Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Raquel Ramalho Lopes, Paulo Alexandre Amaral, Carlos Santos Neves - RTP

Bandeira russa hasteada em edifício habitacional de Lysychansk, Ucrânia Exército russo/ Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h00 - Presidente garante que não vai baixar os braços

Volodymir Zelensky garante que as forças ucranianas continuam a resistir aos ataques russos.

O Presidente da Ucrânia diz que não vai baixar os braços.

22h50 - Macron e Scholz coordenam-se sobre a guerra

O presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz prosseguiram a sua “coordenação estreita sobre a resposta à guerra na Ucrânia”, durante um jantar de trabalho esta noite em Paris.

Os dois líderes debruçaram-se sobre “os grandes desafios atuais tanto no plano internacional como europeu e bilateral”, de acordo com um comunicado comum.

A independência da União Europeia em “matéria de energia, de Defesa e de matérias primas estratégicas” foi um dos temas do encontro.

22h40 - Bandeira ucraniana regressa à Ilha das Serpentes

Após a retirada russa, a bandeira ucraniana regressou de helicóptero à estratégica Ilha das Serpentes no Mar Negro e será hasteada mal cheguem ao local as tropas ucranianas, anunciaram as forças armadas da Ucrânia.

22h25 - Rússia desfralda bandeiras de regiões separatistas da Ucrânia no espaço

Três astronautas russos desfraldaram as bandeiras dos territórios autodeclarados separatistas de Lugansk e Donetsk, na Ucrânia, a bordo da Estação Espacial Internacional, de acordo com uma publicação no canal Telegram da agência espacial russa, Roscosmos.

"Celebramos tanto na Terra como no espaço", refere uma mensagem acompanhada de fotografias dos astronautas Oleg Artémiev, Denis Matvéïev e Sergei Korsakov, agitando as bandeiras das duas "repúblicas" do leste da Ucrânia.

"As forças russas e de Lugansk estabeleceram controlo total sobre Lysychansk - a última grande cidade da LPR (República Popular de Lugansk)", acrescentaram.

21h37 - Comissão Europeia promete esforço acrescido para reconstruir a Ucrânia

A Comissão Europeia vai criar uma plataforma dedicada à reconstrução da Ucrânia - medida anunciada na conferência internacional de Lugano.

21h15 - Navalny denuncia que Kremlin não o deixa falar ao telefone com familiares

O opositor russo Alexei Navalny denunciou hoje que os guardas da prisão de alta segurança em que se encontra não lhe permitem falar com os familiares e acusou o Kremlin de tal ter ordenado.

“No Kremlin e no sistema penitenciário há gente divertidamente astuta. Acreditam que são os reis do engano. Não me deixam ligar nem à minha esposa nem à minha mãe”, afirmou em mensagem publicada na sua conta na rede social Telegram.

Navalny, que está a cumprir sentença no centro penitenciário n.º 6 de Melekhovo, na região de Vladimir, a este de Moscovo, contrapôs que “todos os outros presos podem telefonar aos familiares regularmente, mas a mim não me deixam”.

Navalny, de 46 anos, explicou que a tática reside em organizar o horário da chamada telefónica de tal forma que lhe seja impossível fazê-la.

“Por exemplo retêm o advogado cinco horas à entrada da prisão, e pouco tempo depois dizem-me ‘É a sua vez de fazer um telefonema. Pode faltar à reunião com o advogado’, detalhou, realçando que o obrigam a escolher entre falar com os seus representantes jurídicos ou a família.

Pelo visto, ironizou, “esta é uma operação carcerária especial”, aludindo à forma como Putin designou a invasão da Ucrânia, uma ‘operação militar especial’, a qual critica constantemente.

O opositor recordou que muitos outros e também dissidentes soviéticos tinham sofrido a mesma experiência nas prisões da URSS, mas assinalou que agora “sente-se o apoio dos que estão livres”.

(Agência Lusa)

20h30 - Rússia controla toda a província de Lugansk

Vladimir Putin felicitou a tropas russas e ordenou a continuação da ofensiva. O presidente da Ucrânia promete voltar a reconquistar todo o território agora ocupado pela Rússia.

Apesar de o presidente ucraniano ter manifestado a intenção de retomar toda a região, não é isso que está a verificar-se. A ofensiva russa deverá agora convergir sobre Kramatorsk. A tudo isto se junta entretanto uma nova retórica agressiva por parte da Bielorrússia.

