Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Joana Raposo Santos - RTP

Alexander Ermochenko - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

Mais atualizações

00h42 - Zelesnky promete resposta aos ataques russos junto à central nuclear de Zaporijia

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu esta quarta-feira que as forças militares e de justiça ucranianas vão responder aos bombardeamentos russos nas proximidades de central nuclear de Zaporijia, indicando que 43.000 militares russos já morreram no conflito.

“As Forças Armadas da Ucrânia, a nossa inteligência e as nossas instâncias judiciais não deixarão sem resposta o bombardeamento russo de hoje [quarta-feira] na região de Dnipropetrovsk”, assegurou o chefe de Estado ucraniano.

As autoridades ucranianas acusaram esta quarta-feira as forças russas de bombardeamentos nas proximidades de central nuclear de Zaporijia, que terão vitimado 14 civis. Zelensky referiu também, no seu vídeo diário noturno dirigido à nação, que esta “manifestação regular do terror russo", tal como os ataques a Mykolaiv e Kharkiv, prova "mais uma vez que é necessário aumentar a ajuda militar à Ucrânia”.

“Quanto mais poderosas forem as nossas armas e quanto maior for o alcance do seu uso, mais cedo esta guerra cruel terminará”, referiu.

O governante ucraniano apontou ainda que quase 43.000 soldados russos já morreram no conflito, número que ainda "não convenceu" a liderança russa a encontrar uma “saída para a guerra”.

“Quanto mais perdas os ocupantes sofrerem, mais cedo poderemos libertar a nossa terra e garantir a segurança da Ucrânia. Se quase 43.000 soldados russos mortos não convencem a liderança russa de que eles precisam encontrar uma saída para a guerra, então são necessários mais combates, mais resultados são necessários para os convencer”, frisou Volodymyr Zelensky.

C/ Lusa

23h40 - Madrid considera “golpe de propaganda” vídeo de comediantes russos

A Câmara Municipal de Madrid considerou hoje um “golpe de propaganda múltipla” a videochamada realizada pelos comediantes russos Vovan e Lexus ao autarca da capital espanhola, José Luis Martínez-Almeida, após se fazerem passar pelo seu homólogo de Kiev.

No vídeo, Vitali Klitschko é visto a falar em inglês de forma descontraída sobre os refugiados ucranianos ou sobre a cimeira da NATO, até que, cerca de 15 minutos depois, a conversa muda de tom e a comunicação é cortada.

“Ao observar o tom e o conteúdo da ligação, além de interrompê-la, foi imediatamente apresentada uma queixa à polícia, que continua a investigar”, lembraram fontes municipais à agência de notícias EFE, que atribuem os factos a um “múltiplo golpe de ferramentas de propaganda russa”.

A Câmara Municipal de Madrid “não vai alimentar nenhuma das estratégias desestabilizadoras da Rússia”, acrescentam.

(Agência Lusa)

22h17 - ONU espera aumento forte nas exportações de cerais via Mar Negro

A ONU espera em breve um forte aumento do trânsito de navios com exportações de cereal ucraniano, depois de assentes os procedimentos acordados por Moscovo e Kiev para permitir o tráfego no Mar Negro.

A expectativa da Organização das Nações Unidas foi formulada por Frederick Kenney, o seu representante no Centro de Coordenação Conjunta, órgão estabelecido em Istambul para velar pelo cumprimento do acordo para desbloquear as exportações de cereal ucraniano.

Estas exportações estiveram paralisadas durante meses na sequência da invasão militar da Ucrânia pela Federação Russa.

Questionado sobre o facto de a maioria dos barcos saídos até agora não se terem dirigido a países com escassez de alimentos ou fome, Kenney disse que os portos ucranianos ficaram "basicamente congelados no tempo em 24 de fevereiro", dia em que a tropa russa invadiu o Ucrânia, e que já havia barcos carregados, principalmente de milho, que era a principal colheita na altura.

"Era imperativo tirar esses barcos, para que pudessem entrar outros, que se dirijam a portos para contribuir para a segurança alimentar", sublinhou.

