Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

01h05 - Exercícios militares da NATO. China desafia envolvidos a resolver problemas de segurança europeia



23h22 - Várias explosões ouvidas na cidade ucraniana de Lviv



23h07 - Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia confirmam que missão de combate de Azovstal foi cumprida

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse que os militares que defendem a fábrica de Azovstal cumpriram a missão de combate.

"O comando militar supremo ordenou aos comandantes das unidades estacionadas em Azovstal que salvassem a vida do pessoal", disse o Estado-Maior em comunicado na sua conta no Facebook. "Os esforços para resgatar os defensores que permanecem no território de Azovstal continuam".

22h45 - Zelensky: “A Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos”

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também confirmou o início da operação de retirada de soldados da fábrica siderúrgica de Azovstal, em Mariupol.

“Um dia difícil. Mas este dia, como todos os outros, visa salvar o nosso país e o nosso povo”, escreveu Zelensky na legenda de um vídeo publicado no Telegram.

“Graças às Forças Armadas da Ucrânia, serviços secretos, bem como a equipa de negociação, o Comité Internacional da Cruz Vermelha e a ONU, esperamos poder salvar a vida dos nossos homens”, acrescentou Zelensky.

“Quero enfatizar que a Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos. Este é o nosso princípio”, sublinhou.

22h28 - Ucrânia confirma que mais de 260 militares foram retirados da Azovstal

O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou que está em curso uma operação para a retirada dos militares ucranianos retidos na siderúrgica Azovstal.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Malyar, confirmou que 53 militares gravemente feridos foram levados para a cidade de Novoazovsk, sob o controlo de separatistas apoiados pela Rússia. Outros 211 foram retirados através de um corredor humanitário para Olenivka, também controlada pelos rebeldes pró-russos.

Malyar sublinhou que estes soldados irão depois regressar à Ucrânia através de trocas feitas com a Rússia.

21h56 - Cinco autocarros com soldados retirados da Azovstal chegaram a Novoazovsk, avança a Reuters

Cinco autocarros e um veículo blindado que transportavam militares ucranianos que estavam presos na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, chegaram esta segunda-feira a Novoazovsk, disse uma testemunha da Reuters.

Alguns dos militares foram retirados dos autocarros em macas e levados para um hospital, descreve a testemunha.

Novoazovsk está agora sob o controlo de separatistas apoiados pela Rússia que ocupam partes do leste da Ucrânia desde 2014.
Fotos: Alexander Ermochenko - Reuters

21h33 - Amnistia Internacional diz que Kiev terá de investigar mais de 10.000 crimes de guerra

A diretora executiva da Amnistia Internacional (AI) na Ucrânia, Oksana Pokalchuk, revelou hoje à Lusa que as autoridades ucranianas já abriram investigações a mais de 10.000 casos de crimes durante a invasão russa.

De passagem por Lisboa, Pokalchuk mostrou-se preocupada com a real eficácia do sistema judicial ucraniano em lidar com a "enorme quantidade" de violações de direitos humanos por parte das forças russas.

A representante da AI na Ucrânia explicou que, num futuro próximo, as autoridades ucranianas terão de lidar com mais de 10.000 casos de violações, assassínios extrajudiciais e de torturas, executados por tropas russas em territórios provisoriamente ocupados no leste da Ucrânia.

"Há 10 dias, a Procuradoria-Geral da Ucrânia disse que abriu investigações a mais de 10.000 casos criminais. E isto é apenas o início", denunciou Pokalchuk, dizendo estar convencida que o número de situações de violações de direitos humanos vai aumentar substancialmente, à medida que as forças ucranianas vão libertando territórios que estiveram nas mãos das tropas russas.

A representante da AI acredita nas boas intenções do Tribunal Criminal Internacional e no seu empenho em julgar alegados crimes de guerra cometidos pelas forças comandadas desde Moscovo, mas explicou que essa organização apenas poderá lidar com o topo da hierarquia das tropas russas.

"As investigações devem ser feitas, sobretudo, ao nível intermédio e ao nível mais baixo do exército russo. Foi a esse nível que foram cometidas as maiores atrocidades. E para esses casos terá de ser a justiça ucraniana a atuar", explicou Pokalchuk.