19h37 - Guerra na Ucrânia fez disparar procura de agregado de ferro produzido em Moncorvo

A concessionária das minas de Torre de Moncorvo Aethel Mining admitiu que a guerra na Ucrânia fez disparar a procura de agregado de ferro ali extraído, tendo pré-vendas para os próximos 18 meses.

"A procura pelo nosso produto em todo o mundo é enorme. Temos um excelente produto e uma logística muito boa. Devido à situação desoladora na Ucrânia, que é um grande produtor de minério de ferro, a procura pelo produto produzido em Torre de Moncorvo disparou e temos pré-vendas para os próximos 18 meses", explicou à agência Lusa fonte oficial da Aethel Mining.

A mesma fonte adianta que a empresa continua os preparativos para avançar com a segunda fase da mina e espera produzir o primeiro lote de concentrado em 2024. 

Questionada pela Lusa sobre uma paragem na produção, a concessionária admitiu "pontuais paragens técnicas" que se devem "não só a trabalhos de manutenção de equipamentos, mas também para a introdução de novas tecnologias mais amigas do ambiente.

Por seu lado, o presidente da União de Freguesias Souto da Velha e Felgar, Vítor Vieira(PSD), confirmou à Lusa as paragens na extração de minério e garantiu que não tem conhecimento de despedimentos ou ordenados em atraso em relação 13 trabalhadores que operam no cabeço da Mua.

O projeto mineiro instalado no cabeço da Mua, no concelho de Torre de Moncorvo, foi retomado no dia 13 março de 2020, após 38 anos de abandono, estando previsto um investimento de 550 milhões de euros para os próximos 60 anos.

A Aethel Mining Limited é uma "empresa britânica detida exclusivamente" pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert, "que já havia recebido a aprovação da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em novembro de 2019, para assumir o controlo da mina de Torre de Moncorvo", que é tida como um "depósito de minério de ferro muito significativo no coração da Europa".

As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros. A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.

(Agência Lusa)

18h55 - Primeira-ministra sueca promete apoiar Ucrânia e sancionar Rússia

Magdalena Andersson, hoje em visita a Kiev, declarou em conferência de imprensa ao lado do presidente ucraniano,  Volodymyr Zelensky, segundo citação da AFP: "Não se deve permitir à Rússia realizar ganhos [territoriais] graças à sua violação do direito internacional e de outros princípios fundamentais".
Andersson afirmou também: "Condeno a insensata e cruel agressão russa, o assassínio de civis, entre os quais numerosas crianças".

Por sua vez, Zelensky reclamou que "alguém possa garantir a segurança dos navios" que cheguem à Ucrânia para transportarem carregamentos da sua produção agrícola.

18h51 - Cidadão britânico recorre de condenação à morte 

Um cidadão britânico que foi condenado à morte por um tribunal de procuração russo, na República Popular de Donestk, no leste da Ucrânia, apresentou um recurso contra o veredicto.

Aiden Aslin, de 28 anos, é um ex-trabalhador britânico de Nottinghamshire, que também era fuzileiro naval ucraniano. Foi capturado pelas forças russas na cidade sitiada de Mariupol em abril.

"Um recurso de cassação contra o veredicto foi apresentado hoje", disse o seu advogado, Pavel Kosovan, à agência Interfax e citado pela Reuters.

Aslin foi capturado juntamente com o também britânico Shaun Pinner, de 48 anos, que também foi condenado à morte por “atividades mercenárias” e “terrorismo”.

Na sexta-feira, a agência de notícias TASS referia que o supremo tribunal da região separatista tinha recebido os recursos dos advogados do marroquino Brahim Saadoun e de Shaun Pinner.

17h55 - Reino Unido junta seis cidadãos e uma empresa à lista de sanções

O Reino Unido adicionou os nomes de seis pessoas e uma empresa à sua lista de sanções, o que significa que estão sujeitas a um congelamento de ativos na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, avança a agência Reuters.

As medidas permitem "o congelamento de fundos e recursos económicos de certas pessoas, entidades ou órgãos envolvidos na desestabilização da Ucrânia... ou na obtenção de benefícios vindos ou prestando apoio ao governo russo", anunciou o Ministério das Finanças do Reino Unido.

17h35 - Portugal vai reconstruir escolas na região de Jitomir

"Vamos concentrar o nosso apoio numa região específica, Jitomir, onde já temos um trabalho de mapeamento de escolas onde podemos intervir", disse à Lusa o ministro da Educação, que participa na Conferência de Lugano, na Suíça, que tem como objetivo a elaboração de um plano para a reconstrução da Ucrânia.

