Cidadãos exigem mais do Governo após os incêndios

por Antena 1

“Depois de 17 de junho (início dos incêndios de Pedrogão) temos consciência de que os portugueses serão mais exigentes connosco”. A afirmação é de Eduardo Cabrita, ministro adjunto, em entrevista à Antena 1.

Pode ver aqui toda a entrevista:
 
 
O Governo não mudou depois de dia 17, mas tudo ficou diferente, reconhece o ministro adjunto Eduardo Cabrita. "Temos consciência de que os portugueses olham para todos os decisores políticos, (com um padrão) mais elevado". Por isso é necessário, diz o ministro, mobilizar o melhor da "nossa capacidade coletiva", garantindo que "tudo faremos para que nunca mais (aconteça uma tragédia destas)".

Nesta entrevista à jornalista da Antena 1 Maria Flor Pedroso, Eduardo Cabrita afirmou que não há qualquer membro do Governo diminuído depois de Pedrógão Grande e que, do ponto de vista político, o pior seria a precipitação. Questionado se a avaliação política deveria ser mais rápida do que a técnica, o ministro adjunto é incisivo e diz que não. "Não, porque a avaliação política não pode ser um exercício de ligeireza".



Sobre as indemnizações às famílias da vítimas, Eduardo Cabrita diz que não pode ser o Governo, "unilateralmente", a decidi-las.



Quanto à reforma da legislatura, a descentralização, assim apelidada pelo ministro Adjunto, não se compromete com a data de 19 de julho para a sua aprovação pelo parlamento, mas afirma que a continuar tudo como está é "o desastre atual, o custo do centralismo, da ineficácia, da descoordenação, porque as autarquias locais são quem está a responder melhor à necessidade de investimento público".


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