Max Verstappen vence no Azerbaijão e cimenta liderança do Mundial de Fórmula 1

por Lusa
Ali Haider - EPA

O piloto holandês Max Verstappen (Red Bull) venceu o Grande Prémio do Azerbaijão de Fórmula 1, numa prova em que a Red Bull colocou dois pilotos nos dois primeiros lugares, enquanto os dois Ferrari desistiram com problemas mecânicos.

Verstappen conseguiu a quinta vitória da temporada, 25.ª da carreira, ao concluir as 51 voltas ao circuito citadino de Baku em 1:34.05,941 horas, deixando o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) na segunda posição, a 20,823 segundos, e o britânico George Russell (Mercedes) em terceiro, a 45,995 segundos.

O dia foi desastroso para a Ferrari, que perdeu os seus dois carros logos nas primeiras 20 voltas da corrida por problemas mecânicos.

O espanhol Carlos Sainz aguentou apenas 10 voltas antes de um problema hidráulico o forçar a desistir, enquanto o monegasco Charles Leclerc desistiu no final da 20.ª volta, com o motor a fumegar devido a problemas no turbo.

Leclerc, que até tinha partido da 'pole position', perdeu a liderança logo na primeira curva depois de ter deixado as rodas traseiras patinar em demasia.

Sérgio Pérez aproveitou para saltar para a liderança, impondo desde logo um ritmo que lhe permitiu pôr-se a salvo do sistema DRS (que permite a aproximação dos carros que seguem a menos de um segundo de distância) de Leclerc.

A Ferrari aproveitou para trocar cedo (10.ª volta) para pneus duros no carro do monegasco, que caiu para terceiro, mas começou a fazer voltas rápidas.

Na 15.ª, a Red Bull pedia a Pérez para não dar luta a Verstappen, que saltou para a frente no final da reta da meta.

A desistência de Leclerc no início da 21.ª volta veio dar o descanso necessário para a Red Bull gerir a corrida.

Com esta vitória, Verstappen tornou-se o sexto vencedor diferente nas seis vezes que a prova se disputou em Baku, 'vingando' a desistência sofrida em 2021 quando liderava.

"Nunca se pode compensar o que se perdeu no ano passado. Tivemos um ritmo incrível. O nosso carro esteve muito bem hoje. Mesmo que Leclerc não tivesse desistido, estava com um grande carro. Conseguimos gerir bem os pneus e aqui isso é importante", comentou o campeão mundial.

Já Sérgio Pérez disse ter havido "um problema de comunicação" na altura da paragem nas boxes. Mas considerou ter sido "uma decisão correta da equipa" ter-lhe pedido para não lutar com Verstappen.

"O Max estava mais rápido e acabou por ser um grande resultado para a equipa", frisou.

Russell voltou a terminar no degrau mais baixo do pódio, seguido pelo seu companheiro de equipa, o compatriota Lewis Hamilton (Mercedes), que sofreu bastante com o efeito 'golfinho' do seu carro, mostrando dificuldades evidentes para sair do monolugar no final da corrida, queixando-se de dores nas costas.

Ainda assim, o quarto lugar de hoje foi o segundo melhor resultado do antigo campeão esta temporada, depois do terceiro lugar na prova de abertura, no Bahrain.

O francês Pierre Gasly (Alpha Tauri) foi o quinto classificado.

Com estes resultados, Max Verstappen cimentou a liderança, com 150 pontos conquistados, mais 21 do que Pérez, que é, agora, o segundo, com 129.

Charles Leclerc caiu para terceiro, com 116, com Russell em quarto, com 99.

Lewis Hamilton é apenas sexto, com 62 pontos.

No Mundial de Construtores, a Red Bull lidera, com 279 pontos. A Ferrari tem 199 e a Mercedes é terceira, com 161.

A próxima ronda é o GP do Canadá, de 17 a 19 de junho.

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