Guerra aberta entre Trump e os jornais norte-americanos

por RTP
É uma série de <i>tweets</i> que retomam a retórica apadrinhada por Donald Trump desde que percebeu que a Casa Branca podia ser mais do que um sonho Twitter

Com uma chuva de editoriais, centenas de jornais norte-americanos disseram sim esta quinta-feira ao apelo do Boston Globe para defenderem a imprensa contra os ataques sistemáticos do Presidente Donald Trump. Foi uma frente de ataque que reuniu jornais de influência local a gigantes como o New York Times. Trump demorou horas a responder, através do Twitter, bem entendido. “As notícias falsas são o partido da oposição”, escreveu na rede social.

Centenas de jornais nos Estados Unidos disseram esta quinta-feira sim ao repto do Globe naquela que é a primeira grande barragem de fogo da imprensa escrita contra o 45.º Presidente dos Estados Unidos.

Ainda antes da eleição para a Casa Branca, já a relação com a imprensa era assaz turbulenta, mas seria com a subida à magistratura da nação que a relação de deteriorou de vez, com Trump a classificar os media de “fake news (notícias falsas)” e “inimigos da América”.

Esta manhã, a Casa Branca deve ter sido obrigada a esforços suplementares para impedir uma reação imediata de Trump na sua conta do Twitter, já que a resposta apenas surgiu na rede social cerca das 14 horas (hora de Lisboa).






É uma série de tweets que retomam a retórica apadrinhada por Donald Trump desde que percebeu que a Casa Branca podia ser mais do que um sonho. O Presidente acusa os media de viverem de notícias falsas, que veiculam com o intento único de sabotarem a sua Administração.

Donald Trump acusa jornais e televisões, em particular a CNN, de terem a sua própria agenda política, com objectivos alheios ao interesse nacional.




Esta quinta-feira foi a vez de centenas os jornais responderem a essa retórica de Trump que encontra o seu corolário na ideia dos media como principal “inimigo do povo norte-americano”.

A iniciativa foi liderada pelo diário The Boston Globe, que deixou o desafio numa carta enviada a centenas de publicações norte-americanas em que propôs que publicassem um editorial “sobre os perigos do ataque do Governo à imprensa” na mesma data, em nome da liberdade de expressão.
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