Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Joana Raposo Santos, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Gleb Garanich - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações


22h24 - Presidente da Câmara de Irpin está em Portugal

A cidade ucraniana tem centenas de edifícios destruídos que Cascais quer ajudar a reerguer, começando com meio milhão de euros para construir uma creche.

22h00 - EUA pedem que países entrem em contacto se tiverem problemas com importação de alimentos e fertilizantes russos

O Departamento de Estado dos EUA pediu hoje aos países que estejam a experienciar dificuldades no acesso aos alimentos e fertilizantes russos que entrem em contacto com Washington.

20h50 - Região de Kharkiv. Há aldeias completamente devastadas

O avanço dos militares russos provoca um grau de destruição muito elevado. Em redor de Kharkiv há aldeias completamente devastadas, conforme constataram os enviados-especiais da RTP Paulo Jerónimo e Marques de Almeida.

20h40 – Dia da Memória. Kremlin lembra vítimas da Segunda Guerra Mundial

A Rússia assinalou o aniversário da invasão nazi com referências à sua invasão da Ucrânia. O Kremlin disse que os nazis continuam a preparar provocações para desacreditar o Estado russo.

20h30 – Rússia ameaça Lituânia e Estados Unidos avisam Moscovo

O país báltico bloqueou a entrada de bens banidos pela União Europeia para o enclave russo de Kaliningrado. Moscovo ameaçou com graves consequências que não serão apenas diplomáticas, o que levou os Estados Unidos a avisar que qualquer agressão a um Estado-membro da NATO terá resposta proporcional imediata.

20h20 – AR recomenda ao Governo "acompanhamento adequado" do pedido de adesão à UE

O parlamento recomendou hoje ao Governo o "acompanhamento adequado" do pedido da Ucrânia de adesão à União Europeia, favorecendo a atribuição do estatuto de país candidato, com o voto contra do PCP.

O texto foi aprovado com os votos favoráveis de todas as restantes forças políticas e deputados únicos, à exceção dos comunistas, que anunciaram a entrega de uma declaração de voto escrita.

Na iniciativa é recomendado ao Governo "o adequado acompanhamento do pedido da Ucrânia de adesão à UE, favorecendo a atribuição do estatuto formal de candidato à UE a este país", assegurando que "o debate em torno da admissão da candidatura da Ucrânia à UE avança no Conselho Europeu", e que o executivo "exprima a sua solidariedade com a admissão do pedido de adesão da Ucrânia à UE, cumprindo com o dever histórico que Portugal e a União têm perante a Ucrânia".

(Agência Lusa)

20h06 – Ucrânia acusa forças russas de raptarem e torturarem civis em Zaporizhzhia

O presidente da Câmara de Enerhodar, cidade na região ucraniana de Zaporizhzhia, denunciou hoje que moradores locais, incluindo trabalhadores da central nuclear Energoatom, estão a ser raptados ou torturados por ocupantes russos.

“O paradeiro de alguns deles é desconhecido. Os restantes estão em condições muito difíceis: estão a ser torturados com choques elétricos, intimidados física e psicologicamente”, acusou Dmytro Orlov.

19h48 – Kiev nega qualquer avanço sobre exportação de cereais pelo mar Negro

A Ucrânia disse hoje que não foi registado qualquer avanço concreto na questão dos cereais bloqueados nos seus portos na sequência da invasão russa, após as declarações otimistas de Ancara.

"Não foi concluído até ao momento nenhum acordo concreto sobre a organização de negociações com a Ucrânia, a Rússia, a Turquia e a ONU", indicou no Twitter Oleg Nikolenko, porta-voz da diplomacia ucraniana.

"Estão a decorrer consultas", acrescentou Nikolenko.

Previamente, o ministro turco da Defesa tinha anunciado a realização "nas próximas semanas" na Turquia de um encontro quadripartido com representantes das Nações Unidas, da Rússia e da Ucrânia.

Ancara congratulou-se com um "primeiro avanço concreto" neste dossier após discussões entre as delegações turca e russa em Moscovo.