(agência Lusa)

22h00 - Ministro ucraniano da Defesa ironiza e afirma que explosões na Crimeia foram provocadas por cigarros

O ministro da Defesa da Ucrânia sugeriu esta quarta-feira, de forma irónica, que as explosões de terça-feira na base aérea militar russa na Crimeia foram provocadas por cigarros mal apagados.

"Acho que os militares russos neste aeródromo esqueceram-se de uma regra muito simples: não fumar em lugares perigosos", disse Oleksiï Reznikov durante uma visita à Dinamarca.

O chefe do Governo russo da Crimeia, Sergei Aksyonov, anunciou nas redes sociais que pelo menos uma pessoa morreu após as explosões de terça-feira.

A Ucrânia não assume a responsabilidade pelas explosões na base aérea russa e o ministério da Defesa afirma “não ser capaz de estabelecer a causa” das explosões. Moscovo, por sua vez, alega que foram provocadas pela explosão de munições, negando que a base aérea militar tenha sido alvo de tiroteios ou bombardeamentos.

Questionado sobre o assunto, o ministro da Defesa do Reino Unido disse não ter comentários sobre o incidente em questão, mas lembrou o direito da Ucrânia de defender o seu território.

"Não posso comentar sobre este incidente em particular, mas, no geral, seria legítimo se fosse um ataque da Ucrânia, estaria de acordo com a lei internacional", afirmou Ben Wallace.

As autoridades ucranianas não reconheceram oficialmente a sua responsabilidade pelas explosões na Crimeia, mas um assessor da presidência, Mikhaïlo Podoliak, disse no Twitter na terça-feira que elas eram "apenas o começo".

Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse no seu discurso noturno que "a Crimeia é ucraniana" e que Kiev "nunca a abandonará".

21h46 - Rússia multa jornal independente russo por notícias falsas

Um tribunal de Moscovo multou hoje o jornal independente russo Nóvaya Gazeta em 350.000 rublos (cerca de 5.619 de euros) por disseminar “notícias falsas” e “abusar da liberdade de imprensa”.

O jornal russo foi sancionado por violar a lei sobre o “abuso da liberdade de imprensa”, disse o tribunal à agência de notícias russa TASS.

A lei penaliza “a divulgação de informações falsas de importância social apresentadas como notícias confiáveis que gerem ameaça à vida ou à saúde dos cidadãos, ou gerem ameaças à ordem pública”.

O jornal, que lançou a sua primeira tiragem de 1.000 exemplares em 01 de abril de 1993, foi forçado no final de março a suspender a sua publicação em papel e digital “até ao fim da operação especial no território da Ucrânia” iniciada em 24 de fevereiro.

O Nóvaya Gazeta deixou de noticiar a campanha militar russa após a aprovação de uma lei que pune com multas graves e até 15 anos de prisão a divulgação de “informações falsas” sobre o Exército russo.

(agência Lusa)

21h17 - Zelensky promete resposta ao bombardeamento russo na região de Dnipropetrovsk

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu uma resposta das Forças Armadas do país ao bombardeamento russo na região de Dnipropetrovsk, na cidade de Marganets, em frente à central nuclear de Zaporizhia.

O ataque desta quarta-feira vitimou 14 civis e feriu outros dez.

“As Forças Armadas da Ucrânia, a nossa inteligência e nossas agências de aplicação da lei não deixarão sem resposta o bombardeamento russo de hoje na região de Dnipropetrovsk”, disse Zelensky no seu discurso diário publicado no Telegram.



“Esta manifestação do terror russo, como os ataques a Mykolaiv e Kharkiv, prova mais uma vez que é necessário aumentar a ajuda militar à Ucrânia. Quanto mais poderosas forem as nossas armas e quanto maior o seu alcance, mais cedo esta guerra cruel terminará”, afirmou.

“Quanto mais perdas os ocupantes sofrerem, mais cedo poderemos libertar a nossa terra e garantir a segurança da Ucrânia”, disse Zelensky. “Se quase 43.000 soldados russos mortos não convencem a liderança russa de que precisam de encontrar uma saída para a guerra, então são necessários mais combates para os convencer”, rematou.

