Maria Flor Pedroso entrevista João Oliveira

por Antena 1

Foto: Antena1

O PCP é a chave decisiva para o futuro, dai a importância do seu reforço.


Os avanços só foram possíveis, diz o líder parlamentar comunista, porque o PCP teve força para condicionar as decisões tomadas pela atual solução governativa: "e eu diria que é aí que está a chave do futuro, quanto mais força o PCP tiver para condicionar, melhor será para os trabalhadores".

Nesta entrevista à Antena1, João Oliveira saúda o facto do PSD agora, com Rui Rio, reconhecer a legitimidade deste Governo. Essa é mesmo a única alteração que se nota porque, afirma, não há alteração no essencial e a mudança de liderança no PSD não beliscou a relação bilateral que os comunistas mantém com Governo.

Orçamento de 2019 será aprovado, após exame comum e o nosso crescimento económico "não é à prova de bala".

João Oliveira nem consegue perspetivar a possibilidade de o Governo fazer um orçamento que não venha a merecer a aprovação do PCP. Evidentemente que os comunistas não dispensam o "exame comum" e "sem reserva mental". 

O líder parlamentar garante que o PCP não vai desistir dos aumentos salariais em 2019 e acrescenta um argumento para sustentar esta revindicação: a reposição salarial, "foi a chave para o crescimento económico e do emprego e por isso é preciso levar mais longe as medidas positivas, que têm sido tomadas". João Oliveira deixa, no entanto, um alerta sobre a consolidação deste crescimento económico, "julgo que não é correto achar que este crescimento económico é sustentado e à prova de bala, não é: há uma fatia em que depende de condições que não estão na nossa mão".

Concertação social: O Governo faz mal em optar pelo patronato.

O líder parlamentar do PCP deixa uma crítica contundente ao facto do Governo insistir na concertação, “onde os patrões têm maioria”, diz. "Só posso ter uma expectativa que não é boa" das alterações que o Governo vai introduzir. Sem ilusões, João Oliveira pergunta e responde: "está-se à espera que com o mesmo caminho, o resultado seja diferente? Só pode ser o mesmo".

Sobre o aumento de contestação social a um Governo que o PCP apoia, João Oliveira inverte a questão: "os trabalhadores fazem greve sempre que sentem necessidade disso, não é o PCP que estala os dedos e há greves, as greves aparecem perante problemas que não se resolvem".

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de João Oliveira a Maria Flor Pedroso:


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