"Desde logo, não há juízes. O número de juízes (nos tribunais ucranianos) não é suficiente", lamentou a representante da Amnistia Internacional, temendo que as investigações aos casos que têm sido detetados possam arrastar-se por cerca de uma década.

"O número de casos é imenso. Pode demorar qualquer coisa como 10 anos a investigar as atrocidades" alegadamente cometidas pelos soldados russos, denunciou Pokalchuk.

(agência Lusa)


20h50 - Cerca de 12 autocarros com militares ucranianos terão saído da Azovstal, avança a Reuters

Cerca de uma dúzia autocarros que transportavam militares ucranianos que estavam presos na siderúrgica Azovstal, na cidade de Mariupol, sitiada pela Rússia, terão saído da fábrica esta segunda-feira, disse uma testemunha da Reuters.

Não foi possível determinar quantos militares estavam a bordo dos autocarros. Estima-se que cerca de 600 soldados ucranianos estejam retidos na fábrica e 40 estão feridos, mas não ficou claro se estes estão entre os soldados agora retirados.

Depois de anunciar que tinha chegado a um acordo para transportar soldados feridos da siderurgia para instalações médicas na cidade de Novoazovsk, controlada por Moscovo, o Ministério da Defesa da Rússia disse que a evacuação tinha começado.

Os meios de comunicação da autoproclamada República Popular de Donetsk mostraram pelo menos um soldado ferido numa maca a chegar a um hospital da região esta segunda-feira.

Segundo as agências de notícias russas, terá sido estabelecido um cessar-fogo e aberto um corredor humanitário para a retirada destes soldados.

19h45 - Nove civis mortos em ataques russos na região de Donetsk, diz governador

Nove civis foram mortos em ataques russos esta segunda-feira na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, disse o governador da região.

Numa publicação no Telegram, Pavlo Kyrylenko anunciou que nove residentes foram mortos e seis ficaram feridos.

A informação ainda não foi confirmada de forma independente.

19h35 - França garante apoio à Finlândia e à Suécia em caso de ataque

O gabinete presidencial francês disse esta segunda-feira que a França está pronta para apoiar a Finlândia e a Suécia politicamente e através de "interações militares reforçadas" e proteger os dois países contra quaisquer ameaças ou agressões.

"Quem tentar testar a solidariedade europeia, através de uma ameaça ou agressão à sua soberania, deve ter a certeza de que a França estará ao lado da Finlândia e da Suécia", anunciou o Eliseu em comunicado esta segunda-feira.

18h50 - UE ainda não chegou a acordo sobre sexto pacote de sanções à Rússia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 17 Estados-membros da União Europeia não chegaram a acordo sobre o sexto pacote de sanções contra a Rússia, disse o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, durante uma conferência de imprensa esta segunda-feira.

Segundo Borrell, os 17 permanecem divididos relativamente à proposta de embargo ao petróleo russo. Borrell espera, no entanto, que o sexto pacote de sanções avance nas próximas semanas.
Apesar disso, os ministros, que estiveram reunidos esta segunda-feira em Bruxelas, conseguiram aprovar o envio de mais 500 milhões de euros à Ucrânia para a compra de armas.

18h38 - Erdogan diz que a Turquia “não cederá” à entrada da Suécia e da Finlândia na NATO

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse esta segunda-feira que a Turquia "não cederá" à entrada da Suécia e da Finlândia na NATO depois de os dois países terem formalizado a sua candidatura.

"Como podemos confiar neles? A Suécia é terreno fértil para organizações terroristas. Não vamos ceder à adesão à NATO de quem aplica sanções contra a Turquia", defendeu Erdogan, acusando novamente os dois países nórdicos de abrigaram rebeldes curdos do PKK (partido dos trabalhadores do Curdistão), considerados uma organização terrorista.

Segundo Erdogan, a NATO irá transformar-se num “lugar onde os representantes de organizações terroristas estão concentrados" se os dois países aderirem à organização.