19h43 - Primeiro navio com cereais ucranianos atraca na Turquia e espera comprador para carga

O primeiro navio carregado de milho que deixou o porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, rumo ao Líbano, atracou no porto turco de Mersin e aguarda um comprador para a mercadoria, confirmou fonte diplomática da Ucrânia.

O embaixador da Ucrânia no Líbano, Ihor Ostash, confirmou a chegada do navio ao território turco, num `briefing` no Centro de Comunicação Social de Kiev, capital da Ucrânia, informou hoje a agência de notícias local Ukrinform.

"O navio `Razoni`, que foi o primeiro a sair do porto de Odessa e se dirigia para o porto de Trípoli, no Líbano, atracou no porto de Mersin, na Turquia, o que significa que todos os problemas em torno deste navio de carga desapareceram", disse.

O navio, que suspendeu a atracagem no Líbano após ter falhado a venda da carga a um comerciante libanês, permanece agora nas costas sul da Turquia à espera de "instruções sobre o novo destino", segundo fonte diplomática citada pela agência espanhola EFE.

Os cereais a bordo do `Razoni` serão revendidos já depois de o barco estar em rota, uma prática comercial "comum", de acordo com a missão diplomática.

O navio partiu de Odessa a 01 de agosto, e o comprador libanês que estava previsto comprar as suas 26.000 toneladas de milho rejeitou o carregamento devido ao atraso na entrega, inicialmente previsto para há mais de cinco meses.

(agência Lusa)

19h19 - Zaporizhia. Conselho de Segurança da ONU convoca reunião de emergência para quinta-feira

O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência amanhã, quinta-feira, para discutir a situação da central nuclear ucraniana de Zaporizhia.

Uma fonte da presidência chinesa do Conselho de Segurança, liderada em agosto por Pequim, disse à Agencia France-Presse (AFP) que a reunião acontecerá no dia 11 de agosto às 15h00 (19h00 GMT).

Uma segunda fonte diplomática da sede das Nações Unidas em Nova Iorque acrescentou que os 15 países membros do Conselho de Segurança irão reunir-se na tarde de quinta-feira a pedido da Rússia.

Kiev e Moscovo têm trocado acusações relativamente aos mais recentes bombardeamentos na região da central nuclear de Zaporizhia, que está sob controlo russo desde março.

Esta quarta-feira, as forças ucranianas acusaram as tropas russas de bombardeamentos nas proximidades da central, que terão provocado 14 mortos.

Os países do G7 também acusaram esta quarta-feira Moscovo de “colocar em perigo” a região ucraniana em torno da central nuclear e exigiram a retirada das tropas russas para que a central seja devolvida ao controlo das autoridades de Kiev.

18h42 - Espanha testa saída de cereais ucranianos por comboio

Espanha avançou com um teste para retirar da Ucrânia cereais para exportação por comboio, em alternativa ou complemento à via marítima, condicionada pelo impacto da guerra nos portos ucranianos, anunciou hoje o executivo espanhol.

O "projeto-piloto" arrancou na terça-feira, com a saída de um comboio com 25 contentores de Madrid, rumo a Chelm, na Polónia, na fronteira com a Ucrânia, segundo um comunicado do Ministério dos Transportes espanhol.

Os contentores regressarão a Espanha, a Barcelona, no início de setembro, com 600 toneladas de milho, depois de percorrerem os cerca de 2.400 quilómetros da "autoestrada ferroviária que atravessa a Europa", prevê o Governo de Espanha.

"O projeto procura demonstrar a viabilidade técnica e económica do transporte ferroviário de cereais como alternativa ao modo marítimo", quando a guerra na Ucrânia, provocada pela invasão russa de 24 de fevereiro, causa "limitações nos portos do Mar Negro", lê-se no mesmo comunicado.

(agência Lusa)

18h18 - Kiev acusa forças russas de bombardeamentos próximo de central nuclear de Zaporijia

As autoridades ucranianas acusaram hoje as forças russas de bombardeamentos nas proximidades de central nuclear de Zaporijia, que terão vitimado 14 civis.