(Agência Lusa)


18h21 – Estação televisiva controlada por separatistas ucranianos em Donetsk danificada em bombardeamento

A sede da estação de televisão Petrovsky, na cidade ucraniana de Donetsk, controlada por separatistas, foi gravemente danificada por bombardeamentos e a transmissão foi interrompida, segundo a agência russa de notícias TASS.

A torre de transmissão ainda está de pé, mas parte do equipamento ficou danificada

17h37 - Scholz pede um Plano Marshall para a reconstrução pós-guerra

O chanceler alemão, Olaf Scholz, apelou hoje para um Plano Marshall para a Ucrânia, como o da Europa no pós-guerra, justificando que a reconstrução do país custará milhares de milhões de euros e durará "várias gerações".

"Tal como a Europa, que foi devastada pela Segunda Guerra Mundial, a Ucrânia precisa agora de um Plano Marshall para a sua reconstrução", disse Scholz aos deputados do parlamento alemão, em Berlim, citado pela agência francesa AFP.

"Precisaremos de vários milhares de milhões de euros e de dólares suplementares, e isto durará anos", alertou o chanceler, num discurso antes das cimeiras da União Europeia (UE), do G7 e da NATO.

Scholz disse esperar uma frente unida no apoio a longo prazo à Ucrânia quando acolher a cimeira anual do G7 na Baviera (sudeste), na próxima semana.

(Agência Lusa)

16h56 – Moscovo promete responder aos EUA por não permitirem que aeronaves russas transportem diplomatas

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros ameaçou hoje adotar medidas em resposta à decisão dos Estados Unidos de não permitirem que aeronaves russas transportem diplomatas e respetivas famílias que viajem desde os EUA.

"O lado americano continua a destruir sistematicamente as relações bilaterais que já estão num estado lamentável", disse a porta-voz do Ministério, Maria Zakharova, em comunicado.

16h30 – Zelensky: “Acredito que todos os membros da UE vão apoiar estatuto de candidato da Ucrânia”

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta quarta-feira acreditar que todos os membros da União Europeia vão apoiar, numa cimeira que será realizada no final desta semana, a proposta para conceder à Ucrânia o estatuto de candidata à UE.

"Acredito que todos os 27 países da União Europeia vão apoiar o nosso estatuto de candidato", declarou Zelensky. "E isso será como ir da escuridão para a luz ", acrescentou.

16h23 – Mais de metade das forças separatistas russas no Donbass mortas ou feridas, diz Reino Unido

As autoridades de inteligência do Reino Unido avançaram hoje que as forças separatistas apoiadas pela Rússia na região de Donetsk, na Ucrânia, sofreram pesadas baixas.

Londres estima que a milícia no Donetsk perdeu 55% dos seus membros iniciais.

Os números chegam numa altura em que as forças russas estão focadas em conquistar toda a região vizinha de Luhansk, com o objetivo de cercar a cidade de Lysychansk, segundo os líderes ucranianos. O governador regional, Sergei Haidai, disse ter havido uma "destruição colossal" na cidade.

A inteligência militar do Reino Unido acredita ainda que a Rússia pretende destacar um grande número de unidades de reserva no leste do Donbass.

15h32 - Draghi defende envio de armas e pede apoio e unidade nacional

O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, defendeu hoje no parlamento o envio de armas à resistência ucraniana e apelou à unidade do país face às decisões "difíceis" que devem ser tomadas nesse sentido.

"Há uma diferença fundamental entre dois pontos de vista. Primeiro, o meu, segundo o qual a Ucrânia deve defender-se e as sanções e o envio de armas servem para esse fim. E o outro ponto, que a Ucrânia não se deve defender, não devemos sancionar (a Rússia) ou enviar mais armas", declarou Draghi.

(Agência Lusa)

15h15 - Líderes decidem em Bruxelas estatuto de candidato para Ucrânia

Os líderes da União Europeia (UE) reúnem-se entre quinta e sexta-feira em Bruxelas numa cimeira dominada pelo alargamento, com todas as atenções centradas na mais que provável atribuição do estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia.