Segundo João Costa, o projeto preparatório da reconstrução das escolas "já se iniciou", num trabalho conjunto do Governo e do Ministério da Educação, através da Parque Escolar, com as autoridades ucranianas.

De acordo com o governo ucraniano, 1.200 estabelecimentos de ensino do país terão sido destruídas desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Na região de Jitomir, os ataques terão destruído 70 escolas que, segundo João Costa, apresentam diferentes níveis de destruição.

Jitomir fica a cerca de 150 quilómetros de Kiev.

17h25 - Polónia prepara-se para uma invasão russa e reforça Exército com 15.000 soldados

O Exército polaco será reforçado com 15.000 novos soldados este ano, como parte de um plano para ampliar a sua capacidade militar e melhorar os resultados obtidos em simulações militares contra uma hipotética invasão russa.

O programa de expansão do Exército polaco inclui duplicar o número de efetivos, aumentar os gastos com Defesa para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e modernizar o equipamento, com a compra de 250 tanques Abrams e 32 aviões F-35.

(Agência Lusa)

17h15 - Reino Unido. Danúbio é alternativa a estudar para retirada de grãos da Ucrânia

O primeiro-ministro britânico disse que devem ser analisadas rotas alternativas para recuperar os cereais bloqueados na Ucrânia. Uma possibilidade será o rio Danúbio, caso não possam ser transportados pelo estreito de Bósforo, na Turquia.

“Os turcos são absolutamente indispensáveis ​​para resolver isto. Eles estão a fazer o seu melhor... Depende de os russos concordarem em permitir que os grãos saiam”, declarou Boris Johnson no Parlamento britânico, citado pela agência Reuters e pelo jornal The Guardian.

“Teremos cada vez mais de procurar meios alternativos para transportar esses grãos da Ucrânia se não pudermos usar a rota marítima, se não pudermos usar o Bósforo”, referiu.

A Turquia anunciou ter apresado um navio de carga de bandeira russa na costa do Mar Negro e estar a investigar a alegação ucraniana de que se tratava de grãos roubados.

16h50 - Von der Leyen quer uma Ucrânia melhor do que aquela que existia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou que a reconstrução da Ucrânia deve resultar num país melhor do que aquele que existia antes da guerra lançada pela Rússia em 24 de fevereiro.

“Sabemos que a sua luta [dos ucranianos] é também a nossa luta e é por isso que estamos a ajudar a Ucrânia a vencer esta guerra. Temos também de garantir que a Ucrânia ganhará a paz”, disse Von der Leyen, citada pela AFP.

16h40 - Primeiro-ministro ucraniano sugere que bens russos congelados devem ser usados para reconstruir Ucrânia

O primeiro-ministro ucraniano que se deslocou a Lugano, sugeriu que os bens russos congelados devem ser usados para cobrir parte dos 750.000 milhões de dólares (mais de 718.800 milhões de euros) que poderão ser gastos no plano de reconstrução.

“Quem deveria pagar o plano de reconstrução, que já está estimado em 750 mil milhões de dólares?”, questionou Denys Chmygal, citado pela AFP.

O próprio chefe do Governo respondeu que esse financiamento deve incluir os ativos russos congelados no âmbito das sanções impostas à Rússia por ter invadido a Ucrânia.

As estimativas do montante de ativos russos em causa variam entre 300.000 milhões e 500.000 milhões de dólares (entre cerda de 287.500 milhões e mais de 479.000 milhões de euros), de acordo com Chmygal.

16h30 - Zelensky apela aos países democráticos para aderirem ao plano de reconstrução da Ucrânia

 “Entre outras coisas, irá criar milhões de novas ligações no mundo democrático, na Europa, entre os nossos países. Cada cidade, cada comunidade, cada indústria que vai ser reconstruída terá provas históricas de quem ajudou nisto”, disse Volodymyr Zelensky, na abertura de uma conferência internacional em Lugano, Suíça, segundo a agência ucraniana Ukrinform.

O líder ucraniano agradeceu à Dinamarca, que se ofereceu para reconstruir Mykolaiv (sudeste), e ao Reino Unido, pelo interesse manifestado na reconstrução da região de Kiev, a capital da Ucrânia.

“Convido também todos os países do mundo civilizado e empresas ambiciosas a juntarem-se aos nossos esforços”, apelou.

