Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Raquel Ramalho Lopes, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

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Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

23h55 - Boris Johnson entregou prémio Winston Churchill para a Liderança a Zelensky

O primeiro-ministro britânico entregou ao presidente ucraniano, o prémio de Liderança Sir Winston Churchill, tendo estabelecido comparações entre os dois líderes em tempos de crise.

Zelensky aceitou o prémio através de uma chamada vídeo durante a cerimónia realizada no escritório do primeiro-ministro britânico, na qual participaram membros da família de Churchill, o embaixador ucraniano no Reino Unido e ucranianos que receberam formação de soldados britânicos, .

Johnson assinalou a forma como Zelensky confirmou, em 24 de fevereiro, a invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Naquele momento de crise suprema, enfrentou o teste de liderança que foi, à sua maneira, tão severo como o desafio de Churchill em 1940”, referiu o líder do Governo britânico.

(Lusa)

23h37 - Boris Johnson não se recorda se discutiu temas de governo com oligarca e ex-KGB

O primeiro-ministro britânico respondeu ao comité de ligação parlamentar que "tanto quando" se lembra não discutiu assuntos do Governo quando esteve numa festa em 2018 com o oligarca russo, antigo membro do KGB, Alexander Lebedev.

Boris Johnson, que deixou de liderar o Partido Conservador, em 07 de julho, na sequência de vários escândalos éticos, está a enfrentar questões sobre a sua relação com Evgeny Lebedev, natural da Federação Russa e proprietário de jornais, e o seu pai, Alexander. Este, empresário e do tempo da Guerra Fria, foi agente da KGB e foi sancionado agora pelo Canadá pelo seu papel na facilitação da invasão da Ucrânia pela tropa russa.

Em abril de 2018, Boris Johnson foi a uma festa na mansão italiana de Evgeny Lebedev, a qual contou também com a presença de Alexander Lebedev. Johnson, que era então o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, participou sem a companhia de qualquer outro membro do governo britânico.

O evento decorreu durante o regresso de Boris Johnson de uma reunião da NATO e semanas depois de um antigo espião russo, Sergei Skripal, e a sua filha, Yulia, terem sido envenenados. O Reino Unido responsabilizou o serviço de informações militares russo GRU pelo ataque de Salisbury, o que o Kremlin rejeitou.

Boris Johnson declarou a uma comissão de deputados que o seu encontro com Alexander Lebedev “não foi uma reunião formal, nem nada que tivesse sido combinado”. Acrescentou que era normal que o chefe da diplomacia britânica participasse em “situações sociais, privadas”, sem colaboradores ou segurança própria.

Em carta divulgada pelo comité de ligação parlamentar, referiu: “Tanto quanto me lembro, não foram discutidos assuntos governamentais” na festa.

Angela Rayner, vice-líder do oposicionista Partido Trabalhista, disse que “a declaração (de Boris Johnson) levanta mais questões do que as que responde”.

Salientou que Johnson “aparentemente continua a não ser capaz de se lembrar se fala dos assuntos governamentais ou não. Esta carta sugere que o primeiro-ministro tem alguma coisa a esconder”.

(Lusa)

22h59 - Zelensky. Rússia usa preços do gás para aterrorizar a Europa

O presidente ucraniano afirmou que a Rússia está a cortar deliberadamente o fornecimento de gás natural para impor um "terror de preços" à Europa e pediu mais sanções contra Moscovo.

"Usando a Gazprom, Moscovo está a fazer todo o possível para tornar o próximo inverno o mais duro possível para os países europeus. O terror deve ter resposta - impor sanções", disse Volodymyr Zelensky durante uma declaração vídeo.

22h45 - João Gomes Cravinho. Cabe à Rússia “honrar a sua palavra” no acordo para exportações de cereais

O ministro dos Negócios Estrangeiros português sublinhou que os ataques russos à região ucraniana de Odessa complicam o acordo assinado com a ONU para a exportação de cereais ucranianos e que cabe a Moscovo “honrar a sua palavra”.

“É óbvio que os ataques russos a Odessa não ajudam nada, levantam a questão de sabermos se a Rússia quer honrar a sua palavra, ou se quis apenas ceder à intensa pressão internacional para permitir o escoamento dos cereais da Ucrânia e depois na realidade nada fazer”, comentou João Gomes Cravinho.

Apesar de sublinhar o “importante avanço diplomático” que representou a assinatura dos acordos em Istambul, na Turquia, o ministro lembrou que agora é necessário “passar da palavra escrita no papel para uma real manifestação de disponibilidade”.

Moscovo e Kiev assinaram, sexta-feira passada, um acordo para desbloquear as exportações de cereais ucranianos, cruciais para a segurança alimentar global, comprometendo-se a não atacar portos e navios, nomeadamente na região de Odessa, no sul da Ucrânia e junto ao Mar Negro.

As autoridades ucranianas acusaram hoje a Rússia de “ataques maciços” no sul da Ucrânia, que atingiram sobretudo uma vila costeira perto de Odessa e o porto de Mykolaiv.