14h49 - Exército da Alemanha também defende aliados

O chanceler alemão disse esta quarta-feira que os parceiros da NATO na Europa Oriental podem contar com a Alemanha, numa altura em o exército alemão está a ser reequipado para que possa defender aliados e a si mesmo contra todos os ataques futuros.

"Na maior crise de segurança da Europa em décadas, a Alemanha - a maior economia da UE e o país mais populoso - está a assumir uma responsabilidade muito especial", disse Scholz num discurso ao parlamento sobre as próximas cimeiras da União Europeia, G7 e NATO.

"E não apenas para sua própria segurança, mas também para a segurança dos seus aliados."

14h30 - Navio turco deixa porto de Mariupol após negociações em Moscovo

Um navio mercante turco zarpou hoje do porto ucraniano de Mariupol, após conversações entre delegações da Rússia e da Turquia em Moscovo sobre o bloqueio de cereais na Ucrânia, anunciou o Ministério da Defesa turco.

“Apenas algumas horas após o final da longa reunião, o cargueiro turco [“Azov Concord”), que estava à espera há dias, deixou o porto ucraniano”, disse o ministério numa declaração, citada pela agência francesa AFP.

Trata-se do “primeiro navio estrangeiro a deixar o porto ucraniano de Mariupol”, que está sob controlo russo desde maio, no âmbito da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, acrescentou o ministério.

13h53 - Combates rua a rua em Severodonetsk

Os enviados especiais da RTP à Ucrânia deram conta do evoluir da situação no Donbass, no leste da Ucrânia, onde a Rússia mantém concentrado o seu esforço de guerra.


13h40 - Tropas ucranianas tentam resistir em Lugansk

As forças ucranianas estão a tentar resistir em Lugansk, no Donbass, mas pode estar por dias a tomada total da região por parte dos russos.

O porta-voz do Kremlin sugere que os dois norte-americanos capturados pelos russos na Ucrânia podem vir a enfrentar a pena de morte.

13h10 - Rússia está a desviar o comércio para países do BRICS

O presidente Vladimir Putin disse esta quarta-feira que a Rússia está em processo de redirecionamento do comércio para países do grupo BRICS de economias emergentes após as sanções ocidentais sobre a Ucrânia. Putin afirmou que a Rússia está a considerar o aumento da presença de carros chineses no mercado russo, além da abertura de redes de supermercados indianas.

12h50 - MSF denuncia "chocante falta de cuidado" com proteção de civis

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) indicaram hoje que são idosos ou crianças 40% dos feridos tratados no comboio médico que operam na Ucrânia, denunciando uma “chocante falta de cuidado” em distinguir e proteger os civis na guerra. A guerra “está a ser conduzida com uma chocante falta de cuidado em diferenciar e proteger civis”, refere a organização MSF em comunicado, citando testemunhos de feridos e dados sobre a operação no comboio médico.

“Mais de 40% dos feridos de guerra no comboio são idosos e crianças com ferimentos causados por explosões, com amputações traumáticas devido a estilhaços e ferimentos de bala”, o que mostra “a falta de respeito pela proteção civil e constitui uma grave violação do direito internacional e do direito humanitário”, aponta.

Entre 31 de março e 06 de junho, a MSF retirou 653 feridos de áreas afetadas pela guerra no leste da Ucrânia, levando-os para hospitais em zonas mais seguras do país.

“As feridas dos doentes e as histórias que contam mostram o inquestionável nível de sofrimento que a violência indiscriminada desta guerra está a infligir nos civis”, afirmou o coordenador de emergência de MSF, Christopher Stokes.

“Muitos dos doentes transportados pelo comboio da MSF foram feridos em ataques militares a áreas residenciais civis”, adiantou o responsável.

“Embora não possamos provar uma intenção específica de atingir civis, a decisão de usar armas pesadas em áreas densamente povoadas significa que há consciência de que civis estão a ser mortos e feridos”, assinalou.

A MSF avança ainda que, dos mais de 600 feridos transportados no comboio médico nos últimos dois meses, 355 são resultado direto da guerra, sendo que 11% tinha menos de 18 anos e 30% mais de 60. Mais de 10% dos feridos perderam um ou mais membros, o mais jovem dos quais tinha apenas seis anos de idade, adiantou a organização.