Zelensky também agradeceu à Comissão Europeia a criação de uma plataforma especial para a reconstrução da Ucrânia e defendeu que as necessidades e os sentimentos dos ucranianos devem estar em primeiro lugar.

O projeto, referiu, deve ter como princípios-chave a segurança, a eficiência tecnológica, o cumprimento de normas ambientais, a utilização de tecnologias verdes, o enfoque nos interesses das comunidades e a transparência no planeamento e utilização dos fundos.

Zelensky defendeu o “máximo enraizamento” do projeto de reconstrução na vida económica real da Ucrânia para que os resultados sejam duradouros.

Acrescentou que o plano visa igualmente o “desenvolvimento institucional” do país.

Participam na conferência de dois dias representantes de cerca de quatro dezenas de países, de instituições internacionais e do setor privado.

Portugal está representado pelo ministro da Educação, João Costa. 
Em maio, em Kiev, o primeiro-ministro português manifestou a Zelensky a disponibilidade de Portugal para participar num programa de reconstrução de escolas e jardins-de-infância.

Em alternativa, Portugal poderá patrocinar a reconstrução de uma zona territorial a indicar pelas autoridades ucranianas, aformou António Costa na altura.

(Agência Lusa)

16h20 - Zelensky admite retirada de Lysychansk e promete recuperar território

O presidente ucraniano reconheceu que as suas forças se retiraram de Lysychansk, na região de Lugansk, para proteger as vidas, mas prometeu restaurar o controle na área graças a novo armamento, como o Sistema de Foguetes de Artilharia de Grande Mobilidade (HIMARS).

Num vídeo publicado no site do jornal britânico The Guardian, Volodymyr Zelensky prometeu "regressar graças à nossa tática, graças ao aumento no fornecimento de armas modernas".

16h03 - Putin declara vitória na região de Lugansk e manda prossecução do plano de guerra

O presidente russo declarou vitória na região leste ucraniana de Lugansk, um dia depois de as forças ucranianas se terem retirado do seu último baluarte de resistência nessa província.

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, informou Putin durante uma reunião hoje realizada que as forças russas assumiram o controlo de Lugansk, que juntamente com a província vizinha de Donetsk compõe o coração industrial do Donbass.

Shoigu disse a Putin que "a operação" foi concluída no domingo, depois de as tropas russas terem invadido a cidade de Lysychansk, o último reduto das forças ucranianas em Lugansk.

Por sua vez, Vladimir Putin referiu que as unidades militares “que participaram das hostilidades ativas e alcançaram o sucesso” em Lugansk, “devem descansar e aumentar as suas capacidades de combate”. 

As tropas russas devem continuar a “realizar a sua missão” segundo os “planos já aprovados”, ordenou o presidente Putin. O exército russo avança agora para duas grandes cidades da região vizinha de Donetsk: Sloviansk e Kramatorsk.

15h40 - Portugal atribuiu mais de 46 mil proteções temporárias

Portugal atribuiu até hoje 46.181 proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, 28% das quais concedidas a menores, anunciou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Das 46.181 proteções temporárias concedidas desde o início do conflito em 24 de fevereiro, 28.243 foram atribuídas a mulheres e 17.938 a homens, segundo a última atualização feita pelo SEF.

O maior número de proteções temporárias foi concedido em Lisboa (9.518), seguida de Cascais (2.762), Porto (2.084), Sintra (1.589) e Albufeira (1.206).

O SEF indica também que emitiu 40.350 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime de proteção temporária.

Este certificado, emitido após o Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Autoridade Tributária terem atribuído os respetivos números, é necessário para os refugiados começarem a trabalhar e acederem a apoios.

Durante o processo de atribuição destes números, os cidadãos podem fazer a consulta dos números que, entretanto, vão sendo atribuídos, na sua área reservada da plataforma digital https://sefforukraine.sef.pt.

O SEF avança também que foram autorizados pedidos de proteção temporária a 13.006 menores, representando cerca de 28% do total, tendo sido comunicada ao Ministério Público (MP) a situação de 737 menores ucranianos que chegaram a Portugal sem os pais ou representantes legais, casos em que se considera não haver "perigo atual ou iminente".

Nestas situações, em que na maioria dos casos as crianças chegam a Portugal com um familiar, o caso é comunicado ao MP para nomeação de um representante legal e eventual promoção de processo de proteção ao menor.