Logo no sábado, um dia depois da assinatura do acordo em Istambul, a Ucrânia denunciou um ataque russo ao porto comercial de Odessa, ponto-chave para a exportação de cereais pelo Mar Negro.

João Gomes Cravinho sublinhou que cabe à Rússia “cumprir a sua palavra”e referiu que a “palavra da Rússia” sofre “evidentemente de um enorme problema de credibilidade”.

“Putin mentiu durante meses antes da invasão e fez a invasão. Depois disso, vemos sistematicamente a Rússia a faltar à palavra. A seguir aos acordos de Istambul, lançaram-se mísseis e a primeira reação [de Moscovo] foi dizer que não tinha nada a ver isso. Posteriormente admitiram que tinha a ver com eles, mas vieram com uma história para a qual não temos nenhuma base para comprovar, dizendo que eram ataques contra bases militares”, enumerou João Gomes Cravinho.

“Há um problema real de credibilidade que a Rússia tem e isso só se supera cumprindo a palavra”, acrescentou.

(Lusa)

22h25 - MNE defende relações económicas “mais intensas” com a Albânia e Macedónia do Norte

Portugal quer desenvolver relações económicas “mais intensas” com a Albânia e Macedónia do Norte e aumentar a presença de empresas nacionais, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, à margem da visita aos dois países candidatos à União Europeia.

Tanto com a Albânia, como com a Macedónia do Norte, as nossas relações económicas são muito escassas e portanto temos todo o interesse agora, durante os próximos meses e par de anos, de desenvolver relações económicas muito mais intensas”, salientou João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa.

O chefe da diplomacia portuguesa, que ontem e hoje visitou os dois países que iniciaram negociações para aderir à União Europeia (UE), apontou que faltam “instrumentos diplomáticos”, uma “convenção para evitar a dupla tributação” ou “um acordo de promoção e proteção reciproca dos investimentos”, para avançar para um novo patamar nas relações.

Vamos agora trabalhar nestes instrumentos e também irei ver com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) como podemos aproveitar”, assegurou o ministro.

João Gomes Cravinho apontou para a presença de empresas de muitos outros países europeus, referindo que não há razão para que não estejam presentes também empresas portuguesas nestes dois territórios.

A UE lançou na passada terça-feira, dia 19 de julho, as negociações de adesão com a Macedónia do Norte e a Albânia.

A abertura das negociações, que Skopje e Tirana há muito aguardavam, ocorreu depois de a Macedónia do Norte ter assinado, a 17 de julho, um protocolo bilateral com a Bulgária, que permitiu desbloquear um longo impasse que afetava também a Albânia, tendo os 27 da UE dado, no dia seguinte, ‘luz verde’ para a celebração das primeiras reuniões intergovernamentais, que decorreram a 19 de julho em Bruxelas, com um significado meramente político, mas que lançaram oficialmente as negociações.

O ministro dos Negócios Estrangeiros lembrou ainda que, após a entrada destes países na UE e, portanto, no mercado único, tudo “se tornará mais fácil”, mas realçou que “quem já estiver no mercado estará em vantagem”.

Interessa-nos marcar já presença e não esperar pela adesão”, vincou.

Com as negociações de adesão dos dois países a decorrerem, João Gomes Cravinho analisou a proposta do Presidente francês, Emmanuel Macron, para uma “comunidade política europeia”, defendendo que não deve ser vista “como uma alternativa à adesão”.

(Lusa)

22h03 - Washington pede a Kiev procurador-geral capaz de lutar contra a corrupção

Os Estados Unidos pediram esta terça-feira que a Ucrânia encontre um procurador-geral que seja confiável e capaz para substituir o antecessor que foi demitido. A Casa Branca pediu esforços no ataque à corrupção.

"Estamos juntos com o povo da Ucrânia para enfatizar a importância de nomear de forma transparente um novo procurador-geral que seja independente", disse Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado.

20h59 - Mykolaiv. Guerra põe em fuga milhares de pessoas

A intensificação da guerra no sul da Ucrânia está a provocar a fuga de milhares de pessoas na região. Em Mykolaiv, uma das duas cidades mais bombardeadas do país, os alertas para refúgio em abrigos tornaram-se uma rotina diária, como constataram os enviados-especiais da RTP a Mykolaiv, António Mateus e Cláudio Calhau.

20h55 - Exportação de cereais. Bombardeamentos de Odessa criam incerteza

As exportações de cereais através do porto de Odessa envolvem 20 milhões de toneladas acumuladas ao longo dos últimos cinco meses e são importantes para suprir as carências alimentares, em especial em países africanos, e por outro lado para permitir à Ucrânia obter as divisas de que necessita.

20h49 - Segundo ataque na zona de Odessa desde o acordo sobre os cereais

A Rússia voltou a atacar uma zona próxima dos portos ucranianos de onde está previsto saírem carregamentos de cereais. É o segundo ataque na zona de Odessa, desde que o acordo de desbloqueio de cereais foi assinado.

20h30 - Europeus preparam-se para um inverno com menos gás

O Verão ainda vai a meio, mas num país tão exposto ao gás russo como a Alemanha, já há quem se passeie pelas ruas a pensar que hábitos tem de mudar para consumir menos gás quando chegar o frio cortante.