“Como em todos os conflitos, a MSF pede a todos os grupos armados que respeitem o direito humanitário e cumpram as suas obrigações de proteger civis e infraestruturas, permitindo que as pessoas fujam para zonas seguras e que doentes e feridos sejam retirados”, disse o presidente da organização médica, Bertrand Draguez.

Na Ucrânia, “o apelo é particularmente urgente”, já que há ataques indiscriminados a civis”, concluiu.

(Agência Lusa)

11h57 - Rússia diz estar a negociar com os EUA sobre combatentes norte-americanos detidos na Ucrânia

O vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, disse esta quarta-feira que a Rússia e os Estados Unidos estão a negociar a questão dos combatentes norte-americanos na Ucrânia, segundo a agência de notícias RIA.

11h40 - Lavrov vai participar na reunião de chefes da diplomacia do G20

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, vai participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 na ilha indonésia de Bali, em 07 e 08 de julho, anunciou hoje a sua porta-voz. Maria Zakharova disse que à margem da reunião, Lavrov tenciona realizar uma série de reuniões bilaterais, em particular com os seus homólogos da China, África do Sul, Brasil, México e outros países, noticiou a agência espanhola EFE.

A Indonésia exerce atualmente a presidência do grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia (UE). O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, deverá encontrar-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante uma viagem oficial à Rússia na próxima semana.

Putin confirmou a sua participação na cimeira do G20 a realizar em 15 e 16 de novembro, em Bali, mas o Kremlin (Presidência) não especificou até agora se o fará presencialmente ou através de videoconferência.

Apesar da pressão de países como os Estados Unidos, Canadá e Austrália para que Putin fosse vetado na cimeira devido à guerra na Ucrânia, a Indonésia tem mantido até agora o convite ao líder russo.

(Agência Lusa)

11h20 - Finlândia está pronta para enfrentar Rússia se for atacada

A Finlândia está preparada para um ataque russo, disse o chefe das Forças Armadas. O país nórdico possui um arsenal substancial. Mas, além do equipamento militar, disse o general Timo Kivinen, o fator crucial é que os finlandeses estão motivados para lutar se necessário.

"A linha de defesa mais importante é entre os ouvidos, como prova a guerra na Ucrânia no momento", disse Kivinen numa entrevista, citada pela AFP.

"Desenvolvemos sistematicamente a nossa defesa militar precisamente para esse tipo de guerra que está a ser travada na Ucrânia, com uso massivo de poder de fogo, forças blindadas e também forças aéreas", disse Kivinen.

"A Ucrânia tem sido uma mordida difícil de mastigar [para a Rússia] e assim seria a Finlândia."

10h50 - Rússia e Turquia concordam em mais discussões sobre exportações de cereais da Ucrânia

As delegações russa e turca concordaram em continuar as reuniões sobre os embarques seguros de navios e exportações de cereais dos portos ucranianos, disse o Ministério da Defesa russo esta quarta-feira.

10h33 - Sete mísseis russos atingiram a cidade ucraniana de Mykolaiv

Sete mísseis russos atingiram a cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, esta quarta-feira, informou o governador regional Vitaliy Kim, através do Telegram.

10h10 - Resposta russa à Lituânia não será apenas diplomática

A resposta de Moscovo à proibição da Lituânia de trânsito de mercadorias sancionada pela União Europeia para o enclave russo de Kaliningrado não será exclusivamente diplomática, mas de natureza prática, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

"Uma das principais questões é se a resposta seria exclusivamente diplomática. A resposta é: não", disse Maria Zakharova. "A resposta não será diplomática, mas prática."

9h45 - A redução dos fluxos de gás da Rússia é uma “medida desonesta”

A redução russa dos fluxos de gás para a Europa são "medidas muito desonestas", disse uma fonte da Comissão Europeia esta quarta-feira, dizendo que os planos para aumentar o uso de carvão no bloco seriam temporários e as metas climáticas permaneceriam intactas.

"A invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia resultou numa situação de emergência na UE", disse Elina Bardram, diretora interina de Assuntos Internacionais e Finanças Climáticas da Comissão Europeia, no Fórum de Energia da África em Bruxelas.