O SEF comunicou também à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens a situação de 15 menores que chegaram a Portugal não acompanhadas, mas com outra pessoa que não os pais ou representante legal comprovado, representando estes casos "perigo atual ou iminente".

(Agência Lusa)

15h20 - Kremlin diz que outros podem discordar da proposta do Japão sobre o limite do preço do petróleo russo

A Rússia deve aguardar para ver as propostas para limitar o preço do petróleo russo exportado para o estrangeiro, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.

Comentando as notícias de que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, tinha proposto limitar o preço de compra do petróleo russo para metade do preço atual de compra, Peskov disse que outros países podem discordar das propostas de Tóquio.

14h55 - Viena subsidia empresas que comprem gás não russo

A Áustria anunciou que vai subsidiar empresas que levem gás natural não-russo para o país nos próximos meses no âmbito de um plano para reduzir rapidamente a elevada dependência do país, de 80%, dos fornecimentos da russa Gazprom.

Num comunicado, o ministério do Clima austríaco anunciou hoje "pontos-chave para a promoção da diversificação do gás", elaborados pelo Governo em conformidade com uma nova lei recentemente aprovada no parlamento.

"As empresas que trazem gás natural não-russo para a Áustria e o utilizam aqui entre 01 de julho de 2022 e 31 de dezembro de 2022 receberão financiamento para cobrir parte dos custos adicionais", diz o comunicado,

O ministério sublinha que os subsídios de fontes alternativas ao gás russo reduzirão a dependência energética da Áustria, uma vez que o país compra 80% do gás importado à Rússia, embora parte seja para depois exportar.

No entanto, é um "requisito" para o subsídio "que o gás seja armazenado em depósitos austríacos ou consumido na Áustria", salienta o ministério.

Por enquanto, o Governo disponibilizou um total de 100 milhões de euros para cobrir tais subsídios, embora não exclua que o montante possa ser aumentado no futuro.

Prevê também a possibilidade de prolongar o período de validade da medida para além do final do ano "se necessário".

O anúncio dos subsídios segue-se a uma queda significativa no armazenamento de gás na semana passada, provocado por uma redução para metade dos fornecimentos da Rússia e um aumento das exportações para Itália.

A Áustria receia não poder encher os tanques de armazenamento de gás, atualmente em 45%, antes do início da estação de aquecimento.

Para atingir a meta estabelecida com os parceiros da União Europeia (UE) de 80% até novembro, a República alpina precisa de armazenar o suficiente para gerar um total de 33.512 giga watts horas (GWh), o que significaria uma taxa média de 368 GWh por dia para os próximos 91 dias.

Mas desde terça-feira passada que os volumes injetados têm sido muito mais baixos, com vários dias abaixo dos 100 GWh.

Falando à televisão pública austríaca ORF, a ministra do Clima, Leonore Gewessler, ambientalista, descreveu a situação como "séria e tensa", que será discutida numa reunião extraordinária do gabinete na terça-feira.

Além disso, o FPÖ (Partido da Liberdade ultranacionalista), que se opõe às sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia e acusa o Governo de inação nos últimos meses após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia no final de fevereiro, exige a convocação do Conselho de Segurança Nacional.

(agência Lusa)

14h43 - Ursula von der Leyen quer plataforma de coordenação para reconstruir a Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia defende a criação de uma plataforma para coordenar a reconstrução da Ucrânia.

Ursula von der Leyen refere que esta plataforma terá como função coordenar todas as necessidades e também canalizar recursos para a recuperação do país que está a ser destruído pela guerra.

14h29 - Ucrânia precisa de 750 mil milhões de dólares para recuperação

Ucrânia precisa de 750 mil milhões de dólares para plano de recuperação, diz primeiro-ministro Denys Shmyhal.

Shmyhal também disse à Conferência de Recuperação da Ucrânia, organizada pela Suíça, que houve mais de 100 mil milhões de dólares em danos nas infraestruturas do país com a invasão russa.

14h07 - Zelensky. Reconstrução da Ucrânia é "a tarefa comum" do mundo democrático

A reconstrução da Ucrânia é "a tarefa comum de todo o mundo democrático", declarou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na abertura da conferência de Lugano, reunida para traçar os contornos da futura reconstrução do país.

"A reconstrução da Ucrânia é a tarefa comum de todo o mundo democrático" e "o contributo mais importante para a paz no mundo", disse Zelensky num discurso transmitido por videoconferência aos líderes dos países aliados de Kiev e às instituições internacionais.