Muitos europeus estão preocupados com o próximo Inverno. Alguns já pensam em formas de poupar energia.

Os italianos veem-se novamente com Governo demissionário e eleições antecipadas à porta, mas não é a crise política que mais preocupa o país. A população teme que a escalada de preços na alimentação, eletricidade e no gás atinge níveis incomportáveis.

O Governo francês parece confiar menos no voluntarismo do país para poupar eletricidade. O executivo prepara-se para obrigar as lojas que tenham ar condicionado a manter as portas fechadas.

20h21 - Acordo no gás. União Europeia vai cortar no consumo

A Comissão propunha um corte inicial de 15 por cento, mas a contestação de vários países, entre os quais Portugal, obrigou a uma negociação, como constatou o correspondente da RTP em Bruxelas, Duarte Valente.
20h09 - Kiev coloca Lula da Silva em lista de pessoas que promovem propaganda russa

O Centro de Combate à Desinformação, que integra o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, colocou o ex-presidente brasileiro Lula da Silva numa lista de personalidades que as autoridades ucranianas acusam de promoverem propaganda russa.

Segundo a imprensa brasileira, que cita o documento, o ex-presidente brasileiro e candidato às eleições presidenciais de outubro é o único brasileiro nesta lista de 78 pessoas, que Kiev considera que praticam desinformação e notícias falsas em prol da Rússia.

"Fico vendo o Presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Essa cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado", disse o ex-presidente Lula da Silva, numa entrevista no início de maio à revista norte-americana Time.

Esta é uma das razões para que Lula tenha sido integrado na lista ucraniana.

(agência Lusa)

19h39 - Chegou a Kaliningrado o primeiro comboio através da Lituânia desde o bloqueio

Um comboio carregado de sacos de cimento chegou hoje a Kaliningrado, depois de a Comissão Europeia ter pedido à Lituânia que permitisse a passagem ferroviária de mercadorias russas, segundo anunciou o governador russo da região, Anton Alikhanov, citado pela AFP: "É, com efeito, o primeiro comboio que chegou aqui desde a decisão da UE sobre as sanções". Alikhanov congratulou-se ainda pelo fim de "certas tensões sobre o mercado dos materiais de construção" e acrescentou tratar-se de "um sucesso bastante importante".

A Comissão Europeia tinha afirmado em 13 de julho que não deveria haver qualquer proibição do trânsito ferroviário entre Kaliningrado e o resto da Rússia.

18h45 - Presidente ugandês defende as boas relações do seu país com a Rússia

O presidente ugandês, Yoweri Museveni, defendeu hoje as boas relações do seu país com a Rússia, durante uma visita do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que está em digressão pelo continente africano.

"Como podemos estar contra alguém que nunca nos fez mal?", questionou o Presidente ugandês, numa conferência conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

"Se a Rússia comete erros, nós dizemos-lhes. Quando eles não cometem erros, não podemos estar contra eles", acrescentou.

O Uganda foi um dos 17 países africanos que se abstiveram numa votação, em março, de uma resolução da ONU que condenava a invasão russa da Ucrânia.

A viagem de Lavrov a África -- onde já se deslocou ao Egito e ao Congo -, ocorre após um importante acordo assinado na sexta-feira entre a Rússia e a Ucrânia, sob a égide das Nações Unidas e da Turquia, para permitir a exportação de 20 a 25 milhões de toneladas de cereais bloqueados na Ucrânia.

Segundo Yoweri Museveni, Kampala irá cooperar com Moscovo em várias áreas, tais como energia, agricultura e vacinas.

"O nosso interesse com a Rússia é que quando há progresso com a Rússia, nós [África] beneficiamos", assinalou o Presidente ugandês.

(C/ Lusa)

18h35 - Ucrânia espera obter empréstimo de 15 a 20 mil milhões de dólares do FMI

O governador do banco central ucraniano Kyrylo Shevchenko declarou à agência Reuters que a Ucrânia espera obter até ao final do ano um empréstimo de 15 a 20 mil milhões de dólares do FMI para fazer face a uma contracção da sua economia que se estima em 35 a 45%.

É a primeira vez que um responsável ucraniano põe um número concreto às pretensões de financiamento que, a serem satisfeitas, faria do país o segundo maior devedor do Fundo, logo a seguir à Argentina.

18h03 - Macron preocupado por países africanos acreditarem na explicação russa sobre a crise alimentar

O presidente francês manifestou a sua preocupação por ter ganho terreno junto de vários países africanos a explicação de Moscovo para a actual crise alimentar. 

Segundo citação da AFP, Emmanuel Macron disse hoje em visita à capital camaronesa, Yaoundé: "Não são as sanções que criam a a situação, e sim a guerra declarada pela Rússia. Apesar de tudo, a situação em que estamos é da responsabilidade da Rússia".

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergueï Lavrov, também em visita a vários países africanos, manifestou, pelo contrário, a sua satisfação pelo acolhimento que têm tido as teses russas: "Há uma campanha muito ruidosa sobre isto, mas os nossos amigos africanos compreendem a sua [da crise alimentar] causa profunda".