O presidente turco disse ainda que as delegações suecas e finlandesas “não se devem incomodar” em deslocar-se à Turquia.

Esta segunda-feira, a agência sueca TT avançou que altos representantes da Suécia e da Finlândia planeiam viajar "em breve" para a Turquia para conversar sobre as objeções de Ancara à adesão dos dois países nórdicos à NATO.

"Eles vêm para a Turquia na segunda-feira. Vêm para nos convencer? Desculpe, mas eles não se devem incomodar", respondeu Erdogan.

17h55 - Kiev diz que UE está a pagar "a dobrar" e pede veto à energia russa

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano pediu hoje à União Europeia que vete as importações de petróleo e gás russos e criticou-a por "pagar a dobrar", comprando energia a Moscovo e financiando o envio de armas a Kiev.

"A UE está a pagar a dobrar. Primeiro, apoiando a Ucrânia e, a seguir, pagando à Rússia, e depois tem que voltar a pagar pela destruição do território ucraniano pelas armas russas. Não é assim que deveria acontecer", declarou Dmytro Kuleba à chegada à reunião que os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus hoje realizam em Bruxelas.

"Sancionar o gás e o petróleo russos é do interesse da Europa, não só da Ucrânia", assegurou o chefe da diplomacia ucraniana.

Kuleba reúne-se hoje com os seus homólogos da UE e com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, que também se deslocou a Bruxelas, para debater os últimos acontecimentos da invasão russa da Ucrânia e o apoio do Ocidente a Kiev.

"Todos temos curiosidade por ver como termina esta saga", disse Kuleba sobre o sexto pacote de sanções da UE à Rússia, que prevê um veto às importações de petróleo russo em seis meses e petróleo refinado em oito meses, e que a Hungria, a Eslováquia e a República Checa estão a bloquear devido à sua elevada dependência da energia russa.

Estes três países pedem que se lhes dê mais um ano que aos restantes parceiros (até 31 de dezembro de 2023) para deixarem de importar petróleo russo e que Bruxelas financie as infraestruturas necessárias para adquirirem crude a partir de outros países.

(agência Lusa)

17h25 - Kiev alerta para crescente crise humanitária na região de Kherson

A comissária dos Direitos Humanos da Ucrânia, Lyudmila Denisova, alertou hoje para a "crescente crise humanitária" em Kherson, onde permanecem cerca de meio milhão de habitantes e que em duas semanas podem ficar sem medicamentos.

"Os residentes da região não conseguem ir até ao território controlado pela Ucrânia e a mobilidade pela região está praticamente restringida. Os ocupantes não permitem a entrada de voluntários com ajuda humanitária e saqueiam os carregamentos de bens doados", denunciou a comissária na rede social Telegram.

De acordo com o presidente da câmara de Kherson, Igor Kolyjaev, a cidade "ficará sem medicamentos em duas semanas, não havendo mais soluções para linhas intravenosas, medicamentos para doenças cardiovasculares ou oxigénio suficiente".

"Em todos distritos da região de Kherson, sem exceção, há uma grave falta de medicamentos", advertiu o presidente.

Com cerca de 500.000 pessoas ainda na região, do milhão de habitantes que lá viviam antes de a guerra começar, Igor Kolyjaev contou que "nos primeiros dias da ocupação da região, os ocupantes saquearam a maioria das cadeias alimentares e farmacêuticas", sendo que os produtos foram depois exportados para a Crimeia e para a Rússia.

O representante ucraniano denunciou ainda que os russos, como "ajuda humanitária", distribuem produtos e medicamentos fora do prazo em troca de dados pessoais, listas de pensionistas, assistentes sociais e os nomes das pessoas que vivem numa determinada comunidade.

Denisova apelou à comissão da ONU para investigar as violações dos direitos humanos durante a invasão militar russa à Ucrânia.

(agência Lusa)


17h02 - Tribunal ucraniano apreende bens do bilionário russo Mikhail Fridman

Um tribunal ucraniano apreendeu ativos do bilionário russo Mikhail Fridman no valor de 12,4 mil milhões de hryvnia (cerca de 420 milhões de dólares), anunciou o procurador-geral ucraniano Iryna Venediktova esta segunda-feira.