O governador da região de Dnipropetrovsk, Valentin Reznitchenkoa, disse através da rede social Telegram que um ataque russo na última noite com vários mísseis Grad teve como alvo a cidade de Marganets, em frente à central de Zaporijia, na outra margem do rio Dnieper, e também a vila de Vychtchetarassivka.

Segundo a mesma fonte, nos ataques russos morreram pelo menos 14 civis.

"Oitenta foguetes foram disparados deliberada e insidiosamente em bairros residenciais, enquanto as pessoas dormiam nas suas casas", disse ele.

"Passámos uma noite horrível (...) É muito difícil retirar os corpos dos escombros", disse Reznitchenkoa.

A região de Dnipropetrovsk tem recebido refugiados do Donbass, mais a leste, epicentro da ofensiva russa no sudeste da Ucrânia.

Oleksandre Staroukh, o governador ucraniano da região vizinha de Zaporijia, parcialmente controlada pelas forças russas, relatou que um ataque russo matou um morador de 52 anos.

(agência Lusa)

17h50 - Ataques em Bakhmout provocam pelo menos seis mortos

Pelo menos seis pessoas morreram e outras três ficaram feridas esta quarta-feira em ataques russos na cidade de Bakhmout, localizada no leste da Ucrânia, anunciou o governador regional.

"Os russos bombardearam a cidade com vários rockets, atingindo uma área residencial. Segundo as primeiras informações, 12 casas foram danificadas e quatro estão em chamas", escreveu Pavlo Kyrylenko no Telegram.



17h44 - Segundo navio de cereais atraca em porto ucraniano para carregamento

Osegundo navio comercial a chegar a um porto ucraniano desde o início da invasão russa atracou no porto de Chornomorsk e está pronto para o carregamento de cereais, anunciou o ministro das Infraestruturas da Ucrânia esta quarta-feira.

"OSPREY S está pronto para exportar 30.000 toneladas de milho", escreveu o ministro das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, no Twitter.

17h32 - Força aérea ucraniana diz que explosões na Crimeia destruíram aviões russos

A força aérea ucraniana afirmou hoje que nove aviões de combate russos foram destruídos com as enormes explosões que sacudiram uma base aérea russa na Crimeia, uma perda negada por Moscovo.

A Rússia rejeita até que se tenha tratado de um ataque, alegando que se tratou de uma explosão acidental de munições na base de Saki, localizada na península anexada pelos russos à Ucrânia em 2014.

Por seu lado, Kiev não assumiu oficialmente a responsabilidade pelas explosões, mas questionou as explicações dos russos, argumentando que não fazem sentido.

Analistas têm especulado sobre um eventual ataque de forças ucranianas com mísseis anti-navio, enquanto um conselheiro do Presidente ucraniano declarou que as explosões teriam sido provocadas por uma arma de longo alcance de fabrico ucraniano ou por forças de guerrilha ativas na Crimeia.

A Rússia exige que a Ucrânia reconheça a península da Crimeia como russa e essa tem sido uma das principais condições para parar a invasão lançada pelo Kremlin em 24 de fevereiro.

(agência Lusa)

17h17 - República Checa está a trabalhar com a Polónia para restabelecer o abastecimento de petróleo do oleoduto Druzhba

A República Checa está a trabalhar com a Polónia para restaurar o fornecimento de petróleo russo através do oleoduto Druzhba para refinarias checas de propriedade polaca, disse o ministro da Indústria da República Checa, Jozef Sikela, no Twitter esta quarta-feira.

Os fluxos foram interrompidos devido a problemas com o pagamento de taxas de trânsito para a Ucrânia.

O fornecimento de petróleo através do oleoduto Druzhba foi retomado esta quarta-feira para a Eslováquia e Hungria depois de as refinarias destes países terem pago as próprias taxas de trânsito, mas os fluxos para a República Checa continuam interrompidos.