17h55 - Forças russas registam em Donetsk limitações já verificadas em Lugansk

As forças russas estão a obter ganhos territoriais marginais em Bakhmut, uma cidade da província ucraniana de Donetsk, mas registam as mesmas limitações que as impediram previamente de avanços substanciais em Lugansk, indica um relatório norte-americano.

De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), o exército russo não está a conseguir assumir o controlo total da cidade de Bakhmut, na província de Donetsk, leste da Ucrânia, enquanto conduzem ataques terrestres limitados a norte da cidade de Kharkiv (nordeste) e a leste de Siversk, ainda na região de Donetsk.

Segundo o ISW -- fundado em 2007 no decurso da intervenção dos EUA no Iraque e que tem como missão "melhorar a capacidade do país para executar operações militares e responder a ameaças emergentes com o objetivo de garantir os objetivos estratégicos" norte-americanos --, as forças russas também continuam a fortificar e reforçar posições em Zaporijia, sudeste da Ucrânia e junto às margens do rio Dniepre, e em Kherson, no sul, numa antecipação de uma anunciada contraofensiva ucraniana.

Por sua vez, prossegue o ISW no seu último relatório sobre a situação no terreno, as forças ucranianas continuam a flagelar bastiões russos ao longo do eixo sul, com Moscovo a enviar novo material para a linha da frente e quando se depara com crescentes dificuldades em reparar os veículos de combate danificados.

Em paralelo, e nas regiões controladas pelas autoridades das repúblicas separatistas russófonas de Donetsk e Lugansk, prosseguem os preparativos para a anexação desses territórios à Federação Russa e o reforço do controlo administrativo nas áreas ocupadas da Ucrânia.

O ISW cita um documento russo intitulado "Estratégia para a preparação e concretização do referendo sobre o acesso da República Popular de Donetsk à Federação Russa", emitido na segunda-feira, que "indica que os responsáveis oficiais russos desta região ocupada preveem uma participação de 70% e 70% de aprovação num falso referendo na República Popular de Donetsk".

(Lusa)


17h35 - Macron denuncia "hipocrisia" em África sobre a agressão russa

O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou hoje "a hipocrisia", ouvida "especialmente no continente africano" que consiste em não reconhecer claramente a "agressão unilateral" da Rússia à Ucrânia, como faz a União Europeia.

"A escolha feita pelos europeus não é de modo algum participar nesta guerra, mas reconhecê-la e nomeá-la. Onde muitas vezes vejo hipocrisia, especialmente no continente africano (...) é não se saber qualificar uma guerra e desconhecer quem a iniciou", disse o Presidente francês numa conferência de imprensa conjunta em Yaoundé com o seu homólogo camaronês, Paul Biya.

Emmanuel Macron iniciou hoje, nos Camarões, uma deslocação de quatro dias pelo continente africano, que o levará depois ao Benim e Guiné-Bissau.

(Lusa)

17h10 - Autarca de Kramatorsk prevê um inverno "muito difícil" devido à falta de gás

O autarca da última grande cidade da região do Donbass que está ainda sob controlo ucraniano, Kramatorsk, expressou preocupação relativamente ao inverno, que prevê que será "muito difícil" pela incapacidade de "reparar os gasodutos danificados" e, portanto, aquecer as casas das 60.000 pessoas que ainda vivem lá.

"Este inverno será muito difícil. Toda a região de Donetsk está sem gás e se a linha da frente permanecer onde está hoje, não será possível reparar os gasodutos danificados", disse à AFP o autarca da cidade, Oleksandr Goncharenko.

"Precisamos de sistemas de defesa aérea para deter todos esses mísseis e mais artilharia para deter os russos na linha de frente, caso contrário eles avançarão", apelou Goncharenko.

Localizada a cerca de 40 quilómetros das zonas de combate, Kramatorsk, que tinha 150 mil habitantes antes da guerra, é o último centro administrativo ainda sob controlo ucraniano no leste do país. Alvo das forças russas, esta cidade é regularmente bombardeada.

Segundo Goncharenko, a maioria dos habitantes de Kramatorsk que decidiram ficar na cidade são idosos. "Eles preferem morrer a partir", afirmou.

16h33 - FMI acredita que Rússia irá sentir maior impacto das sanções em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a Rússia irá sentir mais o impacto das sanções impostas pelo Ocidente devido à guerra na Ucrânia a partir de 2023, enquanto este ano irá resistir melhor.

Na atualização das previsões económicas mundiais, divulgadas hoje, o FMI melhorou as projeções de crescimento económico para a Rússia este ano, embora tenha piorado para 2023: em 2022 espera uma queda de 6% (contra 8,5% previstos em abril) e em 2023 prevê uma queda de 3,5% (contra 2,3% previstos anteriormente).

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, explicou hoje, em conferência de imprensa, que existem duas razões pelas quais a economia russa não irá cair tanto quanto o anteriormente esperado.