Cerca de um milhar de líderes dos aliados da Ucrânia, das instituições internacionais e do sector privado reúnem-se em Lugano, na Suíça, estas segunda e terça feiras para delinear a futura reconstrução.

13h52 - "Plano Marshal" para reconstruir a Ucrânia em discussão na Suíça

13h49 - RTP na Ucrânia. "Tensão crescente" em Donetsk

As forças russas convergem agora sobre a região de Donetsk, no Donbass. Os enviados especiais da RTP vão deslocar-se nas próximas horas ao leste da Ucrânia.


13h38 - Putin dá ordens para prosseguir com ofensiva russa na Ucrânia

13h27 - Zelensky diz que a reconstrução da Ucrânia é uma tarefa do mundo democrático

O presidente ucraniano aponta a reconstrução da Ucrânia como "o contributo mais importante para a paz no mundo".

13h02 - Detido na Rússia jogador de hóquei no gelo por fuga ao serviço militar

Um jogador de hóquei foi detido na Rússia por alegadamente ter fugido ao serviço militar, segundo relatos. O guarda-redes russo Ivan Fedotov foi detido sexta-feira em São Petersburgo a pedido do Ministério Público Militar.

De acordo com o jornal russo Fontanka, o Ministério Público Militar acredita haver razões para "considerar Fedotov um desertor do exército". O russo de 25 anos, nascido na Finlândia, assinou um contrato de um ano com os Philadelphia Flyers (da NHL) no dia 7 de maio, após a conclusão da temporada da liga russa, onde conduziu o CSKA Moscovo à vitória na Gagarin Cup.

12h59 - Uma ponte ferroviária que liga Melitopol a Tokmak, ocupada pela Rússia, explodiu no fim de semana, disse o presidente da câmara exilado da cidade do sul, Ivan Fedorov.

Em declarações em direto à Rada TV ucraniana, Fedorov disse que o tráfego ferroviário de Melitopol para Berdiansk ficou "completamente paralisado" no domingo. Os media locais confirmam que a ponte foi destruída, mas não é claro quem é o responsável.

12h55 - Escola destruída em ataque a Kharkiv

Uma escola secundária na segunda maior cidade da Ucrânia foi destruída depois de ter sido atingida por um míssil russo por volta das 4 da manhã locais, disse o chefe da administração regional, Oleh Synehubov, num post do Telegram.

Não houve feridos na escola, mas ataques noutras zonas da região de Kharkiv deixaram pelo menos três mortos e seis feridos na aldeia de Bezruky, acrescentou Synehubov.

12h45 - Ucrânia renova convite ao papa para visitar o país

A Ucrânia renovou o convite para que Francisco visite a Ucrânia e pediu ao papa para que continue a rezar pelo povo ucraniano, disse esta segunda-feira um ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros.

"É hora de aprofundar as ligações com aqueles que realamente desejam manter essa relação. Renovamos o convite ao papa Francisco para visitar o nosso país e pedimos-lhe que continue a rezar pelo povo ucraniano", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko.

O papa disse numa entrevista à Reuters que esperava ir a Moscovo e Kiev, depois de uma viagem ao Canadá, como parte dos esforços para pôr fim à guerra na Ucrânia.

12h02 - Putin ordena continuação da ofensiva russa após captura da região de Lugansk

O presidente russo ordenou na segunda-feira que suas forças continuem a ofensiva no leste da Ucrânia após a conqusta de toda a região de Lugansk.

As forças russas "devem prosseguir as missões de acordo com os planos já aprovados", indicou Putin ao ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, em declarações que foram transmitidas pela televisão.

"Espero que tudo decorra como aconteceu em Lugansk", acrescentou, citado pela agência France Presse.

11h56 - Bandeira ucraniana hasteada na Ilha das Serpentes

Natalia Humeniuk, porta-voz do comando militar do sul da Ucrânia, adianta que o pequeno território da Ilha das Serpentes, "regressou à jurisdição" do país.

As tropas russas abandonaram aquela ilha do Mar Negro na semana passada.

11h50 - Críticas ocidentais à Rússia em solo chinês

No denominado Fórum da Paz Mundial, organizado pela Universidade de Tsinghua, o embaixador norte-americano na China, Nicholas Burns, descreveu a invasão russa da Ucrânia como "a maior ameaça à ordem global".

Burns foi ao ponto de manifestar a expectativa de que o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros pare de ecoar "a propaganda russa", culpando a NATO pela guerra.