Venediktova escreveu no Facebook que os bens apreendidos correspondem a títulos de empresas cipriotas detidas na Ucrânia.

Mikhail Fridman também foi alvo das sanções da União Europeia como parte da resposta da UE à invasão da Ucrânia pela Rússia.

16h52 - Dez civis mortos após bombardeamento russo em Sievierodonetsk, na Ucrânia

Pelo menos dez civis foram mortos por bombardeamentos russos na cidade de Sievierodonetsk, no leste da Ucrânia, esta segunda-feira, disse o governador regional Serhiy Gaidai.

Gaidai, o governador da região de Luhansk, tinha anunciado esta segunda-feira que fortes bombardeamentos provocaram incêndios em áreas residenciais.

"Pelo menos dez pessoas foram mortas. Atualmente é extremamente difícil verificar a situação no terreno devido aos novos bombardeamentos", disse Gaidai no Telegram, pedindo aos moradores que não fugiram para se manterem seguros.

16h43 - Bruxelas. Novo pacote de sanções à Rússia no bom caminho

O tema do novo pacote de sanções não esteve em cima da mesa nesta reunião ministros dos negócios estrangeiros em Bruxelas, mas João Gomes Cravinho admite que deve haver acordo para o aplicar dentro de duas semanas.
Presente na reunião esteve também o ministro dos negócios estrangeiros da Ucrânia que pediu aos 27 para serem rápidos no acordo sobre as sanções porque estão a financiar a máquina de guerra russa.

16h25 - Diplomatas suecos e finlandeses planeiam ir à Turquia para discutir entrada na NATO

Altos representantes da Suécia e da Finlândia planeiam viajar "em breve" para a Turquia para conversar sobre as objeções de Ancara à adesão dos dois países nórdicos à NATO, informou a agência de notícias sueca TT, citando o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia.

Os altos representantes marcariam encontro com o seu homólogo turco na capital Ancara.

16h00 - Forças ucranianas conseguiram empurrar tropas russas de Kharkiv para perto da fronteira

As forças ucranianas conseguiram afastar os militares russos da cidade de Khakirv, tendo-os empurrado para um raio de três a quatro quilómetros da fronteira com a Rússia, disse um alto funcionário de defesa dos EUA esta segunda-feira.

O exército ucraniano já tinha reclamado esta manhã a reconquista do território da segunda maior cidade da Ucrânia, alegando que conseguiram com que o “inimigo” recuasse até perto da fronteira da Rússia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos seus soldados por terem expulsado os russos de Kharkiv. "Ao 227º batalhão da 127ª brigada de defesa territorial da Ucrânia, muito obrigado!" disse Zelensky num vídeo publicado no Instagram.

"De todos os ucranianos, de todos, de mim e da minha família. A minha gratidão não tem fronteiras", acrescentou. 

15h34 – UE e EUA vão cooperar para combater interrupção de fornecimento de alimentos

A União Europeia e os Estados Unidos concordaram em cooperar de forma mais estreita para combater a interrupção do fornecimento de bens e alimentos causada pela invasão da Ucrânia.

Numa declaração conjunta, os dois aliados também condenaram o enfraquecimento da liberdade de expressão pelo Governo russo, considerando que este "usou repetidamente o véu da desinformação" para ocultar crimes de guerra.

15h16 – Sanções europeias. "Já não é problema político, é problema técnico", explica Cravinho

O ministro português dos Negócios Estrangeiros diz que o sexto pacote de sanções da União Europeia à Rússia "já não é um problema político, é um problema técnico".

João Gomes Cravinho explicou que vários países, entre os quais a Hungria ou a Chéquia, "têm algumas dificuldades porque têm um grau de dependência muito elevado e têm de encontrar formas alternativas de se abastecerem de petróleo e de gás".

O ministro português disse ainda ter falado com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, e que este "conhece a total solidariedade da parte portuguesa".