Por um lado, as medidas tomadas pelo país para estabilizar o setor financeiro têm sido "muito eficazes" e têm "ajudado a sustentar a economia nacional" e, por outro, o país tem beneficiado das exportações de petróleo e gás para o resto do mundo, especialmente para a Europa, no atual contexto de aumento dos preços da energia.

Na mesma linha, a diretora-adjunta do Departamento de Investigação, Petya Koeva, disse naquela conferência que a procura interna tem sido forte na Rússia, graças a medidas de apoio orçamental e também a ações para restabelecer a confiança no sistema financeiro, "que não parecia possível no início da crise".

No caso de 2023, Pierre-Olivier Gourinchas considerou que será nesse ano que a Rússia irá sentir em maior medida as inúmeras sanções aprovadas contra o país pela invasão da Ucrânia.

"Acreditamos que o impacto das sanções levará a uma maior deterioração em 2023", disse o economista-chefe do FMI para justificar a mudança nas previsões para aquele ano.

(Lusa)

16h00 - Rússia planeia realizar exercícios militares no leste do país a partir de 30 de agosto

O Ministério da Defesa da Rússia planeia realizar exercícios militares estratégicos no leste do país entre 30 de agosto a 5 de setembro, avançam várias agências de notícias esta terça-feira.

A agência Interfax informa ainda que militares de outros países não especificados participarão nos exercícios regulares "Vostok", citando o ministério russo da Defesa.

15h45 - Energia. Hungria denuncia acordo “impraticável” da UE

A Hungria denunciou o acordo “impraticável” que os Estados-membros da UE alcançaram esta terça-feira, em Bruxelas, que prevê a redução do consumo do gás natural em 15 por cento até à primavera.

"É uma proposta injustificável, desnecessária, impraticável e prejudicial que ignora completamente os interesses nacionais", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, aos jornalistas.

Entre os 27, apenas a Hungria se opôs ao acordo, que foi aprovado por maioria qualificada.

Szijjarto criticou "a base legal duvidosa" do acordo, afirmando que a segurança do abastecimento de energia era "responsabilidade dos governos nacionais".

"Alguém em Bruxelas vai explicar aos húngaros que há gás na Hungria que indivíduos e empresas não podem usar? Isso é um absurdo!”, criticou.

A Hungria, que depende em grande parte da Rússia para a importação de petróleo e gás, declarou em meados de julho "um estado de emergência" diante da crise energética.

Contrariando a estratégia da UE de romper com a Rússia, Szijjarto visitou Moscovo na semana passada para discutir a compra de mais 700 milhões de metros cúbicos de gás, que se somariam aos 4,5 mil milhões entregues anualmente a Budapeste antes do início do conflito na Ucrânia.

14h35 - “Portugal terá aplicação parcial do regulamento” da UE, diz Duarte Cordeiro

Os ministros da Energia da União Europeia chegaram a acordo para reduzir o consumo de gás.

O ministro Duarte Cordeiro revelou no final da reunião que Portugal vai ter uma aplicação parcial e que está salvaguardado pela fraca interligação a outros países e pelo uso do gás no setor industrial e para segurança do sistema elétrico.


14h10 - Presidente da Turquia vai visitar a Rússia a 5 de agosto

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fará uma visita de um dia ao resort de Sochi, no Mar Negro, a 5 de agosto, informou o seu gabinete esta terça-feira.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, avançou ainda que Erdogan se irá encontrar com Vladimir Putin nesse mesmo dia. Os dois líderes vão discutir problemas regionais e relações bilaterais, avança a agência de notícias Interfax.

13h55 - UE diz que acordo sobre o gás deve permitir à Europa sobreviver a um inverno “médio”

A comissária europeia da Energia, Kadri Simson, disse que o acordo alcançado esta terça-feira pelos Estados-membros da UE para reduzir o consumo de gás natural deve permitir poupar o suficiente para que a Europa sobreviva a um inverno “médio”, caso a Rússia corte totalmente os abastecimentos em julho.
"Os nossos cálculos iniciais indicam que, mesmo que todas as isenções sejam usadas integralmente, conseguiríamos uma redução da procura que nos ajudaria a aguentar um inverno médio", disse Simson em conferência de imprensa esta terça-feira.

12h36 - Von der Leyen: UE mais preparada face à chantagem energética de Putin

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen afirmou que o acordo hoje alcançado entre os 27 sobre a redução do consumo de gás deixa a União Europeia mais preparada face à "chantagem energética" do Presidente russo, Vladimir Putin.

"Hoje, a UE deu um passo decisivo para enfrentar a ameaça de uma rutura total do gás por Putin. Congratulo-me vivamente com a aprovação, pelo Conselho, do regulamento relativo a medidas coordenadas de redução do consumo de gás", declarou a presidente do executivo comunitário, pouco após o anúncio do acordo político alcançado hoje em Bruxelas no Conselho extraordinário de ministros da Energia.

Numa declaração em Bruxelas, a presidente do executivo comunitário comentou que "o acordo político alcançado pelo Conselho em tempo recorde, com base na proposta da Comissão `Poupar gás para um Inverno seguro` apresentada na semana passada, garantirá uma redução ordenada e coordenada do consumo de gás em toda a UE para preparar o próximo Inverno".