"Espero que os porta-vozes do Ministério dos Negócios Estrangeiros parem também de dizer mentiras sobre laboratórios americanos de armas biológicas, que não existem na Ucrânia", acrescentou o diplomata.

Nicholas Burns falou nestes termos ao lado dos embaixadores francês e britânico na China, de um conselheiro do Governo de Pequim e do embaixador russo.

11h36 - Crise energética. Sri Lanka só tem reservas para 24 horas

A crise energética devido à guerra afeta várias geografias. Há países que estão a viver muito além das suas capacidades. Exemplo disso mesmo é o Sri Lanka, que só tem reservas para 24 horas.
Antena 1

O país do sudeste asiático atravessa a mais grave crise económica dos últimos 74 anos.

11h24 - Separatistas de Donetsk denunciam bombardeamentos ucranianos

Os dirigentes de autoproclamada República Popular de Donetsk alegam, na plataforma de mensagens Telegram, que, ao longo das últimas 24 horas, a artilharia ucraniana bombardeou 15 localidades. Terão morrido pelo menos cinco pessoas. Ficaram ainda feridos 20 civis.

10h47 - O 4 de Julho e as relações entre o Kremlin e a Casa Branca

O presidente russo, Vladimir Putin, não vai enviar qualquer mensagem de cumprimentos ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por ocasião do feriado norte-americano do Dia da Independência.

Este ano, um tal gesto, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, "dificilmente poderia ser considerado apropriado".

10h40 - Violência no Uzbequistão. "Assunto interno"

O Kremlin veio esta segunda-feira comentar o contexto de tensão autonómica vivido em Karakalpakstan, região do Uzebequistão. Trata-se, na ótica de Moscovo, de um "assunto interno" para Tashkent resolver.

Em declarações a jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu o Uzbequistão como um "país amigo" e manifestou a convicção russa de que a liderança política em Tashkent será capaz de resolver a questão da autonomia regional.

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 243 ficaram feridas, na semana passada, durante uma vaga de confrontos motivada pelos planos das autoridades centrais para limitar a autonomia de Karakalpakstan.

10h06 - Cosmonautas russos celebram captura da região de Lugansk

Cosmonautas russos a bordo da Estação Espacial Internacional celebraram a conquista na região oriental ucraniana de Lugansk, marco significativo na guerra.

A Roscosmos, a agência espacial russa, fala de "um dia de libertação para celebrar na terra e no espaço".

A agência publicou fotos dos cosmonautas Oleg Artemyev, Denis Matveev e Sergei Korsakov a sorrirem enquanto levantavam bandeiras pró-russas.

"Este é um dia esperado pelos residentes da região de Luhansk há oito anos", escreveu Roscosmos na aplicação de mensagens Telegram.

"Estamos convencidos que 3 de julho de 2022 ficará para sempre na história da República Popular de Lugansk."

9h49 - A reconstrução da Ucrânia no centro de uma conferência internacional na Suíça

O presidente Volodymyr Zelensky deverá destacar esta segunda-feira a colossal tarefa que a Ucrânia tem para recuperar da destruição do exército russo, numa conferência de dois dias na Suíça para delinear a futura reconstrução.

A "tarefa é realmente colossal", apontou ontem o presidente ucraniano. Os anfitriões suíços esperavam a sua presença, mas Zelensky participará - como vem sendo habitual - por videoconferência no encontro que reúne os líderes dos aliados da Ucrânia, das instituições internacionais e também do sector privado.

9h34 - Embaixadores ocidentais na China falam sobre a Rússia

Os embaixadores dos Estados Unidos, França e Inglaterra criticaram a Rússia pela invasão da Ucrânia durante o Fórum Mundial da Paz, encontro realizado na China.

O embaixador norte-americano, Nicholas Burns, disse que a China não deve espalhar a "propaganda russa" e classificou a guerra russa contra a Ucrânia como "a maior ameaça à ordem mundial global".

8h50 - Austrália vai enviar 100 milhões em ajuda para a Ucrânia

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, visitou a região de Kiev este fim de semana, viajando para Bucha, Hostomel e Irpin, antes de se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky.

Segundo o governador de Kiev, Olexiy Kuleba, no Telegram, Albanese expressou a solidariedade australiana, tendo ficado impressionado "com o que viu: edifícios civis em ruínas, vestígios de minas, o aeroporto Antonov destruído".