14h45 – Vizinhos nórdicos prometem ajudar Finlândia e Suécia em caso de ataque

A Noruega, Dinamarca e Islândia anunciaram esta segunda-feira que estão prontas a apoiar a Suécia e a Finlândia caso as duas nações nórdicas sejam alvo de ataque durante o compasso de espera antes da adesão à NATO.

“Em conjunto com a Dinamarca e a Islândia, a Noruega está pronta para ajudar os vizinhos nórdicos com todos os meios necessários caso sejam vítimas de agressão no seu território antes de se tornarem membros da NATO”, disse o primeiro-ministro da Noriega, Gahr Stoere.

14h28 - Suécia vai apresentar pedido de adesão à NATO

O governo sueco anunciou esta segunda-feira que tomou a decisão formal de pedir a adesão à Aliança Atlântica. Estocolmo segue os passos da vizinha Finlândia, que anunciou o pedido de adesão no domingo.

"Há uma maioria no Parlamento sueco para nos juntarmos à NATO. O melhor para a Suécia e para o povo sueco é aderirmos à NATO", afirmou a primeira-ministra Magdalena Andersson após o debate dos deputados no Parlamento.

Em conferência de imprensa, a chefe de Governo afirmou que a Suécia está "a sair de uma era e a entrar numa nova". A Suécia manteve ao longo de dois séculos uma política de não-alinhamento militar.

No entanto, o país segue agora o exemplo da Finlândia - vizinha nórdica que também era tradicionalmente neutra a nível militar - e pede a adesão à NATO na sequência da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro.  

14h24 – Rússia diz ter chegado a acordo para retirar soldados feridos de Azovstal

O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje ter sido alcançado um acordo para transportar soldados feridos da siderurgia de Azovstal para instalações médicas na cidade de Novoazovsk, controlada por Moscovo.

Segundo as agências de notícias russas, terá sido aberto um corredor humanitário para esse fim.

"Um regime de silêncio [das armas] está em vigor atualmente e um corredor humanitário aberto, pelo qual os soldados ucranianos feridos estão a ser transportados para os estabelecimentos médicos de Novoazovsk", em território controlado pelas forças russas e pró-russas, indicou o ministério russo em comunicado.

13h59 – Hungria diz ainda não ter recebido proposta aceitável da UE sobre sanções petrolíferas à Rússia

A Hungria disse hoje ainda não ter recebido propostas sérias da Comissão Europeia sobre sanções petrolíferas contra a Rússia.

"A UE deve oferecer uma solução: financiar os investimentos e compensar os aumentos dos preços, o que exige uma modernização total da estrutura energética da Hungria numa magnitude de 15 a 18 mil milhões de euros", disse Peter Szijjarto, ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, no Facebook.

13h20 – SEF já atribuiu 36.944 proteções temporárias desde o início da guerra

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras atribuiu, desde o início do conflito na Ucrânia, 36.944 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam naquele país. Destes, 24.441 são mulheres e 12.503 homens.

A informação foi avançada esta segunda-feira pelo SEF, segundo o qual “os municípios com o maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser Lisboa (5.510), Cascais (2.381), Sintra (1.362), Porto (1.286) e Albufeira (1.083)”.

“Quanto a certificados de autorização de residência ao abrigo do regime de proteção temporária, contendo números de utente de saúde, de segurança social e de identificação fiscal atribuídos pelas respetivas entidades, o SEF já emitiu 33.076”, adianta a entidade.

13h11 – Putin diz que adesão de Finlândia e Suécia à NATO “seria um problema para a Rússia”

O presidente russo, Vladimir Putin, considerou esta segunda-feira que o seu país não tem problemas com a Finlândia e a Suécia, mas que a eventual expansão das infraestruturas militares nesses territórios exigiria uma reação por parte de Moscovo.

Putin quis deixar claro que a possível adesão da Finlândia e Suécia à NATO “seria um problema para a Rússia”.

12h53 – Lukashenko pede à aliança militar CSTO, liderada pela Rússia, para se unir contra o Ocidente

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenkoon, pediu aos restantes membros da Organização do Tratado de Cooperação e Segurança (aliança militar dominada pela Rússia) que permaneçam unidos e acusou o Ocidente de querer prolongar o conflito na Ucrânia para enfraquecer a Rússia o máximo possível.