Sublinhando que esta medida "complementa todas as outras ações tomadas até à data no contexto do plano `RepowerEU`, nomeadamente para diversificar as fontes de abastecimento de gás, acelerar o desenvolvimento das energias renováveis e tornar-se mais eficiente em termos energéticos", Von der Leyen reforçou que "o compromisso coletivo de reduzir [o consumo de gás] em 15% é muito significativo" e ajudará a garantir o armazenamento antes do inverno.

"Além disso, a possibilidade de declarar um estado de alerta da UE, desencadeando reduções obrigatórias do consumo de gás em todos os Estados-membros constitui um forte sinal de que a UE fará tudo o que for necessário para garantir a sua segurança de aprovisionamento e proteger os seus consumidores, sejam eles domésticos ou industriais", destacou.

Segundo Von der Leyen, "ao agir em conjunto para reduzir a procura de gás, tendo em conta todas as especificidades nacionais relevantes, a UE assegurou as bases fortes para a indispensável solidariedade entre os Estados-Membros face à chantagem energética do Putin".

"O anúncio feito pela Gazprom de que está a reduzir ainda mais os fornecimentos de gás à Europa através do Nord Stream 1, por nenhuma razão técnica justificável, ilustra ainda mais a natureza pouco fiável da Rússia como fornecedor de energia. Graças à decisão de hoje, estamos agora prontos para abordar a nossa segurança energética à escala europeia, como uma União", concluiu.

(agência Lusa)

12h22 - Centro de monitorização para as exportações de cereais ucranianos irá abrir em Istambul na quarta-feira

Um centro de coordenação conjunto para as exportações de cereais da Ucrânia sob um acordo mediado pela ONU irá abrir em Istambul esta quarta-feira, anunciou o Ministério da Defesa da Turquia esta terça-feira.

Ucrânia, Rússia, Turquia e as Nações Unidas assinaram um acordo na semana passada para retomar as exportações de cereais da Ucrânia, que foram interrompidas após a invasão russa a 24 de fevereiro.

12h03 - UE prolonga sanções russas até janeiro de 2023

A União Europeia decidiu renovar as sanções contra a Rússia por mais seis meses, até ao final de janeiro de 2023.

A decisão, uma formalidade tomada pelos ministros da Energia da UE, diz respeito a sanções que foram introduzidas pela primeira vez em 2014 e ampliadas significativamente após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro deste ano.

11h18 - Estados-membros da UE chegam a acordo para a redução do consumo de gás natural

Os ministros da Energia da União Europeia chegaram esta terça-feira a acordo para a redução do consumo do gás natural em 15 por cento até à primavera.

A medida foi aprovada apenas com o voto contra da Hungria.

"Nesta fase trata-se de um acordo político, pelo que não houve uma votação formal. No entanto, houve um consenso esmagador e apenas um Estado-membro expressou a sua oposição", informaram fontes diplomáticas.

A presidência da UE, atualmente ocupada pela República Checa, escreveu que "esta não foi uma missão impossível" e que "os ministros chegaram a um acordo político sobre a redução do fornecimento de gás antes do próximo inverno".


Em comunicado, entretanto divulgado, a presidência checa do Conselho da UE dá conta de que, "num esforço para aumentar a segurança do aprovisionamento energético da UE, os Estados-membros chegaram hoje a um acordo político sobre uma redução voluntária da procura de gás natural em 15% este inverno", estando também prevista a "possibilidade de desencadear um `alerta da União` sobre a segurança do aprovisionamento, caso em que a redução da procura de gás se tornaria obrigatória".

De acordo com a estrutura que junta os países, da iniciativa fazem agora parte "algumas isenções e possibilidades de solicitar uma derrogação ao objetivo obrigatório de redução, a fim de refletir as situações particulares dos Estados-membros e assegurar que as reduções de gás sejam eficazes para aumentar a segurança do aprovisionamento na UE".

O acordo foi alcançado um dia depois de a Rússia ter anunciado um novo corte de gás para a Europa.

Portugal e Espanha manifestaram-se contra a proposta inicial, alegando que estão numa situação diferente da do resto da Europa. No entanto, o ministro português do Ambiente afirmou esta manhã em Bruxelas que a última proposta para a redução de 15 por cento do consumo de gás na União Europeia, face ao risco de cortes no abastecimento por parte da Rússia, já vai ao encontro de algumas das preocupações suscitadas por Portugal.


10h57 - Rússia diz ter destruído oito depósitos de armas nas regiões de Mykolaiv e Donetsk

As Forças Armadas da Rússia destruíram oito depósitos ucranianos de mísseis e sistemas de artilharia na região sul de Mykolaiv e na região leste de Donetsk, anunciou o Ministério russo da Defesa esta terça-feira.

As autoridades ucranianas afirmam que a Rússia lançou um "ataque maciço com mísseis" contra o sul do país durante a noite de segunda-feira, incluindo ataques contra a infraestrutura do porto de Mykolaiv, no Mar Negro.