Anthony Albanese anunciou um novo pacote de assistência à Ucrânia, incluindo:

• 67 milhões de dólares em assistência militar, incluindo veículos blindados
• 6 milhões para atualizar equipamentos de gestão de fronteiras e melhorar a segurança cibernética

8h25 - Governador de Lugansk diz que Rússia vai mudar foco para Donetsk

A Rússia vai mudar o foco principal da guerra, diz Serhiy Gaidai: Tomar todas as regiões de Donetsk depois de capturar Lugansk.

O governador da região de Lugansk estima que as cidades de Sloviansk e Bakhmut venham a ser atacadas nessa nova estratégia.

8h07 - Ucranianos retiram-se de Lugansk mas prometem voltar

O presidente da Ucrânia assume a retirada das tropas da região de Lugansk, pois diz que "as pessoas têm de ser salvas acima de tudo". Mas promete voltar para "reconstruir as paredes".

Este domingo Moscovo anunciou o controlo de toda a região de Lugansk, no leste ucraniano, depois da tomada de Lysychansk.
Antena 1

Ainda assim, Volodymyr Zelensky acredita na possibilidade de recuperar o território.

7h57 - Entrevista a Henry Kissinger. "Conflito na Ucrânia tornou-se previsível"

Henry Kissinger, antigo secretário de Estado norte-americano, diz que o conflito na Ucrânia se tornou previsível mal o país fez a aproximação à NATO.

O diplomata e conselheiro de vários presidentes dos Estados Unidos conhece bem Vladimir Putin. Encontrou-se com ele, nos últimos 30 anos, mais de 20 vezes.
Numa entrevista à correspondente da RTP em Londres, Rosário Salgueiro, e a outros jornalistas estrangeiros, mostrou-se surpreendido com a violência e a escala dos ataques à Ucrânia.

Kissinger adverte que a intensidade pode ser maior se a guerra deixar de ser sobre a libertação da Ucrânia e se tornar uma guerra só sobre a Crimeia.

7h42 - "Plano Marshall" para a Ucrânia em discussão na Suíça

Começa esta segunda-feira, na Suíça, a conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia. Portugal vai estar representado pelo ministro da Educação, porque é nesta área que Portugal planeia ajudar o país.
Antena 1

Dezenas de países juntam-se na chamada Conferência de Lugano, com o objetivo de reparar uma espécie de "plano Marshall" para a reconstrução da Ucrânia.

7h26 - Ponto de situação


  • A Suíça acolhe esta segunda-feira a Conferência de Recuperação da Ucrânia, com líderes de dezenas de países, organizações e entidades do sector privado. O objetivo é lançar um plano de reconstrução do país. O presidente ucraniano vai participar neste evento por videoconferência. Volodymyr Zelensky sublinha que, nas porções de território já sem a presença de tropas russas, o trabalho é “verdadeiramente colossal”. Estima-se que mais de 120 mil casas tenham ficado destruídas na invasão russa.

  • A Grã-Bretanha vai também acolher, em 2023, uma conferência para ajudar à reconstrução da Ucrânia.

  • As forças ucranianas recuaram de Lysychansk. O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que as tropas de Moscovo assumiram “total controlo” sobre esta cidade da região de Lugansk. Lysychansk era a derradeira cidade controlada pelo exército ucraniano em Lugansk.

  • O presidente ucraniano afirma que as tropas do seu país serão capazes de recuperar Lysychansk com a ajuda de armamento de longo alcance fornecido pelo Ocidente: “Vamos regressar graças à nossa tática, graças ao aumento no fornecimento de armas modernas. A Ucrânia não abdica de nada”.

  • A cidade de Sloviansk, na região de Donetsk, foi atingida no domingo por bombardeamentos de artilharia. Morreram pelo menos seis pessoas e outras 20 ficaram feridas, segundo o presidente da câmara da cidade, Vadim Lyakh.

  • Pelo menos três pessoas morreram e dezenas de edifícios residenciais ficaram danificados num aparente ataque ucraniano à cidade russa de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

  • O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, reforça os laços com o regime de Vladimir Putin, ao assinalar que os exércitos russo e bielorrusso estão “praticamente unificados”. “Estamos a ser criticados por sermos o único país do mundo a apoiar a Rússia na sua luta contra o nazismo. Continuaremos unidos à Rússia fraternal”, declarou num video divulgado pela agência estatal BelTA.

  • As autoridades turcas apreenderam um cargueiro russo com cereais alegadamente furtados à Ucrânia, segundo o embaixador ucraniano em Ancara, Vasyl Bodnar.