"Com os movimentos muito desonestos que estamos a ver do governo Putin em termos da Gazprom a baixar o fluxo muito repentinamente, estamos a tomar algumas medidas muito importantes, mas todas essas medidas são temporárias", acrescentou, referindo-se ao uso do carvão.

9h22 - Incêndio na central petrolífera russa de Novoshakhtinsk após voo de drone ucraniano

Deflagrou um incêndio na refinaria Novoshakhtinsk, na Rússia, na região de Rostov, depois de dois drones ucranianos terem sido vistos a sobrevoar a área, avança a Tass.

"Um deles causou um impacto, colidindo com uma unidade de transferência de calor, após o fogo ter começado. O segundo voou", disse uma fonte à agência de notícias.

9h11 - Moscovo muda endereço da embaixada dos EUA para homenagear separatistas da Ucrânia

A cidade de Moscovo mudou o endereço oficial da embaixada dos Estados Unidos na Rússia, como forma de homenagear os separatistas pró-russos na Ucrânia, uma forma de denunciar o apoio norte-americano a Kiev.

"A Embaixada dos Estados Unidos na Rússia tem um novo endereço oficial", disse a prefeitura de Moscovo em comunicado.

A entidade diplomática está agora localizada na Praça da República Popular de Donetsk, o nome de um dos dois territórios separatistas do Donbass ucraniano cuja independência a Rússia reconheceu em fevereiro, pouco antes de atacar a Ucrânia.

8h56 - Moscovo ameaça Lituânia por causa de corte nos abastecimentos para Kaliningrado

As autoridades russas ameaçam com "consequências sérias" para a população lituana, na sequência da suspensão do transporte de mercadorias para o enclave de Kaliningrado.
O território, onde vivem cerca de um milhão de cidadãos russos, equivale, em área, ao Alentejo.

Apesar de fazer parte da Rússia, não tem contacto com território russo e fica entre a Polónia, a Lituânia e o Mar Báltico, tendo este território sido cedido à União Soviética no fim da II Guerra Mundial.

8h30 - Autoridades pró-russas do Donetsk acusam forças ucranianas de bombardear região

As autoridades militares da autoproclamada República Popular separatista de Donetsk publicaram no Telegram que, nas últimas horas, o distrito de Kievsky, em Donetsk, foi bombardeado sessenta vezes por forças ucranianas.

Segundo as autoridades pró-russas, as munições utilizadas são cartuchos de 155 milímetros “fornecidos pelos países da NATO”.

8h22 - Forças da República de Donetsk com cerca de 55% de baixas

As forças da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR) já contam com 55 por cento de baixas, segundo a Inteligência britânica.

Números publicados pela DPR indicam que até 16 de junho, 2.128 militares foram mortos em ação, com 8.897 feridos desde o início de 2022, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido numa uma atualização diária no Twitter.



7h56 - Carvão volta a ser combustível para vários países europeus

A crise energética obrigou alguns países europeus a recuperar o carvão como fonte para produzir energia. Alemanha e a Áustria são dois dos que já começaram a aumentar a quantidade de carvão usado.
Antena 1

A Alemanha, por exemplo, vai reativar a produção de eletricidade a partir do carvão, numa tentativa de diminuir o consumo de gás natural, que vem da Rússia, em cada vez menor quantidade. O país assegura que esta solução é temporária e não põe em risco a meta de abandonar este combustível fóssil até 2030.Em Portugal, o ministro do Ambiente e da Ação Climática já garantiu que não há volta atrás para o carvão.


O exemplo deverá ser seguido pela Áustria, que já está a preparar a reativação da última central de carvão, que tinha sido encerrada há dois anos.

Francisco Ferreira, da associação ambientalista ZERO, sublinha isto mesmo: é preciso ter atenção, não só no regresso ao carvão, como também ao regresso do nuclear, mas não estão, ainda, em causa as metas a longo prazo.

Francisco Ferreira acrescenta que o caminho em Portugal é o da eficiência energética e o solar.