10h30 - Chefe de energia da UE diz que redução do abastecimento de gás da Gazprom para a Europa tem “motivações políticas”

O mais recente anúncio da gigante energética russa Gazprom sobre a redução do abastecimento de gás através do gasoduto Nord Stream 1 é um "passo politicamente motivado", disse a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, esta terça-feira, antes de uma reunião com os ministros de Energia da UE que decorre em Bruxelas.

"Não há nenhuma razão técnica para o fazer. Este é um passo politicamente motivado, e temos que estar prontos para isso", disse Simson, citada pela CNN. "É exatamente por esse motivo que a redução preventiva do nosso consumo de gás é uma estratégia sábia", sublinhou.

A Gazprom anunciou na segunda-feira um corte nos abastecimentos de gás natural para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1, já a partir de quarta-feira. Será parada a operação de uma das turbinas do gasoduto devido ao que a empresa descreve como “a condição técnica do motor”. O aprovisionamento será reduzido para 33 metros cúbicos diários, ou seja, cerca de 20 por cento da capacidade total.

A chefe de Energia da UE salientou que o anúncio da Gazprom "sublinhou mais uma vez que temos de estar prontos para os possíveis cortes de fornecimento da Rússia a qualquer momento".

"Temos que enfrentar esta crise agora e juntos. E, ao fazer isso, reduziremos o consumo de gás russo preventivamente", afirmou, acrescentando que espera que os ministros da UE cheguem a "um acordo político" até o final desta terça-feira.

10h16 - Preço do gás natural europeu ultrapassa os 190 euros por MWh

Os preços do gás europeu continuaram a subir na terça-feira, atingindo o nível mais elevado desde o máximo histórico atingido em março, após o anúncio na segunda-feira da gigante russa Gazprom de novos cortes drásticos nas entregas de gás através do gasoduto Nord Stream 1.

Esta terça-feira, o holandês TTF (referência do gás natural na Europa) passou para os 189,75 euros por megawatt/hora (MWh), pouco depois de ter ultrapassado os 190 euros por MWh, regressando assim aos níveis registados no início da invasão russa da Ucrânia.

9h58 - Forças russas estarão a impedir fuga de civis de Melitopol

Ivan Fedorov, presidente da câmara de Melitopol, no sul da Ucrânia, acusa as forças russas de estarem a bloquear a fuga de mais de cinco mil pessoas através de um posto de controlo em Vasylivka, perto de Zaporizhia.

Segundo Fedorov, as tropas de Moscovo só estão a dar passagem a 150 automóveis por dia.

9h42 - Gás. Plano europeu já responde a preocupações de Portugal

A última proposta para a redução de 15 por cento do consumo de gás na União Europeia, face ao risco de cortes no abastecimento por parte da Rússia, já vai ao encontro de algumas das preocupações suscitadas por Portugal, afirmou esta manhã o ministro do Ambiente em Bruxelas.

"Queria dar nota de que nunca esteve em causa a solidariedade de Portugal. Portugal sempre foi e quer ser solidário com os restantes países europeus", sublinhou Duarte Cordeiro, à entrada para um conselho extraordinário de ministros da Energia da UE.
O governante ressalvou que havia questões "muito importantes" para Portugal, desde logo em matéria de interligações e segurança no sector elétrico.

9h29 - Equipamento militar russo em trânsito para Kherson

As Forças Armadas da Ucrânia adiantaram na última noite, no Telegram, que foram avistadas colunas de equipamento militar russo a transitar por Melitopol, na direção de Kherson.

Foram vistos tanques e veículos blindados de transporte de tropas nas proximidades da localidade de Novopylypivka. Uma das colunas passou por Novy Melitopol, pelas 2h00 locais (0h00 em Lisboa), com sistemas de defesa anti-aérea.

9h03 - Donetsk. Vagão de combustível em chamas

As autoridades pró-russas da autoproclamada República Popular de Donetsk divulgaram fotografias de um vagão cisterna, com combustível, em chamas, na sequência de um alegado ataque ucraniano no distrito de Budyonnovsky.


Reuters

8h34 - Andriy Shevchenko visitou crianças em campo de refugiados na Polónia

O antigo jogador ucraniano Andriy Shevchenko visitou um campo de refugiados na Polónia, onde estão centenas de crianças vítimas da guerra na Ucrânia.
Shevchenko, que recebeu a Bola de Ouro em 2004, criou um programa de apoio psicológico para os menores que sofrem os traumas do conflito.

8h25 - Ministros da Energia da UE discutem plano de racionamento do gás

Um dia depois de a Rússia ter anunciado um novo corte de gás para a Europa, os ministros responsáveis pela Energia reúnem-se, em Bruxelas, para tentar alcançar um acordo sobre o racionamento do gás.

A comissão apresentou uma proposta que teve a oposição de vários Estados-membros. O texto foi alterado e apresenta agora várias exceções para responder às críticas de países como Portugal.
Reportagem da correspondente da Antena 1 em Bruxelas, Andrea Neves.

8h18 - "A guerra do gás contra a Europa"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros escreve no Twitter que "a guerra do gás de Putin contra a Europa é uma continuação direta da sua guerra contra a Ucrânia".


