Suíços decidem manter taxa de serviço público de rádio e televisão

por RTP
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Os suíços decidiram em referendo manter o financiamento da radiodifusão pública através de uma taxa, atualmente de 392 euros anuais. A votação deste domingo rejeitou uma iniciativa popular (“No Billag”) que visava eliminar essa taxa por números expressivos: mais de 70% dos eleitores votaram a favor da manutenção da taxa de serviço público.

“O debate em torno do serviço público traduziu-se numa oportunidade para nós. O paradoxo deste voto decorrente de uma iniciativa extremista permitiu-nos debater o papel e as finanças do serviço público. As críticas podem ser úteis e construtivas”, declarou Gilles Marchand, diretor-geral da sociedade suíça de radiofusão e televisão (SRG SSR).A taxa deverá descer em 2019 para os 317 euros anuais.

Na sua campanha em defesa da taxa, o Governo suíço logrou inverter a tendência que se desenhava para o chumbo do financiamento do serviço público de rádio e televisão sublinhando a necessidade de preservar a diversidade cultural e linguística num país com mais de oito milhões de habitantes.

A tese do governo venceu os argumentos da iniciativa popular, conhecida como “No Billag”, que apoiava a sua defesa no facto de – sublinhava – a taxa de radiodifusão desequilibrava o mercado, proporcionando a concorrência desleal e uma vantagem ao serviço público face aos outros operadores privados.

No caso de vitória do fim da taxa, ficaria igualmente impossibilitada qualquer transferência de fundos públicos para o operador público.
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