Para Lukashenko, que falou esta segunda-feira na cimeira da CSTO em Moscovo, as "sanções infernais" contra o seu país e contra a Rússia poderiam ter sido evitadas se o grupo tivesse falado em uníssono.

"Sem uma frente unida, o Ocidente irá aumentar a pressão no espaço pós-soviético", disse Lukashenko, dirigindo-se ao presidente russo, Vladimir Putin, e aos líderes da Arménia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão.

12h21 - Navio grego com carga russa bloqueado no Reino Unido

Apoiantes da Greenpeace bloquearam a entrada de um petroleiro grego com carga russa num porto do sul de Inglaterra.

12h05 - Borrell admite dificuldades com Hungria sobre sanções ao petróleo russo

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, reconheceu hoje as dificuldades em garantir o apoio da Hungria à proposta para sancionar o petróleo russo, devido à dependência do país das importações da Rússia.

Temos de convencer 27 países. Entre eles, alguns têm mais problemas do que outros. É uma situação objetiva que alguns Estados-membros enfrentam mais dificuldades”, admitiu Borrell em Bruxelas, à entrada para uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE sobre a situação na Ucrânia.

O diplomata espanhol referiu-se ao facto de haver países “mais dependentes porque não têm acesso ao mar, não têm a possibilidade de receber petroleiros”.

“Só têm petróleo através de oleodutos e da Rússia”, lembrou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, citado pela agência espanhola EFE.

(agência Lusa)

11h46 - Ponto de situação

  • Forças ucranianas que contra-atacaram militares russos conseguiram afastá-los da cidade de Kharkiv e terão avançado praticamente até à fronteira com a Rússia.

  • Moscovo garante que as suas forças militares derrubaram três caças ucranianos, um deles na Ilha da Serpente, no Mar Negro, e os restantes em Mykolaiv e Kharkiv.

  • A siderurgia de Azovstal terá sido alvo de um ataque com munições incendiárias russas.

  • A União Europeia está neste momento em discussões para avançar com um sexto pacote de sanções contra a Rússia. A decisão deverá ser alcançada dentro de poucos dias.

  • As candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO, em reação à ofensiva russa contra a Ucrânia, constituem um "grave erro", declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov.

11h23 – McDonald's vai vender negócios na Rússia

A gigante da restauração McDonald's anunciou esta segunda-feira a saída do mercado russo, explicando que iniciou um processo para vender os seus negócios nesse país.

11h04 – Rússia está a acompanhar de perto o progresso de adesão finlandesa e sueca à NATO

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou esta segunda-feira que a Rússia está a acompanhar de perto as propostas da Finlândia e da Suécia para se juntar à aliança militar da NATO.

O responsável disse ainda não estar convencido de que a adesão fortaleça de alguma forma a segurança da Europa.

10h37 – Ucrânia assina acordo com Japão para empréstimo de 100 milhões de dólares

A Ucrânia e o Japão assinaram um acordo para um empréstimo de 100 milhões de dólares com o objetivo de apoiar as pessoas mais vulneráveis na Ucrânia.

Segundo o ministro ucraniano das Finanças, o empréstimo é a 30 anos e inclui um período de carência de dez anos.

10h19 - Guerra leva a revisão em baixa do crescimento europeu para 2,7% este ano

A Comissão Europeia reviu hoje em baixa as previsões de crescimento económico devido à guerra na Ucrânia, estimando agora subidas de 2,7% do PIB este ano e 2,3% no próximo, tanto na UE como na zona euro.

As projeções da primavera hoje divulgadas representam uma acentuada revisão em baixa relativamente às previsões de inverno, divulgadas em 10 de fevereiro, ainda antes de a Rússia ter invadido a Ucrânia, e que projetavam que o Produto Interno Bruto (PIB) subisse 4,0% este ano tanto no espaço da moeda única como no conjunto dos 27 Estados-membros, e 2,8% na UE e 2,7% na zona euro em 2023.