"Onde que quer que ele puder causar danos, falo-á. Usará toda a dependência que a Europa tenha da Rússia para arruinar a vida normal de cada família europeia. A única forma é contra-atacar com força e livrarem-se de qualquer dependência", enfatiza Dmytro Kuleba.

8h10 - 358 crianças mortas

A Procuradoria-Geral da Ucrânia acaba de divulgar números atualizados de crianças vítimas da guerra: desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, morreram pelo menos 358 crianças e outras 690 ficaram feridas.

Kiev sublinha que este é um balanço em permanente atualização e que o maior número de vítimas entre menores pertence à região de Donetsk, no Donbass.

7h52 - Acompanhamento de grávidas no final do tempo é cada vez mais difícil

O médico Ricardo Baptista Leite conta que a guerra está a afetar o acompanhamento das mulheres na fase final da gravidez. Também as falhas frequentes de energia prejudicam a assistência aos doentes.

Ricardo Baptista Leite fala de uma realidade de contrastes, em que os médicos tentam assegurar as atividades programadas, mas estão há cinco meses num bunker.
Baptista Leite está há uma semana a fazer voluntariado num hospital regional em Lviv, na Ucrânia. Participa numa campanha de angariação de fundos para ajudar a maternidade e os cuidados intensivos neonatais.

7h46 - Bombardeamentos russos contra Odessa. A avaliação britânica

Na última síntese de informações militares, o Ministério britânico da Defesa põe em causa a versão russa sobre os bombardeamentos do fim-de-semana em Odessa.

Moscovo começou por dizer a Ancara que não foi responsável pelos ataques. Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, emendou a mão, mas para afiançar que os bombardeamentos visaram infraestruturas militares e não teriam impacto nas exportações de cereais ucranianos, objeto do acordo medidado pela Turquia.


"A 24 de julho de 2022, mísseis de cruzeiro russos atingiram a doca do porto de Odessa. O Ministério russo da Defesa alega que atingiu um navio de guerra ucraniano e um carregamento de mísseis anti-navio. Não há indicação de tais alvos no local atingido pelos mísseis", aponta o Governo de Londres.

7h34 - Primeiros carregamentos de cereais deverão sair para o mar na quarta-feira

Segundo o ministro das Infraestruturas da Ucrânia, sairão já na quarta-feira os primeiros carregamentos de cereais, em navios precedidos por um navio de escolta, naquela parte do Mar Negro que se encontra pejada de minas.


7h22 - Ponto de situação


  • Esta terça-feira há uma reunião dos ministros da Energia da União Europeia. Os governantes vão tentar alcançar um consenso sobre a meta de redução do consumo de gás em 15 por cento até à primavera. Portugal e Espanha manifestaram-se contra a proposta inicial, alegando que estão numa situação diferente face ao resto da Europa. O documento que é agora discutido já contém alterações.

  • A gigante energética russa Gazprom anunciou um corte nos abastecimentos de gás natural para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1, já a partir de quarta-feira. Será parada a operação de uma das turbinas do gasoduto devido ao que a empresa descreve como “a condição técnica do motor”. O aprovisionamento será reduzido para 33 metros cúbicos diários, ou seja, cerca de 20 por cento da capacidade total.

  • A Gazprom procedeu, sem aviso prévio, a um aumento acentuado da pressão no gasoduto que abastece a Europa, denunciou a operadora estatal ucraniana OGTSU, alertando que tais subidas podem causar situações de emergência como ruturas.

  • As forças russas voltaram a bombardear a região da cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, atingindo, às primeiras horas da manhã, edifícios privados em localidades costeiras. O chefe da administração military regional, Serhiy Bratchuk, escreveu na plataforma de mensagens Telegram que Odessa está a ser visada por “aviação estratégica”.

  • No sábado, menos de 12 horas depois de Moscovo ter assinado com Kiev um acordo para permitir a exportação controlada de cereais ucranianos, mísseis de cruzeiro da Rússia atingiram Odessa. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou as forças russas de terem desencadeado um ataque “bárbaro”.

  • Já esta manhã foram igualmente reportados novos bombardeamentos russos sobre Mykolaiv, no sul da Ucrânia. “São ouvidas potentes explosões em Mykolaiv! Pedimos a todos que permaneçam nos abrigos! Mesmo depois do fim do recolher obrigatório, o ataque aéreo vai continuar”, enfatizou no Telegram o responsável da administração da cidade Olexander Senkevich.

  • A região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, é outro dos alvos de bombardeamentos contínuos das forças russas.

  • O Cazaquistão decidiu aumentar o seu orçamento de Defesa em 918 milhões de dólares, invocando o receio de uma repetição, no seu território, do cenário da Ucrânia, noticiou o Wall Street Journal.

  • Também a Moldova volta a expresser preocupação com uma eventual invasão russa. Em declarações à CNN, a primeira-ministra desta antiga república soviética, Natalia Gavrilitsa, sunlinhou que este é “ainda um cenário hipotético”. “Estamos preocupados, claro”, atalhou.