”, agradeceu o governante, retomando o que já tinha sido dito por Paulo Portas que os chamou de “salva-empresas”.
"Não estão a fazer nenhum favor ao Governo"
Os pilotos que foram trabalhar, garante Pires de Lima, “não estão a fazer nenhum favor ao Governo”, referindo ainda que tal não significa que estejam a favor do executivo ou até mesmo da privatização.
“Os pilotos estão a trabalhar porque reconhecem a importância do seu trabalho para o país e estão genuinamente preocupados, fazem bem, com o futuro da TAP”, voltando a afirmar que este pode estar em causa.
Questionado sobre que previsão faz para o continuar desta greve, Pires de Lima refere não ter “artes de adivinhação” e não ser o momento para “especulações”. O ministro apelou aos pilotos para que pensem na TAP e sigam o exemplo de todos os que foram trabalhar.
“É muito importante para a TAP e para o país que os aviões da TAP levantem voo amanhã e nos próximos dias”, afirma.
Questionado sobre as comunicações frequentes sobre o assunto, Pires de Lima refuta que esteja a fazer pressão sobre os pilotos. Pires de Lima considera que se não falasse, não estaria a respeitar as suas responsabilidades.
Concorrência atenta à situação, alerta Pinto
Fernando Pinto voltou a referir que esta greve retira a confiança do mercado, depois de uma fase em que a empresa tinha vindo a recuperá-la. O presidente da companhia alerta para o facto de a concorrência estar atenta a estas situações.
O presidente da companhia aérea chamou ainda a atenção para o facto dos interessados na privatização da TAP já conhecerem o perfil da empresa e referiu que este não deve ser alterado. Uma alteração poderia prejudicar o processo, defende.
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