Segundo Bruxelas, "as perspetivas para a economia da UE antes do início da guerra eram de uma expansão prolongada e robusta", mas "a invasão russa da Ucrânia colocou novos desafios, precisamente quando a União tinha recuperado dos impactos económicos da pandemia" da covid-19.

(Agência Lusa)

10h02 – Rússia diz ter derrubado três caças ucranianos

A Rússia avançou esta segunda-feira que as suas forças abateram três caças ucranianos, um deles perto da Ilha da Serpente, no Mar Negro, e os outros nas regiões de Mykolaiv e Kharkiv.

A Ilha da Serpente ficou conhecida no início da invasão russa da Ucrânia, quando guardas fronteiriços ucranianos lá destacados rejeitaram render-se perante um navio de guerra enviado por Moscovo.

09h36 – Moscovo considera um “grave erro” a adesão da Suécia e Finlândia à NATO

As candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO, em reação à ofensiva russa contra a Ucrânia, constituem um "grave erro", declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov.

"É um grave erro adicional cujas consequências podem ser consideráveis", disse o responsável, citado pela agência russa Interfax.

De acordo com Riabkov, a resposta da Rússia "vai depender das consequências práticas da adesão" dos dois países escandinavos à Aliança Atlântica.

"Para nós, é evidente que a segurança da Suécia e da Finlândia não vai sair reforçada desta decisão", sublinhou acrescentando que "o nível da tensão militar (está) a aumentar".

09h27 – Ataque com mísseis em Odessa fere dois adultos e uma criança

Um ataque com mísseis lançados por aeronaves russas na região de Odessa danificou infraestruturas turísticas e feriu dois adultos e uma criança, informou a agência de notícias Interfax.

“O inimigo continua a atacar a ponte danificada e desativada sobre o estuário do Dniester. Mas atinge civis. Dois adultos ficaram feridos e uma criança pequena ficou gravemente ferida”, refere a Câmara Municipal de Odessa na rede social Telegram.

09h16 – Forças de Kiev reclamam avanços militares no leste da Ucrânia

O Exército ucraniano reclama a reconquista de território em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, tendo conseguido que o "inimigo" recuasse até perto da fronteira da Rússia, disse hoje o Ministério da Defesa de Kiev.

De acordo com uma nota do ministério publicada na plataforma digital Facebook, os "defensores ucranianos" mantêm com "êxito" a contra ofensiva em Kharkiv, levada a cabo pela Brigada 127 das Forças Armadas da Ucrânia.

Por outro lado, o Alto Comando Militar da Ucrânia acrescenta que o "inimigo" (forças russas) concentra esforços para manter posições na região.

A mesma nota refere que o Exército russo prossegue com a ofensiva na Zona Operacional do Leste da Ucrânia, em direção a Donetsk, onde atacou infraestruturas militares e civis estando a "preparar-se" para outra ofensiva na área de Izum.

Segundo a mesma fonte, as tropas russas reforçaram o controlo na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia - nas regiões de Bryansk e Kursk - e atacaram com artilharia infraestruturas civis nas localidades de Dovhenke, Ruski Tyhki, Ternova e Petrivka.

(Agência Lusa)

08h52 – Turquia quer manter “delicado equilíbrio diplomático”

A Turquia defendeu hoje que deve manter um “delicado equilíbrio diplomático” após a invasão da Ucrânia pela Rússia, de modo a que continue a ser capaz de ajudar nas negociações entre as duas partes, disse o porta-voz do presidente Tayyip Erdogan.

Ibrahim Kalin, que é também o principal conselheiro de política externa de Erdogan, afirmou que, embora Ancara tenha criticado a invasão e as ações de Moscovo no campo de batalha, não adiantaria adotar uma postura mais penalizadora contra a Rússia.

08h41 – UE diz precisar de mais tempo para chegar a acordo sobre novas sanções

A União Europeia garante que irá impor um sexto pacote de sanções contra a Rússia, mas explica que o bloco precisa de mais tempo para chegar a um acordo.

“Não há qualquer justificação para que não se avance com um novo pacote”, declarou Jean Asselborn, ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, ao chegar a uma reunião com homólogos em Bruxelas.

