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Maria Flor Pedroso entrevista Eduardo Cabrita

por Antena 1

O ministro da Administração Interna garante em entrevista à Antena 1 que não será "nem para o ano, nem daqui por dois" que ser resolve o problema dos incêndios em Portugal.

O ministro confessa que o laxismo "colectivo a começar pelos proprietários e pelas instituições" obriga a uma nova atitude de todos a começar pelo Governo, mas também autarquias, empresas e cidadãos em geral. "É um consciência colectiva que está colocada perante todos os portugueses", considera.

A limpeza das matas e da ferrovia vai passar a ser por "ajuste directo e sem visto do Tribunal de Contas porque ninguém compreenderá que a resposta seja não. O que portugueses exigem são respostas efectivas de todas as entidades".



Na próxima segunda feira, o ministro vai receber os sindicatos e associações de policias e da GNR. Em cima da mesa estará o descongelamento de carreiras que, nesta entrevista à Antena 1, Eduardo Cabrita afirma que se está a fazer uma leitura da forma como o Orçamento de 2018 prevê os descongelamento das carreiras das forças policiais, mas não descarta a hipótese de contestação.

Eduardo Cabrita admite mesmo manifestações à porta do Ministério: "Se houver... há!"

O ministro reconhece que, a ano e meio do fim da legislatura, o diálogo à Esquerda "está mais rotinado" havendo maior exigência da parte das forças políticas e dos portugueses.

Sobre a descentralização tem esperanças de um consenso alargado no Parlamento, mas não dá a garantia de que os partidos que sustentam o Governo acompanhem esta reforma.

Eduardo Cabrita diz estar "moderadamente optimista" com Rui Rio ou Pedro Santana Lopes na liderança do PSD porque ambos foram autarcas, considerando que esta é uma reforma importante demais para "responsabilizar quem a adiar".

Sobre a PGR, o ministro mostra-se de acordo com o Presidente da República e com o primeiro-ministro. Confrontado com o facto de António Costa ter-se associado à interpretação jurídica que a Ministra fez, o ministro da Administração Interna, - que é advogado e jurista de formação - vai ao ponto de afirmar que "sou ministro não sou jurista nesta função".
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