16h33 - Ucrânia pede à UE e ao G7 que suspendam a emissão de vistos para russos

A Ucrânia pediu esta quarta-feira à União Europeia e aos países do G7 que suspendam a emissão de vistos para cidadãos russos, alegando que demonstra apoio à invasão da Ucrânia.

"Os russos apoiam esmagadoramente a guerra contra a Ucrânia. Eles devem ser privados do direito de cruzar fronteiras internacionais até que aprendam a respeitá-las", escreveu o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, no Twitter.

15h56 - Ucrânia diz ter atingido ponte na região ocupada de Kherson

O exército ucraniano anunciou esta quarta-feira que atingiu uma ponte na região de Kherson, ocupada por forças russas no sul do país, tornando-a intransitável.

De acordo com o Comando Sul do exército ucraniano, este ataque teve como alvo uma ponte perto da central hidrelétrica de Kakhovka e tornou-a "inoperável". "O ataque foi preciso e eficaz", disse o comando ucraniano no Facebook.

A 8 de agosto, o exército ucraniano anunciou que tinha atingido outra ponte localizada na mesma região, a Antonivski, de importância estratégica para a logística das forças russas.

Kherson está localizada a poucos quilómetros da linha da frente. Essencial para a agricultura ucraniana, a região tem uma importância estratégica uma vez que faz fronteira com a península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

15h05 – Secretário da Defesa dos EUA promete mais armamento a Kiev

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, declarou hoje que confia no envio de armamento à Ucrânia pelos Estados Unidos, NATO e restantes aliados “durante o tempo que seja necessário” para que o país defenda a sua soberania.

Austin sublinhou que não apenas a indústria de defesa norte-americana está a fornecer armamento à Ucrânia, mas muitos outros países também o fazem, incluindo a Letónia, onde hoje manteve na capital Riga um encontro com os ‘media’.

“Outros ministérios da Defesa também estão comprometidos e pelo tempo que seja necessário”, garantiu o ex-general norte-americano.

Ao ser questionado sobre se a Rússia representa uma ameaça para a Letónia e os restantes países bálticos, Austin indicou que a Rússia “perdeu bastante armamento e uma enorme quantidade de homens” no decurso dos combates na Ucrânia, pelo que “está menos capacitada como potência terrestre”.

No entanto, advertiu que a Rússia vai tentar regenerar as suas capacidades militares.

(Agência Lusa)

14h40 - Fluxos de petróleo russos através do oleoduto Druzhba foram retomados

O monopólio estatal russo de oleodutos Transneft reiniciou os fluxos de petróleo através do trecho sul do oleoduto Druzhba, avançou a agência de notícias RIA, citando Igor Dyomin, assessor do presidente da Transneft.

14h15 – G7 acusa Rússia de "pôr em perigo" região de Zaporizhia e pede que retire tropas

O grupo dos países mais industrializados acusou hoje Moscovo de "pôr em perigo" a região ucraniana em torno da central nuclear de Zaporizhia, ocupada por forças russas, e exigiu que as tropas deixem a infraestrutura.

"Exigimos que a Rússia devolva imediatamente ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia, o controlo total da central nuclear de Zaporizhia", refere o G7 num comunicado emitido pela Alemanha, que detém atualmente a presidência do grupo.

"É o controlo da Rússia sobre a central que coloca a região em risco", acusou o G7, sublinhando que “o pessoal ucraniano que opera a central nuclear de Zaporizhia deve poder desempenhar as suas funções sem ser ameaçado ou pressionado".

O G7 – composto pelos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Japão, Alemanha, França e Itália – fez este apelo num momento em que aumentam as tensões e preocupações sobre a maior central nuclear da Europa.

O grupo das sete potências mostrou-se "profundamente preocupado com a grave ameaça" que os militares russos representam para a "segurança" das instalações nucleares da Ucrânia.

(Agência Lusa)

13h23 - Jornalista russa Marina Ovsiannikova foi detida

A jornalista russa Marina Ovsiannikova, que se tornou famosa depois de interromper um programa noticioso no canal estatal russo com um cartaz contra a ofensiva na Ucrânia, foi detida na quarta-feira por "desacreditar" o exército, disse a sua advogada.