08h35 - Parlamento da Finlândia já iniciou debate sobre adesão à NATO

O Parlamento finlandês já começou o debate sobre o relatório do Governo que propõe a adesão à NATO. Este debate só deverá terminar amanhã.

Esta segunda-feira, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou a decisão da Finlândia e Suécia de integrar a NATO “um erro com consequências de longo alcance” que “poderá mudar radicalmente a situação global”.

8h08 - Negociações para evacuação da Azovstal estão difíceis

Volodymyr Zelensky diz as negociações com a Rússia para a evacuação da fábrica de Azovstal estão muito difíceis e delicadas.
O presidente da Ucrânia acrescenta que as forças russas têm bombardeado constantemente os complexos portuários de Mariupol.

8h04 - Tropas ucranianas terão chegado à fronteira russa

Citado pela Reuters, o governador de Kharkiv, Oleh Sinegubov, diz que as tropas ucranianas que defendem aquela região do nordeste do país alcançaram a fronteira com a Rússia.

7h42 - "Novas tentativas da Rússia para atacar no Donbass"

A Ucrânia está a preparar-se para um novo acelerar da ofensiva russa no leste do país, segundo Volodymyr Zelensky.

"Estamos a preparar-nos para novas tentativas da Rússia para atacar no Donbass, para de algum modo intensificar o seu movimento no sul da Ucrânia", afirmou o presidente ucraniano na já habitual mensagem noturna.

"Os ocupantes ainda não querem admitir que estão no beco sem saída e que a sua denominada operação especial já entrou em bancarrota", prosseguiu Zelensky.

O presidente da Ucrânia insistiu no apelo a um completo embargo ocidental ao petróleo russo: "Estamos a trabalhar para que as sanções contra a Rússia sejam reforçadas. Os parceiros precisam de tomar decisões para que limitem os laços da Rússia ao mundo todas as semanas".

"Os ocupantes devem sentir o crescente custo da guerra, senti-lo constantemente", rematou.

7h25 - Ponto de situação


  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considera que a ofensiva russa contra a Ucrânia não está a decorrer de acordo com os planos, o que poderá ditar uma derrota no terreno. "Eles não conseguiram conquistar Kiev, estão a recuar de Kharkiv, a grande ofensiva no Donbass está parada. A Rússia não está a alcançar os seus objetivos", disse o responsável, na esteira da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica em Berlim.

  • Num par de decisões históricas, suecos e finlandeses deram ontem passos determinantes para uma adesão à NATO. A Finlândia oficializou, pelas vozes do presidente e da primeira-ministra do país, a intenção de encetar a candidatura. Os social-democratas, no poder na Suécia, abandonaram também a oposição à entrada na NATO, com a primeira-ministra Magdalena Andersson a anunciar que falará ao Parlamento esta segunda-feira, tendo em vista garantir apoio à adesão.

  • O Kremlin repetiu durante o fim-de-semana o aviso contra o alargamento da NATO a suecos e finlandeses. "Um erro", nas palavras do presidente russo, Vladimir Putin.

  • De resto, também a Turquia manteve as suas reservas ao alargamento da Aliança Atlântica. Ainda assim, diferentes ministros dos Negócios Estrangeiros de países-membros da organização vieram no domingo a público para garantir que será possível ultrapassar tais dúvidas. Ancara alega, em concreto, que a Suécia e a Finlândia dão abrigo a membros do PKK, Partido dos Trabalhadores do Curdistão, estrutura que Ancara classifica como terrorista.

  • Os serviços de informações militares do Reino Unido alinham pelo diapasão de Jens Stoltenberg e afiançam que as operações de combate da Rússia no leste da Ucrânia perderam ímpeto. As forças russas, estima Londres, terão já perdido um terço das tropas terrestres desde o início da invasão, a 24 de fevereiro.

  • Mykhaylo Podolyak, conselheiro da Presidência ucraniana, afirma, por sua vez, que o país pode bater a Rússia até ao final do ano, mas necessita, para tal, de mais armamento pesado, a fornecer pelo Ocidente, e de um "embargo real do petróleo" russo.