7h46 - Presidente indonésio vai avistar-se com Zelensky em Kiev e Putin em Moscovo

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, cujo país acolhe este ano a cimeira do G20, visitará a Ucrânia e a Rússia, para se reunir com os presidentes dos países em guerra, revelou Jacarta.

O ministro indonésio dos Negócios Estrangeiros, Retno Marsudi, confirmou que Widodo vai reunir-se com o homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscovo, e, em Kiev, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Widodo "optou por contribuir, não optou por ficar em silêncio. É o primeiro líder asiático a visitar os dois países", destacou Marsudi em conferência de imprensa. Por divulgar ficaram as datas concretas das reuniões.

7h36 - Fotojornalista "executado a sangue-frio" por tropas russas, denuncia ONG

O fotojornalista ucraniano Maks Levin, cujo corpo foi encontrado em abril, a 20 quilómetros a norte de Kiev, foi "executado a sangue-frio" por tropas russas, acusa a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras.

Num relatório agora publicado, após uma investigação, a ONG dá como provado que Levin e um amigo, o soldado Oleksiy Chernyshov, foram executados por soldados russos a 13 de março numa floresta perto de Doshchun, provavelmente depois de interrogados e torturados.

O secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, afirmou que, "num contexto de guerra fortemente marcado pela propaganda e censura do Kremlin, Maks Levin e o seu amigo pagaram com a vida a sua luta por uma informação verdadeira".

"Devemos-lhes a verdade. E vamos lutar para identificar e encontrar aqueles que os executaram", prometeu.

7h24 - Ponto de situação


  • As forças ucranianas afirmam ter desencadeado ataques sobre a Ilha Zmiinyi, ou Ilha da Cobra, que terão causado “perdas significativas” entre as forças russas. O comando operacional do sul da Ucrânia diz ter empregue “várias forças”, acrescentando que as operações prosseguem.

  • A situação das tropas ucranianas no Donbass é “extremamente difícil”, segundo responsáveis locais. Haverá nesta altura 568 civis abrigados no complexo fabril químico Azot, em Severodonetsk. Os russos continuam a concentrar esforços no objetivo da dupla tomada desta cidade e da vizinha Lysychansk. O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, afirma mesmo que Lysychansk está a ser bombardeada “em massa”.

  • Pelo menos 15 civis morreram, na segunda-feira, durante bombardeamentos das forças russas em Kharkiv, segundo o governador da região, Oleh Synegubov.

  • Um incêndio que deflagrou depois de um alegado ataque ucraniano a plataformas petrolíferas do Mar Negro, ao largo da Crimeia, estará a aproximar-se de um poço de petróleo, de acordo com o líder pró-russos da Crimeia anexada, Sergei Aksyonov.

  • Responsáveis ocidentais, citados pela edição online do jornal britânico The Guardian, adiantam que a Rússia estará prestes a levar a cabo uma mobilização em massa, com recrutamentos nas regiões mais pobres destinados a reforçar o esforço de guerra na Ucrânia. Há também “mais especulação” a circular sobre o estado de saúde do presidente russo, Vladimir Putin, embora não pareça existir uma “ameaça imediata”.

  • Moscovo voltou a exigir que a Lituânia levante de imediato o corte ao trânsito de bens para o enclave russo de Kalininegrado. O secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Nikolai Patrushev, veio dizer que as consequências deste corte, ditado pelas sanções da União Europeia, “vão ter um impacto sério na população da Lituânia”.

  • O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, deslocou-se na terça-feira à Ucrânia para discutir a resposta a alegados crimes de guerra praticados por forças russas. Garland esteve reunido com a procuradora-geral ucraniana, Iryna Venediktova. “Não há esconderijos para criminosos de guerra”, vincou o responsável norte-americano.

  • O Kremlin alega que dois combatentes norte-americanos capturados na Ucrânia não estão abrangidos pelas Convenções de Genebra e podem enfrentar a pena de morte no Donbass, à semelhança do que aconteceu com dois cidadãos britânicos e um marroquino aprisionados nas mesmas condições.

  • Baterias de artilharia Howitzer fornecidas pela Alemanha chegaram à Ucrânia. É o primeiro carregamento de armas pesadas prometidas por Berlim.