12h57 - Rússia bombardeou aldeia perto de Zaporizhia

Quatro mísseis russos atingiam a aldeia de Kushuhum, na periferia de Zaporizhia, no sul do país. Segundo o governador regional, uma mulher de 52 anos foi encontrada nos escombros.

“Quatro edifícios ficaram totalmente destruídos. Várias casas ficaram sem janelas e telhados”, acrescentou Oleksandr Starukh.

12h20 – Presidente ucraniano promete reconquista da Crimeia

Ontem à noite Volodymyr Zelensky prometeu reconquistar a Crimeia. Na habitual declaração noturna, o presidente da Ucrânia afirmou que a guerra começou ali e ali que tem de terminar, com a Crimeia libertada.

11h58 – Kiev rejeita responsabilidade por explosões em base aérea na Crimeia

A Ucrânia rejeitou hoje qualquer responsabilidade pelas explosões ocorridas na terça-feira numa base aérea russa na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014, que provocaram um morto e 13 feridos.

“Claro que não temos nada a ver com isso”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podolyak, citado pela agência espanhola EFE.

Podolyak disse que as explosões podem ter tido várias causas, desde uma detonação acidental de munições, como alegou o Ministério russo da Defesa, até ao resultado de uma “gestão ineficiente das forças armadas da Federação Russa”.

Contudo, quando interrogado pelos jornalistas, o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky não excluiu a possibilidade de uma ação por parte de civis que querem a libertação da Crimeia.

“Claro que as pessoas que viveram a ocupação compreendem que os tempos da ocupação estão a chegar ao fim e precisam de mostrar a sua posição. A recuperação da Crimeia é algo que tem de acontecer”, disse Podolyak.

(Agência Lusa)

11h30 - Sobe para 13 número de mortos em bombardeamento na região de Dnipropetrovsk

Pelo menos 13 pessoas morreram após bombardeamentos durante a noite na região central de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, avançou o governador Valentyn Reznychenko, numa atualização do número de vítimas.

Segundo o responsável, mais de 20 edifícios ficaram danificados em Marganets, uma cidade do outro lado do rio Dnipro, onde também houve relatos de bombardeamentos.

O ataque danificou uma linha de energia, deixando milhares de pessoas sem eletricidade, de acordo com Reznychenko. Foram também danificados um albergue, duas escolas, uma sala de concertos e outras bases administrativas, acrescentou.

11h10 – Dinamarca vai treinar militares ucranianos

A Dinamarca vai enviar instrutores militares ao Reino Unido para treinarem soldados ucranianos e pretende também treinar militares de Kiev na própria Dinamarca, disse o ministro da Defesa desse país em entrevista ao jornal Jyllands-Posten.

A entrevista acontece antes de uma conferência em Copenhaga na quinta-feira, quando os ministros da Defesa britânico, dinamarquês e ucraniano devem discutir o apoio de longo prazo à Ucrânia, incluindo treino militar, remoção de minas e fornecimento de armas.

“Muito em breve, a Dinamarca vai enviar 130 instrutores militares para um projeto britânico de treino”, anunciou o ministro da Defesa, Morten Bodskov.

10h55 – Refinaria eslovaca espera retoma do fluxo de petróleo russo após pagamento de taxa

A refinaria de petróleo eslovaca Slovnaft disse esta quarta-feira esperar que os fluxos de petróleo russo através da Ucrânia sejam retomados nos próximos dias, depois de ter feito um pagamento para remover um obstáculo que interrompeu os fluxos no trecho sul do oleoduto Druzhba, no início deste mês.

"A Slovnaft já fez o pagamento na conta da empresa (ucraniana)", disse a Slovnaft em comunicado. "Com base nisto, a Slovnaft espera que o fornecimento de petróleo seja retomado nos próximos dias. O lado russo também concordou com esta solução".

10h17 – Moscovo diz ter derrubado três aviões ucranianos

No seu briefing militar diário, a Rússia afirmou ter derrubado três aviões ucranianos durante a noite e destruído sistemas antiaéreos fornecidos pela Alemanha.

Moscovo diz ainda ter matado até 130 militares ucranianos no último dia.

9h31 – Kiev diz ter destruído nove aeronaves russas em 24 horas

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia divulgou esta manhã números atualizados das perdas que diz ter infligido às forças pró-Rússia.

Os números de hoje indicam a destruição de nove aviões ou helicópteros russos nas últimas 24 horas.

As Forças Armadas garantem ter matado “cerca de 42.800” militares no total desde 24 de fevereiro, um aumento de 160 em relação ao dia anterior. “O oponente sofreu as maiores perdas na direção de Donetsk”, acrescentou.

8h54 - Crimeia confirma explosões em base aérea russa

O Ministério Regional da Saúde da Crimeia assegura que 13 pessoas ficaram feridas e uma morreu após explosões numa base aérea russa em Novofedorivka.

A informação está a ser citada pela agência de notícias RIA Novosti. “A partir das 8h30, como resultado de um incidente no assentamento de tipo urbano de Novofedorivka, distrito de Saki, 13 pessoas ficaram feridas e uma pessoa morreu”, terá dito o Ministério Regional.

A RIA refere ainda que “uma pessoa foi hospitalizada no hospital regional de Saki, enquanto outros dez pacientes com ferimentos leves, incluindo dois menores, receberam atendimento médico ambulatório. Mais duas vítimas foram para o Hospital Simferopol e já foram entretanto autorizadas a ir para casa”.

A causa das explosões permanece incerta. O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhail Podolyak, negou a responsabilidade ucraniana por um ataque, e os militares russos disseram apenas que “várias munições de aviação detonaram” numa área de armazenamento.

8h35 – Novo ataque a Mykolaiv

Vitaliy Kim, governador de Mykolaiv, escreveu no Telegram que, como resultado de um bombardeamento por volta da 1h40 da madrugada, três pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de 13 anos.

Segundo o responsável, vários prédios residenciais ficaram danificados.

Kim afirmou ainda que ontem, durante o dia, houve vários incêndios nos campos causados por ataques russos, e que “assentamentos da comunidade de Bereznehuvate permanecem sob fogo constante”.

8h25 – Mais de 700 pessoas partiram em comboios de evacuação para a Polónia durante a noite

O governador de Lviv, Maksym Kozytskyi, disse que não foram registados incidentes na região durante a noite, mas que chegaram 306 pessoas em comboios de evacuação desde o leste do país, onde os combates estão concentrados. Segundo Kozytskyi, outras 761 pessoas partiram em comboios para a Polónia.

8h14 - Bombardeamento russo mata 11 pessoas na região de Dnipropetrovsk

Um bombardeamento russo matou 11 pessoas na região central de Dnipropetrovsk durante a madrugada desta quarta-feira, segundo o governador Valentyn Reznychenko.

Reznychenko tinha inicialmente avançado que as vítimas eram 21, com 11 mortos no distrito de Nikopol e dez na cidade de Marganets, mas disse entretanto numa mensagem no Telegram que 11 era o número total.
Ponto de situação

  • A diplomacia russa apelou à “responsabilidade” das Nações Unidas para que “não interfiram” numa possível futura missão da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) à central nuclear de Zaporizhia, em território ucraniano.

  • O chefe do Governo russo da Crimeia, Sergei Aksyonov, anunciou nas redes sociais que pelo menos uma pessoa morreu após as explosões de terça-feira perto de um aeródromo militar russo na península ucraniana anexada pela Rússia.

  • A Ucrânia não assume a responsabilidade pelas explosões numa base aérea russa na Crimeia, disse um assessor do presidente Volodymyr Zelensky, sugerindo que podem estar envolvidos guerrilheiros.

  • O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na terça-feira os documentos que apoiam a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, o passo final para a ratificação da decisão.

  • Mais de 3.000 civis foram retirados da região de Donetsk desde que as autoridades tornaram essas evacuações obrigatórias no final de julho.